“Hana”
Eu estava gostando tanto daquele clima leve e divertido que a curiosidade da Giovana nos proporcionou, que eu me senti em casa. Durante o jantar a Rúbia se encarregou de nos fazer rir com todas as aventuras de adolescente que ela, o Rafael e a Raíssa tinham vivido, as enrascadas em que tinham se metido e o quanto a amizade deles tinha suportado.
E aí eu comecei a entender como era possível que ele e a Raíssa se dessem tão bem e se entendessem tanto na criação da Giovana, é que eles eram amigos e conversavam, não havia disputa sobre quem era melhor ou tinha razão, eles resolviam as coisas de forma madura, o que era muito bom para a filha deles.
- Hana, estava uma delícia, obrigada! – A Raíssa tocou a minha mão sobre a mesa. – Olha, eu fico muito feliz que você tenha vindo para cá e eu espero que seja definitivo. A Rub e eu nos mudamos no sábado, já comprei todos os móveis e vão entregar amanhã.
- Ah, eu estou muito feliz que você está e vai me dar uma força amanhã com essa mudança, Hana. – A Rúbia brincou, mas eu estava mais do que feliz por poder ajudar.
- Eu vou adorar! Mas eu espero que vocês não estejam se apressando porque eu vim pra cá. Isso é temporário, só uns dias. – Eu avisei e o Rafael me olhou torto.
- Hana, de jeito nenhum! Eu comprei o apartamento, quero ir logo para a minha casa. E eu acho que você deveria reconsiderar e ficar de vez por aqui com o Rafa. – A Raíssa incentivou e eu pensei que talvez eu devesse parar de resistir, eu já não ficava sem o meu psicogato mesmo!
- Será? Não sei o que a revoltada da família acha. E se ela ficar verde de novo? – Eu brinquei e a Giovana deu uma risada.
- Ai, Hana, que boba! Não vou ficar verde, gosto do meu novo rosa! – A Giovana brincou e deu uma olhadinha disfarçada para o Anderson. – Olha, eu ficaria feliz se você resolvesse se mudar pra cá, eu gosto de você, de verdade!
- Ah, querida, eu também gosto de você, de verdade! – Eu respondi e recebi o seu sorriso doce.
- Eu também gosto de você de verdade! – O Rafael sorriu e me deu um beijo no rosto. – Viu, minha doida, todo mundo quer você aqui!
- Vou pensar! – Eu brinquei.
- Tenho certeza de que ele vai te convencer! – A Rúbia brincou. – E eu lavo os pratos, vai descansar, você cozinhou e estava realmente uma delícia. – Ela se levantou e já foi levando os pratos para a cozinha.
- Ótimo! Minha doida, eu realmente estou cansado, foram muitas emoções para um único dia. – O Rafael se levantou e me estendeu a mão.
- Chefe... – O Anderson olhou para ele ansioso.
- Quase esqueci! – O Rafael sorriu e se sentou. – Gi, para o seu quarto. Você ainda está de castigo.
- Ah, pai, ainda? – A Giovana reclamou.
- Sim, eu reconheço que você está melhorando, mas eu ainda não confio em você. E você sabe, confiança precisa ser conquistada! Você está no caminho certo, mas vai que cai em tentação antes de aprender a lição?! Melhor eu não facilitar! Além do mais, o que você fez com a sua mãe foi muito grave, já está perdoado, mas você precisa refletir ainda. – O Rafael avisou a filha e ele estava certo, não é porque ela já dava sinais de se comportar que ele poderia simplesmente esquecer tudo.
- Está bem! – Ela respondeu de cabeça baixa. – Mãe, eu me arrependo de verdade.
- Eu sei, querida, mas o seu pai está certo. E eu trouxe uns catálogos para você escolher os móveis do seu quarto. Você marca o que quer e depois a sua tia liga para a loja. – A Raíssa avisou e os olhos da Giovana brilharam. Ela deu um beijo na mãe e foi em direção ao quarto acompanhada pelo Rubens.
- Anderson, as coisas mudaram um pouco desde a nossa última conversa, não é?! – O Rafael encarou o Anderson.
- Eu gosto dela, Rafael, mas eu sei que não é o momento. Como você disse para fazer, eu estou sendo amigo dela, dando conselhos e a ajudando a passar por essa fase. – O Anderson respondeu com firmeza.
- É, mas ela gosta muito de você e está muito ansiosa. – A Raíssa sorriu para o Anderson.
- Nós nos damos bem. – Ele sorriu. – Eu não sei explicar. Eu não teria escolhido gostar dela...
- A gente não escolhe de quem gosta, Anderson! – Eu me meti.
- É. – Ele respirou fundo. – Mas eu gosto muito dela! Mas fica tranquilo, chefe, eu não vou trair a sua confiança, eu vou me comportar dignamente com ela e não vou fazer nada sem o consentimento de vocês.
- Ai, Anderson! – O Rafael riu. – Você acha mesmo que eu preciso dar consentimento? A minha filha está mais do que resolvida a beijar você e não se faça de desentendido! Eu dou uma forçada porque é meu papel de pai, se eu facilitar demais ela vai acelerar tudo e isso não é bom para ela. É claro que eu não tenho a ilusão de que ela vá chegar aos trinta e quatro anos sem beijar na boca.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque
Está sempre a dar erro. Não desbloqueia os capitulos e ainda retira as moedas.😤...
Infelizmente são mais as vezes que dá erro, que outra coisa......