“Rafael”
Antes de abrir a porta do quarto para sair do meu mundinho com a Hana eu ainda dei um último beijo nela.
- Minha doida, você tem idéia do quanto me faz feliz? – Eu perguntei passando o meu nariz no dela.
- Eu tenho! É exatamente igual ao tanto que você me faz feliz! – Ela respondeu toda sorridente.
- Huum, eu preciso falar com o Bóris, mas ele teve um péssimo timing hoje! – Eu lamentei e ela riu.
- Vamos, psicogato, se você quer todas nós seguras, tem que cuidar da Rai também, não pode deixar as coisas pela metade.
Nós saímos do quarto e eu olhei em direção ao quarto da Giovana, que estava escuro, a espertinha já tinha escapado para a sala. Ou talvez nós estivéssemos atrasados para o jantar. Mas quando chegamos à sala eu ouvi as risadas e percebi que ela tinha mesmo escapado.
- Você não está de castigo, Giovana? – Eu perguntei e ela ergueu as sobrancelhas.
- Está quase na hora do jantar, pai, e a minha mãe já deve estar chegando. – A Giovana argumentou, ela tinha argumento pra tudo era uma criaturinha impossível!
- Sei! Vou deixar passar. – Eu brinquei.
A campainha tocou e eu fui abrir a porta. Era a Raíssa e o Bóris. Nós nos cumprimentamos e eles entraram. Enquanto a Raíssa apresentava o Bóris para os outros eu fiquei observando, eu conhecia a Raíssa muito bem e algo ali estava diferente do que deveria estar, mas era melhor eu prestar atenção.
- Pensei que o seu chefe fosse velho, mãe. – A Giovana tinha começado.
- Já gostei dela, Raíssa, nem me achou velho! – O Bóris sorriu para a Giovana, mas sem perceber ele tinha encorajado a minha filha a continuar.
- Vamos ver se vai continuar gostando até o fim da noite. – Eu passei por ele e indiquei o sofá. – Obrigado por vir, Bóris.
- Imagina, Rafael, a Raíssa me adiantou que você está tendo problema com a segurança dessas garotas. – Ele sorriu.
- Pois é, acontece que essas quatro se uniram e a Hana tem uma propensão a atrair problema, mas parece que a Giovana também, então eu estou bem preocupado. – Eu adiantei.
- Você está preocupado com a segurança da Raíssa na empresa. – O Bóris era inteligente e logo entendeu a situação.
- Na empresa e fora dela. – Eu continuei. – Enquanto elas estão aqui eu tenho o Rubens e o Anderson de olho, mas o Rubens acompanha a Hana e o Anderson está de olho na garota problema, então...
- Pai! Não fala assim, minha mãe já ficou desempregada por minha culpa uma vez, eu não quero que aconteça de novo! – A Giovana reclamou.
- Ai, meu deus! – A Raíssa colocou a mão na testa e o Bóris sorriu.
- Olha, Giovana, fico aliviado que você não queira que eu demita sua mãe, porque eu não poderia fazer isso. – O Bóris respondeu e atraiu a atenção da Giovana, como se tivesse balançado um pedaço de carne fresca em frente a um tigre.
- Ah, é?! E por que você não poderia demitir a minha mãe? – Ela perguntou se inclinando para frente.
- Gi, por favor, não deixe o meu chefe sem graça ou ele muda de idéia. – A Raíssa pediu séria.
- Por que, mãe, o Bóris tem medo de uma perguntinha? – A Giovana encarou o Bóris, que estava rindo.
- Não, pode perguntar, Giovana. Eu não posso demitir a sua mãe porque eu preciso dela. Ela está fazendo grandes coisas na minha empresa e eu não posso perdê-la! – O Bóris respondeu sem titubear e a Giovana estreitou os olhos, eu já imaginava o que estava se passando naquela mentezinha.
- Giovana, não! – Eu a alertei.
- Ah, pai, ele precisa dela! – A Giovana sorriu. – Bóris, você é casado?
- Não, Giovana. Também não tenho namorada. Eu trabalho muito. – Ele estava alimentando a fera.
- Sei, mas você não é velho para trabalhar tanto. Quantos anos você tem mesmo? – A Giovana ia revirar a vida do Bóris do avesso.
- Trinta e três. – Ele riu.
- Que interessante, mãe, seu chefe é mais novo que você! – A Giovana concluiu.
- Giovana, você não quer que eu revogue aquela autorização, quer? – Eu perguntei e ela riu.
- Ai, pai, não seja chato! Vocês disseram que eu tenho que conhecer as pessoas que vão ser minhas amigas e a gente conhece as pessoas fazendo perguntas, não é, Bóris? – A Giovana buscou apoio e o Bóris estava estranhamente muito tranquilo em ser escrutinado.
- Olha, eu estou sendo considerado como amigo? Ah, não, mas essa chance eu não posso perder! Pode perguntar o que você quiser, Giovana, você tem razão, a gente conhece as pessoas fazendo perguntas. – Ele concordou e eu revirei os olhos, ele tinha soltado o trem desgovernado e nem sabia.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque
Está sempre a dar erro. Não desbloqueia os capitulos e ainda retira as moedas.😤...
Infelizmente são mais as vezes que dá erro, que outra coisa......