“Giovana”
Mas olha como o meu pai era esperto, todo bancando o certinho, que fez tudo no seu devido tempo, e aí ele não só deu o primeiro beijo com treze anos, como foi na minha tia e depois deu o primeiro beijo da minha mãe e agora estavam todos sentados ali na mesma sala como bons amigos. Ah, chamei de hipócrita mesmo!
- Olha a boca, Giovana! – Ele avisou meio sem graça, mas eu queria perguntar mesmo era como se corrige um filho quando ele está certo, onde está a justiça nisso?
- Ah, pai, para! – Eu estreitei os meus olhos para ele, mas estava me divertindo com a informação que eu garimpei. – Anda, tia Rub, conta tudo, como foi esse babado?
- Ai, meu deus! Rafa, já era, querido, ajoelhou tem que rezar! – A minha mãe deu uma risada. – É uma história ridícula, um dia ela ia saber.
- Nós poderíamos ter levado isso para o túmulo! – Meu pai reclamou.
- Ah, mas de jeito nenhum, eu que não vou perder a oportunidade de contar que você beijava mal pra caramba! – Minha tia brincou e meu pai revirou os olhos.
- É melhor você não rir, peixinho dourado! – Meu pai avisou ao Anderson, que tentou esconder o rosto.
- É o seguinte, Gi, nós sempre fomos amigos e quando o seu pai e eu tínhamos treze anos nós combinamos de nos beijar, porque alguns coleguinhas já estavam trocando beijinhos e nós queríamos saber como era e não queríamos passar vergonha com os nossos paquerinhas da escola. – Minha tia começou a contar, a coisa só ficava pior.
- Acho que eu estou ficando com ciúme, lorão! – O tio Rubens brincou e minha tia deu um beijo no rosto dele.
- Ai, fofinho lindo, não seja bobo! Isso faz muito tempo e o Rafa era um magricela sem atrativos, que só arrumava confusão. – Minha tia contou nos fazendo rir mais um pouco. Ela sabia contar uma história.
- Vai me desmoralizar por muito tempo ainda, Rub? – Meu pai perguntou contrariado e a minha tia riu.
- Ah, Rafa, ninguém nasce sabendo, nem você! Então, aí nós nos beijamos, assim, fizemos um acordo e olhamos um para o outro e ele falou assim “é, então vamos ver como é esse negócio de beijo”. Nós nos beijamos, de olhos abertos, tentando entender e quando nos afastamos estávamos fazendo careta como se tivéssemos chupado limão. Foi tão ruim que eu só fui beijar de novo quando tinha dezoito. Aí foi bom.
- Mas, tia, e o negócio da laranja, você não treinou? – Eu perguntei e ela riu.
- Aquilo não funciona! – Ela respondeu, mas pensou um pouco. – Ou eu não soube fazer. Mas não deu muito certo.
- Sua vez, mãe! – Eu me virei para encarar a minha mãe, sempre mais contida que a minha tia, sempre séria.
- Ah, filha... – Ela estalou a língua e olhou para o meu pai, como se pedisse desculpa. – Como eu disse, sua tia me obrigava a fazer tudo o que ela fazia. Depois que eles se beijaram eu fiquei curiosa, mas a sua tia decidiu que dez anos era muito cedo, realmente era! Mas aí a sua tia fez o seu pai prometer me beijar quando eu fizesse treze para que eu aprendesse.
- Aí ele já tinha dezesseis, a Rai deu sorte porque ele treinou. E ele estava mais interessante, já tinha começado na escola de luta. – A minha tia interviu para contar a fofoca completa.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque
Está sempre a dar erro. Não desbloqueia os capitulos e ainda retira as moedas.😤...
Infelizmente são mais as vezes que dá erro, que outra coisa......