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Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque romance Capítulo 1294

“Raíssa”

Quando a Hana me chamou para a cozinha eu respirei aliviada, a Giovana me colocou em uma bela saia justa ali com o meu chefe. Só que ainda tinha um jantar inteiro e eu teria que dar um jeito da minha filha ficar calada pelo resto da noite.

- Giovana, você precisa se controlar um pouco. O Bóris é muito gentil, mas você está passando dos limites. Eu posso perder o meu emprego. – Eu chamei a atenção dela assim que entramos na cozinha.

- Mãe, você não vai perder o emprego, vai só ganhar um namorado! – A Giovana me respondeu se achando muito esperta.

- Admite, Rai, ela está certa! – A Hana se aproximou e parou ao lado da Giovana.

- Hana, ele é meu chefe, é mais novo que eu, é... – Eu estava tentando argumentar, mas fui interrompida pela Rúbia.

- E daí que ele é mais novo? E são só três anos, mana, deixa de ser boba! – A Rúbia se juntou as outras três.

- É, Rai, vai me dizer que você não acha o seu chefe assim, um gato? – A Hana me encarou com um sorrisinho malicioso.

- Entendi porque o Rafa te chama de doida, Hana! – Eu brinquei e ela riu. – Meninas, ele é lindo, gentil, simpático, mas é meu chefe. Onde se ganha o pão, não se come a carne.

- Irmã, aquilo ali é um grande e suculento filé, não se encaixa nessa sua teoriazinha de banca de revista. Aquele filé lá na sala, você como e até rói os ossos que tiver. – A Rúbia comentou fazendo as outras duas rirem.

- Vai, mãe, beija ele e depois me conta como foi. Meu pai diz que sente o coração na boca sempre que beija a Hana. – A Giovana incentivou, aquela garota ultimamente só pensava em beijo.

- Seu pai disse isso? – A Hana olhou para ela com um grande sorriso. – Que lindo! Eu também sinto o coração na boca sempre que eu beijo o meu psicogato!

- Giovana, estou começando a ficar preocupada, você só pensa em beijos! – Eu comentei e ela riu.

- Ah, mãe, vai dizer que você não pensa? – Ela perguntou e eu revirei os olhos, minha filha nem podia imaginar no que eu andava pensando sobre o meu chefe.

- Olha, Gi, só segura a língua, um pouquinho, por favor? – Eu pedi e ela riu.

- Eu vou tentar. – Ela respondeu e foi pegar os pratos no armário. – Mas eu gosto dele!

Durante o jantar a Giovana se comportou, na verdade, o Anderson a distraiu bastante, já o Bóris pareceu muito à vontade ali com a família, riu, brincou, respondeu mais perguntas sobre a vida dele, engatou uma conversa sobre o bar com o Rafael e o Rubens. Foi tão agradável que ele parecia mais um de nós e não apenas o meu chefe.

- Gi, deu por hoje, não é, minha filha, você ainda está de castigo. – O Rafael falou para a Giovana depois do jantar e de um café que a Hana insistiu em servir na sala.

- Carcereiro, vamos! – A Giovana chamou o Anderson que deu uma risadinha, ela não tinha jeito e ele já sabia. – Bóris, até amanhã! Mãe, seja educada e leve o Bóris até o carro quando ele estiver de saída.

- Giovana Maria, vai dormir! – Eu chamei a atenção dela.

- Gi, eu adorei te conhecer! Até amanhã! Se ela não for educada eu te conto. – O Bóris deu um abraço na Giovana e ela foi para o quarto. – Gostei dessa garota! – O Bóris comentou quando ela desapareceu no corredor.

- O que não há para gostar, não é, Bóris! – O Rafael o encarou com um sorriso.

- A aliada perfeita, Rafael, se eu soubesse teria arranjado uma desculpa para vir aqui antes. – O Bóris comentou em tom de brincadeira e eu desejei que a terra me engolisse. Eu era a piada da noite! – Bom, eu também preciso ir. Obrigado pela hospitalidade. – O Bóris se despediu de todos e se virou para mim. – Vai ser educada, Rai?

- Claro! Se não você conta para a adolescente rebelde e ela me coloca de castigo. – Eu brinquei e ele riu.

- Ah, ela gostou mesmo de mim! – Ele deu um sorriso ainda maior.

Nós saímos do apartamento e enquanto esperávamos o elevador ele puxou assunto, porque eu estava tão sem graça que não tinha palavras.

- Eu realmente gostei muito de jantar com vocês, Rai. – Desde o meio do jantar ele não me chamou mais de Raíssa, havia adotado o apelido que a família usava.

- Que bom que você se divertiu, já sabe que tem vaga cativa, pode vir quando quiser. – Eu respondi e nós entramos no elevador.

- Eu vou vir todos os dias, menos nos dias em que você aceitar sair para jantar comigo. – Ele respondeu, parado bem na minha frente.

- Bóris, você é muito gentil e a Giovana fala demais, mas...

- Bóris, você é meu chefe.

- E vou continuar sendo, mesmo que você me dê um fora. Mas vou ser um chefe mais feliz se você me der uma chance. E se você fizer isso, eu prometo que você não vai se arrepender.

- Bóris, eu não sei o que dizer. Sinceramente a minha vida está uma bagunça e...

- Sua vida não está uma bagunça, você já vai se mudar para o seu apartamento, sua filha voltou aos trilhos, você tem um bom emprego. Eu acho que é um bom emprego. Só te falta um namorado, mas olha eu aqui! Não dá para a sua vida estar mais organizada que isso.

- Namorado, Bóris?

- Ah, Raíssa, sei lá, namorado, marido, caso indefinido, o nome que você quiser dar, eu só quero uma chance para fazer você me querer também. Do mesmo jeito que eu estou querendo você.

- Nossa! É... eu acho... não sei o que dizer.

- Então vamos fazer assim, linda, eu vou te dar um tempo pra pensar, um dia, amanhã quando eu chegar aqui você me diz se vai me dar uma chance. – Ele tocou o meu rosto, um gesto tão carinhoso e estava tão perto. – Só pensa com carinho, porque eu acho que a gente tem potencial!

- Bóris, e-eu vou pensar.

- Que bom, Rai! Então nos vemos amanhã. – Ele me deu um beijo de cada lado do rosto e antes que eu me afastasse ele segurou o meu rosto e me deu um beijo na boca.

Foi como se eu tivesse perdido o chão. Ele segurou o meu rosto com as duas mãos, nossos lábios se tocaram e a língua dele tocou os meus lábios e pediu passagem para a minha boca, encontrando a minha e a acariciando com gentileza. Foi um beijo rápido, mas foi inesperado e gostoso, lento e gentil.

- Bons sonhos, linda. Até amanhã! – Ele acariciou o meu rosto e me soltou. – Agora entra, não quero você aqui fora correndo riscos.

Eu me virei e caminhei em direção a entrada do prédio, ainda atordoada pelo beijo inesperado e pelas palavras que ele havia colocado em minha cabeça. Mas antes que eu entrasse no prédio eu senti a mão no meu pulso e um leve puxão que me fez colidir de frente com ele e, antes que eu tivesse qualquer reação, a boca dele tomou a minha em um beijo urgente e necessitado. Seus braços envolveram a minha cintura e me prenderam grudada nele. Sua língua buscou a minha impiedosamente e varreu todos os cantos da minha boca. Era tão bom que eu poderia ficar ali o resto da noite apenas beijando aquele homem.

- Desculpe, mas eu não conseguiria dormir sem esse beijo. – Ele sussurrou enquanto deixava a minha boca. Ele me tirou o raciocínio, o fôlego e as palavras, me deixou de pernas bambas e coração palpitando, tudo em um único beijo. – Boa noite, Linda!

Ele me deu mais um selinho e me soltou devagar, segurando o portão aberto para que eu entrasse. Eu estava flutuando, eu tinha certeza, porque eu não sentia os meus pés tocarem o chão. E quando eu cheguei ao apartamento eu dei graças a deus por não ver ninguém por ali para me encher de perguntar para as quais eu não sabia a resposta.

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