“Anderson”
Não tinha como negar que eu tinha ficado morrendo de ciúmes da ferinha. Aquele garoto era um idiota, mas tinha a idade dela, ninguém questionaria se eles namorassem, e ele era o tipo que as meninas acham bonitinho. Mas a ferinha como sempre tinha a resposta, foi até lá e o colocou no lugar dele, que era bem longe dela. E ainda disse que tinha namorado, aquela atrevidinha era impossível!
Mas eu queria mesmo era ter dado um beijo nela, ali no meio daquela sala, para que todos soubessem que o namorado era eu, ou pelo menos eu esperava que fosse. Só que eu não podia fazer isso, porque eu ainda não era o namorado dela, embora eu sentisse que era dela, mas também porque eu precisava preservá-la da maldade daqueles adolescentes que pareciam perder muito tempo pensando em formas de sacanear os colegas.
E enquanto eu dirigia pra casa dela eu só pensava em parar o carro e dar um beijo nela, porque eu já não tinha paz, só pensava em beijá-la, estava ansioso por isso, mesmo sabendo que precisava ter calma. Eu queria me tornar logo o namorado e senti medo de que alguém aparecesse e a roubasse de mim. E foi justamente porque eu precisava ter calma que eu me mantive quieto, porque ela poderia me convencer a beijá-la antes da hora muito facilmente e eu precisava me acalmar e lembrar que eu tinha que esperar.
Mas quando nós saímos do carro, já não dava mais, eu precisava pelo menos abraçá-la, precisava de algum tipo de conexão com ela. Então eu pedi por um abraço, abraços estavam liberados, então eu pedi por um. Ela me olhou com aqueles olhos brilhantes e o sorriso com as marquinhas nas bochechas que amava.
- Você pode me abraçar quando quiser, meus abraços são seus. – Ela respondeu, da mesma forma que eu havia dito a ela.
- Eu gostaria que você me abraçasse. – Eu insisti e ela pareceu ter gostado de ouvir aquilo, ela abriu os braços e me abraçou.
Seus braços me acolheram e eu senti o seu perfume gostoso e o calor do seu corpo naquele abraço que era tudo o que eu precisava, o lugar onde eu queria estar. E uma calma tomou conta de mim, colocando tudo em ordem, colocando os meus pensamentos em perspectiva e eu suspirei de contentamento.
- Por que você está bravo? – Ela estava curiosa, mas tinha entendido errado, eu não estava bravo, estava tenso, tentando me controlar, porque eu queria dar um beijo nela, mais do que qualquer outra coisa.
- Eu não estou bravo. Eu estou me contendo. – Eu respondi, de olhos fechados, a mantendo no meu abraço.
- Se contendo por que? – Ela sempre cheia de perguntas.
- Pra começar, porque eu fiquei muito irritado com a audácia daquele garoto e fiquei morrendo de ciúmes e queria dizer a ele para não se atrever a se aproximar de você. Mas eu não posso fazer isso. – Isso me fez sentir tão impotente e fez com que eu sentisse que ela estava longe demais do meu alcance.
- Você ficou com ciúme de mim? – Ela perguntou com uma risadinha suave.
- Muito, ferinha, e eu nunca senti ciúmes de ninguém antes. É uma emoção totalmente nova pra mim. – Era como se eu estivesse descobrindo os sentimentos com ela, porque apesar da diferença de idade, essa coisa de estar apaixonado era novidade pra mim também.
- Eu também tenho ciúmes de você. – Ela confessou, me fazendo rir.
- Eu sei. Vamos cuidar para que o nosso ciuminho não se torne algo insuportável, tá?! - Nós precisávamos saber dosar esse ciúme que era até bom na medida certa, mas demais era um problema.
- Tá! É só um pouquinho. – Ela riu e eu a apertei um pouquinho mais e foi tão gostoso estar com ela no meu abraço. – Anderson?
- Hum? – Eu respondi e ela abaixou a voz para um sussurro.
- Eu disse que você é meu segurança só porque você acha melhor que na escola ninguém saiba que eu estou apaixonada por você. – Ela estava se explicando e no meio disso me dizendo que estava apaixonada.
- Ferinha? – Eu chamei e baixei a minha voz para um sussurro.
- Hum?
- Você está dificultando muito que eu cumpra a minha promessa ao seu pai e espere mais um pouco para te beijar. – Eu falei sussurrando pra ela. – Eu também estou apaixonado por você.
- Então me beija logo! – Ela murmurou.
- Não posso ainda, eu prometi ao seu pai. Mas eu tenho medo que até lá você desista de me esperar. – Eu confessei, de olhos fechados.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque
Está sempre a dar erro. Não desbloqueia os capitulos e ainda retira as moedas.😤...
Infelizmente são mais as vezes que dá erro, que outra coisa......