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Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque romance Capítulo 1241

“Rafael”

Eu estava bem curioso para saber o que era tão importante para a Hana me pedir autorização para a Giovana sair com ela, mas eu sabia que ela não queria contar e que as duas estavam se aproximando, que era bem o que eu queria, então o melhor era permitir uma exceção no castigo. E ficou melhor ainda com o que a Hana me ofereceu. Eu teria concordado sem barganhar, bastava simplesmente que ela insistisse, mas ela barganhou e foi bom pra mim. Contudo, eu estava curioso.

Mas eu também ainda tinha o que fazer e resolvi ir falar com o delegado Moreno pessoalmente, porque queria a opinião dele sobre o assunto da Giovana. O Flávio me atendeu com surpresa, como o inquérito do Domani já tinha sido finalizado e a investigação no bar também tinha acabado, a minha visita era uma novidade para ele.

- Rafael, que novidade é essa? Está tudo bem? – O Flávio se levantou para me cumprimentar.

- Flávio, quando se é pai de uma adolescente nunca se está tudo bem! – Eu comentei e ele riu.

- Ainda bem que minha filhinha ainda é um bebê. – Ele riu.

- Ah, mas eles crescem rápido, muito rápido! – Eu comentei e ele fez uma cara de preocupação.

- Me diga, Rafael, o que te trouxe aqui, porque eu tenho certeza que aconteceu alguma coisa. – O Flávio era bom, ele era experiente e dedicado.

- Sim, duas na verdade. A primeira é que a Hana tem um vizinho que me preocupa. – Eu comentei logo.

- Ah, não é novidade que a sua doida atrai pessoas mentalmente desequilibradas. – Ele brincou e eu ri.

- É o que parece. – Eu concordei. – Mas então, acontece que esse vizinho nos confrontou ontem. Ele acha que eu agredi a Hana e disse que vai livrá-la de mim. Ah, e ele agora se juntou com a mãe dela...

- A mãe tóxica. A Mel me falou sobre a mãe, sobre ela ter agredido a Hana recentemente. – O Flávio não me surpreendeu, a Melissa estava sempre um passo à frente de todos.

- Pois é, então você sabe como é. A Hana proibiu a entrada da mãe no condomínio, mas esse vizinho disse que vai deixá-la entrar sempre e que vai reaproximá-la da mãe. – Eu contei ao Flávio detalhadamente sobre tudo o que tinha acontecido, inclusive a minha conversa com o tio da Hana.

- Bom, então vamos investigar! Rafael, eu vou investigar o vizinho, mas eu acho que deveria dar uma checada na mãe, no padrasto e na empresa deles. Nunca é demais se precaver, não é?! – O Flávio sugeriu e eu achava uma excelente idéia.

- Eu confio em você, Flávio, acho uma ótima idéia. – Eu passei para o Flávio as poucas informações que eu tinha e ele anotou tudo.

- Fica tranquilo, assim que eu souber de algo eu te falo. E o Frederico e o Domani, sossegaram, depois da visitinha da Melissa? – Ele me olhou com um sorrisinho.

- Você soube? – Eu perguntei e ele riu.

- Eu tinha certeza que ia acontecer. Mas eu estou fingindo que não sei de nada, não quero um processo administrativo contra os meus dois melhores agentes. – Ele revelou.

- Por enquanto está tudo muito quieto, mas eu ainda não relaxei, a Hana tem um segurança e a Giovana também tem um. – Eu respondi.

- A Giovana voltou? – Ele me olhou surpreso.

- Sim e esse é o meu segundo pedido, que é um tanto fora da sua esfera de trabalho, mas talvez você possa me ajudar. – Eu falei e expliquei ao Flávio tudo o que tinha acontecido com a Giovana na Irlanda, pelo menos tudo o que eu sabia.

- Cara, que situação. Os pais tendem a pensar que os filhos estão seguros em casa, mas não tem segurança na frente de uma tela, é uma janela aberta para o mundo. – O Flávio lamentou. – Olha, eu vou ver o que eu posso fazer extra oficialmente. Não é da minha alçada, mas eu tenho uns contatos, vou ver o que consigo descobrir para você.

- Eu trouxe os eletrônicos dela, sei que facilita um pouco. – Eu ofereci a bolsa com o notebook, o tablet e o celular.

- Não, ele também disse que ficou melhor do que o desastre de antes. – Ela bufou, estava abertamente irritada com ele, talvez até um pouco decepcionada, e ele parecia bravo consigo mesmo.

- Bom, mas isso é verdade. – Eu ri e vi o Anderson ficar inquieto e sem graça.

- Pai, obrigada por ter me deixado sair para arrumar o cabelo. Foi importante. – A Giovana falou quando saiu do meu abraço. – Eu comprei umas coisas que estava precisando, shampoo, hidratante, essas coisas. E a Hana me deu um vestido. Espero que você não se incomode por isso, afinal eu estou de castigo.

- É, você está de castigo. Mas produtos de higiene são essenciais. Comprou os de sempre? Ou mudou isso também? – Eu já sabia que a Giovana tinha mudado o perfume que usava, havia trocado por um masculino que não combinava com ela e tinha um cheiro muito forte, na verdade parecia um sabão em pó desagradável.

- Não, pai, voltei para os de sempre, de algodão doce, combina mais comigo. E parece que não é coisa de criança. – Ela respondeu meio tímida.

- Sim, combina com você e não é coisa de criança! Agora me conta, porque você decidiu tirar aquela cor horrorosa? – Eu estava curioso, mas pelo jeito como ela ficou tímida, ela não me diria o real motivo.

- Eu percebi que estava horrível. – Ela se limitou a dizer e eu desconfiei que aquela percepção foi encorajada por alguém que não era eu. – Eu vou para o meu quarto.

- Sua mãe vai adorar o seu cabelo. E depois eu quero ver esse vestido, não sei se confio na Hana, ela é doida! – Eu avisei e todos riram. A Giovana foi rindo para o quarto, seguida pelo Rubens, que levava as sacolas.

- Fica tranquilo, psicogato, é um vestido lindo e adequado para ela. – A Hana esclareceu.

- E eu tirei várias fotos desse momento lindo de vocês. Vai ficar para a posteridade, Rafa! – A Rúbia sorriu e foi mostrar as fotos para a Hana.

Mas tinha alguém ali me olhando como se quisesse falar comigo, mas ao mesmo tempo querendo que um buraco se abrisse no chão e o engolisse. Chegava a ser cômico o constrangimento do Anderson. Eu o observei e já imaginava que o que ele tinha a me dizer era sério.

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