“Giovana”
Eu tentei conter a minha ansiedade para que o meu pai não começasse a faze perguntas demais, mas desde o momento em que o Anderson falou que eu encontraria a resposta no meu caderno de matemática eu estava ansiosa para chegar em casa e ver o que eu ia encontrar. Eu queria tanto que ele me esperasse.
Só que quando eu cheguei ao meu quarto eu vi que a minha mochila não estava lá, aí eu me lembrei que com toda a correria que foi quando chegamos em casa depois da escola, ela deveria ter ficado na sala.
- Anderson, minha mochila não está aqui. – Eu falei e ele sorriu.
- Minha culpa, eu a deixei na sala, ferinha. – Ele me olhou com um brilho nos olhos. – Está tão ansiosa assim para começar a estudar?
- Eu tenho muita matéria para colocar em dia. – Eu respondi e ele deu uma risadinha.
- Descansa um pouco, ferinha, o dia foi cansativo. – Ele me aconselhou, mas eu queria ver logo o meu caderno.
- Ai, Anderson, busca pra mim! – Eu pedi e ele riu.
- Eu busco, mas depois, seu pai está conversando com a Hana e eu não quero atrapalhar. – Ele avisou.
- Mas eu preciso estudar! – Eu reclamei e ele riu.
- Eu estive naquela sala de aula com você a manhã inteira, sei muito bem o que você tem que estudar e sei que não preciso atrapalhar o meu chefe por causa da sua mochila. – Ele brincou, sabia bem o que eu queria e estava prolongando o meu tormento.
- Você é mau! – Eu fiz um beicinho e ele riu.
- Não, só estou gostando de ver o quanto você é curiosa. – Ele brincou.
- Ah, quer saber, vou tomar banho! – Eu me virei, mas ele estava todo engraçadinho.
- Olha, acabou a greve de banho! – Ele brincou com aquela risadinha fofa.
- É que algumas pessoas gostam do meu cheiro de algodão doce! – Eu respondi e fui em direção ao banheiro, o deixando do lado de fora da porta, mas ainda ouvindo o seu suspiro.
- Gosto, ferinha, gosto muito! – Ele respondeu antes que eu desaparecesse pela porta.
Quando eu saí do banho, a minha mochila estava sobre a minha cadeira e eu olhei para a porta animada. Eu queria agradecer, mas quando eu cheguei à porta quem estava do lado de fora era o tio Rubens. Eu fiquei um pouquinho decepcionada.
- Ah, não, assim eu fico magoado! – O tio Rubens falou e eu o encarei confusa. – Eu sei que você prefere o gracinha, mas não precisa ficar triste por eu estar aqui, né?!
- Ai, tio, que bobo! – Eu ri meio sem graça.
- Ele só foi tomar banho, menina bonita! Já já ele volta. – O tio Rubens comentou.
- Tio, vocês se conhecem há muito tempo? – Eu resolvi perguntar.
- Muito. Eu conheço a família toda, fui amigo do pai dele. Você vai gostar deles, são ótimas pessoas. – Ele me falou e chegou onde eu queria.
- E será que eles vão gostar de mim? – Eu perguntei meio de cabeça baixa.
- Ai, tia, que ridículo! Ninguém beija uma laranja! – Eu falei rindo.
- Ah, beija sim, tá?! – Minha mãe correu em auxílio da minha tia. – Você descasca a laranja, faz o corte da tampa como se fosse um prisma, sabe como é?! Então você coloca na boca e enfia a língua no buraco e beija a laranja. O meu também foi na laranja aos doze porque a sua tia me obrigava a fazer tudo o que ela fazia.
- Precisava ensinar isso, Raíssa? – O meu pai perguntou. – Eu nunca pensei que ficaria feliz por ela ser péssima em matemática e provavelmente não saber o que é um prisma!
- Eu conheço as figuras geométricas, pai! – Eu respondi a sua implicância. – Tia, eu quero saber do seu primeiro beijo em um garoto de verdade. – Eu insisti.
- Ah, quer saber, Rafa, não adianta bancar o puritano! Eu vou contar. Hana, fofinho, me desculpem, mas eu era uma adolescente idiota. – Minha tia estava fazendo um intróito grande demais para algo muito simples.
- Eu tinha treze anos, Gi, e foi horrível, porque o garoto não sabia beijar e foi a coisa mais desengonçada que eu já fiz na vida. – A minha tia contou e eu ri.
- Ih, pai, até parece que a minha tia e você deram o primeiro beijo juntos. – Eu brinquei e ri, mas fiquei séria no momento em que vi a cara da minha tia e o meu pai bufando.
- Você tinha que contar, Rub? – O meu pai reclamou.
- Espera, você deu o primeiro beijo com a minha tia e engravidou a minha mãe? E vocês são amigos tipo que quase do berço? – Eu perguntei confusa. – Que tipo de pessoas malucas são vocês?
Enquanto a Hana, o tio Rubens, o Anderson e eu riamos, o meu pai, a minha mãe e a minha tia ficavam ainda mais nervosos.
- Só falta você ter dado o primeiro beijo no meu pai também, mãe. – Eu brinquei e eles ficaram mais tensos. – Ah, meu deus! Vocês são grandes hipócritas mesmo!

Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque
Que lindo esse livro. Estou aqui chorando novamente. Muito emocionante...
Amei saber que terá o livro 2. 😍...
Que livro lindo e perfeito. Estou amando e totalmente viciada nesse livro. Eu choro, dou risadas, grito. Parabéns autora, é perfeito esse livro 😍...
Está sempre a dar erro. Não desbloqueia os capitulos e ainda retira as moedas.😤...
Infelizmente são mais as vezes que dá erro, que outra coisa......