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Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque romance Capítulo 1281

“Giovana”

Eu tinha passado um tempo bom com o tio Rubens enquanto o resto da família foi para a reunião na escola. Eu estava preocupada com o que aconteceria, mas ele me acalmou dizendo que meus pais não me deixariam em uma escola na qual eles não confiassem, então eu achei que deveria confiar neles.

E quando o Anderson chegou da reunião na escola com a minha mãe e a minha tia e eles me contaram tudo o que havia acontecido eu fiquei bem feliz ao saber que a professora de matemática seria substituída, mas eu ainda teria que lidar com os meus colegas e eu não estava ansiosa por isso. Mas o Anderson conversou comigo e me acalmou, me fez entender que eu sempre terei que lidar com pessoas mesquinhas e que nem todo mundo vai gostar de mim e está tudo bem. E estava tudo bem mesmo, afinal ele gostava de mim e era isso que me importava.

- Ferinha, se lembra do que nós conversamos? – O Anderson segurou a minha mão antes de sairmos do carro.

- Cabeça erguida, sorriso no rosto e ouvidos de mercador! – Eu repeti o que ele havia me ensinado.

- É isso aí, minha linda! Você vai arrasar! – Ele apertou de leve a minha mão e enquanto se virou para sair do carro eu achei que podia fazer uma declaração.

- Eu arrasaria mais se ganhasse um beijo! – Eu falei e escutei seu risinho, mas ele não olhou pra mim. Saiu do carro, deu a volta e abriu a minha porta.

Eu desci do carro e ele fechou a porta, enquanto eu caminhava à frente ele se aproximou do meu ouvido e sussurrou:

- Arrasa na escola primeiro e depois, se você se sair muito bem, talvez você ganhe um beijo... – Ele falou e eu senti o meu coração acelerar, mas ele continuou. – No rosto, por enquanto!

- Que estraga prazeres! – Eu estreitei os meus olhos para ele e ele deu uma risadinha.

- Você é muito apressadinha! Nós já conversamos sobre esse outro beijo. – Ele me lembrou e eu suspirei.

- Mas não custa tentar, né?! – Eu respondi e ele riu.

Nós passamos pelo porteiro com o bom dia que já se tornava habitual, e eu notei que ele estava ainda mais simpático e sorridente. Ao nos aproximarmos da sala o Anderson sussurrou que era para eu lembrar da minha recompensa e eu entrei na sala rindo, mas quase deixei o sorriso murchar.

- Ê, Giovana, tinha que ser a problemática abduzida mesmo! Fez nossa professora ser demitida! – Uma das garotas que viviam puxando o saco da professora de matemática já foi falando bem alto.

Eu respirei fundo e parei na frente dela.

- Quem pode, pode, não é, querida! Mas se você está muito tristinha, pode pedir transferência e ir embora junto com ela. – Eu respondi, dei um sorrisinho e me virei para seguir para o meu lugar.

- Está se achando muita coisa, Giovana? Você é só uma sem noção que nem deveria ter voltado. – A garota falou e eu me virei, prontinha para ir pra cima dela e ensinar uma lição, mas eu vi o olhar do Anderson que claramente me dizia para me lembrar do meu prêmio, era um beijo no rosto, mas era um beijo e eu queria ganhá-lo.

Eu abri um sorriso enorme para aquela vaca e as amiguinhas dela, levei a mão a boca, dei um beijo e soprei em direção a elas.

- Minhas fãs! – Eu falei e dei as costas, mas antes de me virar ainda vi o olhar de raiva delas e eu fiquei mais do que feliz por tê-las matado de raiva.

O Anderson e eu nos sentamos e enquanto eu organizava meu material sobre a carteira ele pegou um dos cadernos e uma caneta e escreveu na última folha: “estou orgulhoso”. Eu sorri e peguei a caneta na mão dele e escrevi em resposta: “estou de olho no prêmio”. Ele deu um sorriso lindo pra mim e eu já tinha esquecido aqueles vacas da minha sala. O que eu não esqueceria era de depois arrancar aquela folha do caderno e guardar junto com a do dia anterior e os demais bilhetes dele.

O restante da aula estava seguindo tranquila, ninguém se atreveu a fazer mais piadinhas. No intervalo alguns colegas vieram conversar comigo e o Rui, o colega da turma que viviam incomodando porque estava acima do peso, passou o intervalo inteiro conversando com o Anderson, já se sentia amigo íntimo.

- Você arrumou um fã. – Eu comentei com o Anderson quando nos sentamos de novo na sala, antes do professor entrar.

- É um bom garoto, lembra o meu irmão na idade dele. – Ele sorriu.

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