“Giovana”
Eu tinha passado um tempo bom com o tio Rubens enquanto o resto da família foi para a reunião na escola. Eu estava preocupada com o que aconteceria, mas ele me acalmou dizendo que meus pais não me deixariam em uma escola na qual eles não confiassem, então eu achei que deveria confiar neles.
E quando o Anderson chegou da reunião na escola com a minha mãe e a minha tia e eles me contaram tudo o que havia acontecido eu fiquei bem feliz ao saber que a professora de matemática seria substituída, mas eu ainda teria que lidar com os meus colegas e eu não estava ansiosa por isso. Mas o Anderson conversou comigo e me acalmou, me fez entender que eu sempre terei que lidar com pessoas mesquinhas e que nem todo mundo vai gostar de mim e está tudo bem. E estava tudo bem mesmo, afinal ele gostava de mim e era isso que me importava.
- Ferinha, se lembra do que nós conversamos? – O Anderson segurou a minha mão antes de sairmos do carro.
- Cabeça erguida, sorriso no rosto e ouvidos de mercador! – Eu repeti o que ele havia me ensinado.
- É isso aí, minha linda! Você vai arrasar! – Ele apertou de leve a minha mão e enquanto se virou para sair do carro eu achei que podia fazer uma declaração.
- Eu arrasaria mais se ganhasse um beijo! – Eu falei e escutei seu risinho, mas ele não olhou pra mim. Saiu do carro, deu a volta e abriu a minha porta.
Eu desci do carro e ele fechou a porta, enquanto eu caminhava à frente ele se aproximou do meu ouvido e sussurrou:
- Arrasa na escola primeiro e depois, se você se sair muito bem, talvez você ganhe um beijo... – Ele falou e eu senti o meu coração acelerar, mas ele continuou. – No rosto, por enquanto!
- Que estraga prazeres! – Eu estreitei os meus olhos para ele e ele deu uma risadinha.
- Você é muito apressadinha! Nós já conversamos sobre esse outro beijo. – Ele me lembrou e eu suspirei.
- Mas não custa tentar, né?! – Eu respondi e ele riu.
Nós passamos pelo porteiro com o bom dia que já se tornava habitual, e eu notei que ele estava ainda mais simpático e sorridente. Ao nos aproximarmos da sala o Anderson sussurrou que era para eu lembrar da minha recompensa e eu entrei na sala rindo, mas quase deixei o sorriso murchar.
- Ê, Giovana, tinha que ser a problemática abduzida mesmo! Fez nossa professora ser demitida! – Uma das garotas que viviam puxando o saco da professora de matemática já foi falando bem alto.
Eu respirei fundo e parei na frente dela.
- Quem pode, pode, não é, querida! Mas se você está muito tristinha, pode pedir transferência e ir embora junto com ela. – Eu respondi, dei um sorrisinho e me virei para seguir para o meu lugar.
- Está se achando muita coisa, Giovana? Você é só uma sem noção que nem deveria ter voltado. – A garota falou e eu me virei, prontinha para ir pra cima dela e ensinar uma lição, mas eu vi o olhar do Anderson que claramente me dizia para me lembrar do meu prêmio, era um beijo no rosto, mas era um beijo e eu queria ganhá-lo.
Eu abri um sorriso enorme para aquela vaca e as amiguinhas dela, levei a mão a boca, dei um beijo e soprei em direção a elas.
- Minhas fãs! – Eu falei e dei as costas, mas antes de me virar ainda vi o olhar de raiva delas e eu fiquei mais do que feliz por tê-las matado de raiva.
O Anderson e eu nos sentamos e enquanto eu organizava meu material sobre a carteira ele pegou um dos cadernos e uma caneta e escreveu na última folha: “estou orgulhoso”. Eu sorri e peguei a caneta na mão dele e escrevi em resposta: “estou de olho no prêmio”. Ele deu um sorriso lindo pra mim e eu já tinha esquecido aqueles vacas da minha sala. O que eu não esqueceria era de depois arrancar aquela folha do caderno e guardar junto com a do dia anterior e os demais bilhetes dele.
O restante da aula estava seguindo tranquila, ninguém se atreveu a fazer mais piadinhas. No intervalo alguns colegas vieram conversar comigo e o Rui, o colega da turma que viviam incomodando porque estava acima do peso, passou o intervalo inteiro conversando com o Anderson, já se sentia amigo íntimo.
- Você arrumou um fã. – Eu comentei com o Anderson quando nos sentamos de novo na sala, antes do professor entrar.
- É um bom garoto, lembra o meu irmão na idade dele. – Ele sorriu.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque
Está sempre a dar erro. Não desbloqueia os capitulos e ainda retira as moedas.😤...
Infelizmente são mais as vezes que dá erro, que outra coisa......