Entrar Via

Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque romance Capítulo 1251

“Rafael”

Eu caminhei com a Giovana e o Anderson e mandei a Giovana entrar no meu carro. Só me dei conta de que a mochila dela estava com o Anderson quando já estava a caminho de casa.

- Tem algo a me dizer, Gi? – Eu perguntei, queria ter aquela conversa sozinho com ela.

- Ah, pai, você ouviu o Anderson. Eu fui injustiçada! – Ela falou e eu ri.

- Injustiçada? O que você disse exatamente para a professora? – Eu perguntei e ela abaixou os olhos e pensou antes de falar.

- Ah! – Ela estalou a língua. – Eu a mandei para a sala dos professores porque nós queríamos falar mal dela e disse também que ela deveria se dar ao respeito antes de pedir por ele.

- Eu não sei, Gi, se eu devo rir ou chorar. – Eu falei e ela me olhou sem entender. – Você teve a sua primeira crise de ciúmes por causa de um rapaz! – Foi inevitável começar a rir. – Você sempre foi ciumenta comigo, achei que teria uma crise com a Hana, mas você está mesmo muito ocupada morrendo de ciúme do Anderson.

- Pai! Eu não estou com ciúme do Anderson... – Ela parou me olhou e depois se recostou no banco olhando firmemente para frente.

- Então por que te incomodou tanto a professora dar em cima dele? – Eu perguntei, achando muito divertido ver a minha filha negando o óbvio e tentando lidar com todos os conflitos dentro dela.

- Porque ele tem que ficar o tempo inteiro perto de mim, não é? – Ela respondeu sem me olhar.

- Gi, eu sou seu pai! Seja sincera comigo. – Eu pedi e ela me olhou por um momento.

- Paaaiii! – Ela choramingou. – Tá, eu acho que eu gosto um pouquinho dele e achei a professora uma assanhada por dar em cima dele na minha frente, eu não gostei.

- Ela não deveria ter feito isso dentro da escola, mas você também não deveria ter respondido como respondeu, ela é sua professora. E ela vai dificultar a sua vida, eu não posso fazer nada. – Eu avisei e ela fez um muxoxo. – Filha, você sabe o que você está sentindo? – Eu perguntei e ela abaixou a cabeça.

- Eu estou confusa, pai. Eu achei que amava o Jonh, mas a gente não pode gostar de duas pessoas assim ao mesmo tempo, pode? – Ela me perguntou e eu não tinha essa resposta para dar, mesmo que eu quisesse que fosse preto no branco, não era e eu não mentiria.

- Olha, Gi, tem gente que diz que pode, mas eu nunca gostei de duas pessoas assim ao mesmo tempo. Por exemplo, a Hana é a pessoa que eu gosto, que eu amo, e não tem espaço para outra no meu coração, nem na minha cabeça. Só ela me deixa de pernas bambas, o coração na boca, aquele friozinho na barriga. Entende? – Eu perguntei e ela suspirou.

- É isso aí! Com alguém que te respeite e te beije com carinho. – Eu confirmei e ela sorriu.

- Uma das minhas amigas fala que a baba é nojenta. Mas a outra falou que é gostoso. Afinal, como é beijar na boca, pai? – Ela perguntou e eu queria mentir e dizer que era horrível para que ela parasse de pensar naquilo.

- Filha, quando a gente beija alguém que a gente gosta é tão bom, mas tão bom que é melhor que chocolate. – Eu não poderia mentir, era bom mesmo! – Sabe o que você sentiu quando o Anderson te abraçou? – Ela fez que sim. – Foi bom? – Ela fez que sim. – Pois é, é muito melhor, porque sabe o coração na boca que eu te falei? Ele encontra o coração na boca da outra pessoa e tudo o que a gente sente é que é a melhor coisa do mundo, como se tudo estivesse no lugar certo.

- Pai, eu não vou esperar ter trinta e quatro anos para beijar na boca, saiba disso! Aliás... – Eu sabia o que ela tinha em mente.

- Aliás nada, Giovana! – Eu falei e ela começou a rir e me fez rir junto. Eu teria que aceitar que o amor estava acontecendo para ela e que eu teria que ficar de olho e os meus cabelos brancos se multiplicariam muito rápido.

Nós chegamos em casa e eu estava feliz em voltar a ter essa linha direta com a minha filha, conversas francas, sem estresse, com confiança. E ao invés de mandá-la direto para o quarto eu disse a ela e ao Anderson que queria conversar com eles sobre o que tinha acontecido na escola, porque eu tinha certeza de que aquela professora não ia parar.

Mas eu não tive tempo de começar a conversa. O meu celular tocou, era o Rubens e era a segunda vez que ele ligava, provavelmente eu perdi a primeira chamada no elevador, mas eu o atendi de imediato e o que ele tinha para me dizer não era nada bom e me deixou louco.

Histórico de leitura

No history.

Comentários

Os comentários dos leitores sobre o romance: Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque