“Anderson”
O dia tinha sido bem agitado e eu pensei que a Giovana estaria cansada, mas ela parecia ter uma bateria de longa duração, porque estava com a corda toda e assim que paramos na porta do quarto ela começou com as perguntas.
- Anderson? – Ela parou na porta e se virou para mim.
- Hum?
- Não que você tenha que dizer, mas eu fiquei curiosa e você disse que me contaria onde você foi hoje. – Ela falou de cabeça baixa, como se estivesse com vergonha de me perguntar.
- E por que você está tão curiosa? – Eu me encostei na parede e esperei pela resposta.
- Porque deve ter sido uma coisa muito importante para você me deixar sozinha. – Ela choramingou, toda dramática.
- Mas eu não te deixei sozinha, ferinha. Deixei o Rubens aqui com você e a Hana e a Rúbia. Até o seu pai estava em casa. – Eu sorri e ela fez um biquinho charmoso.
- É que eu senti sua falta. Fiquei com saudade. – Ela respondeu toda dengosa.
- Ah, é? E por que eu não ganhei um abraço, já que você ficou com saudade? – Eu achava lindo o jeitinho dela de ir dando voltas em algum assunto até chegar onde queria.
- Porque você não sentiu minha falta. – Ela reclamou.
- Quem disse? Eu morri de saudade, mas eu precisava fazer uma coisa importante. – Eu falei e ela me encarou.
- O quê? – Ela perguntou cheia de curiosidade.
- Eu vou te mostrar, mas antes eu vou abraçar você, porque eu senti sua falta. – Eu a envolvi em meu abraço, sentindo seu cheiro gostoso. Ela passou os braços em torno de mim e descansou a cabeça no meu peito. Era tão bom abraçá-la. – Sabe, ferinha, eu estou altamente dependente dos seus abraços.
- Sabe, Anderson, eu estou ansiosa pra te beijar. – Ela falou assim, sem mais nem menos, e eu comecei a rir.
- Quer saber, eu também estou ansioso para beijar você. – Eu sussurrei para ela e de repente já não fazia mais sentido esperar, afinal, o pai dela já tinha dado permissão.
Eu me afastei um pouco e segurei o seu queixo entre os meus dedos, ergui a sua cabeça e dei um beijo no seu rosto, perto do seu ouvido e sussurrei para ela:
- Acho que vou beijar você!
Eu vi o seu sorriso se abrindo e vi a ansiedade em seus olhos, meu coração estava batendo forte e acelerado e eu dei mais um beijo em seu rosto, no cantinho da boca, como já tinha feito antes e o meu coração parecia que ia sair pulando do meu peito. Eu fechei os olhos e estava prestes a tocar os lábios dela com os meus quando ouvi um “ham-ham” no corredor e senti o momento se perdendo. Eu soltei a Giovana devagar e olhei para trás, o Rubens e a Rúbia estavam vindo em nossa direção, morrendo de rir.
- Atrapalhei alguma coisa? – O Rubens parou atrás de mim, rindo como um idiota.
- Pra ser sincera, tio, atrapalhou uma grande coisa e no momento eu não sei se gosto muito de você. – A Giovana cruzou os braços toda irritadinha.
- Eu também não sei se eu gosto muito de você agora, fofinho, nós poderíamos ter assistido esse beijo de camarote! – A Rúbia reclamou e o Rubens deu um beijo no rosto dela.
- Lorão, esse beijo é muito especial para ter espectadores, não seja curiosa. – O Rubens comentou.
- Foi inevitável. Ela é linda demais e tão espontânea, cheia de vida, de coragem, consegue reconhecer os próprios erros, é carinhosa, mas tem as garrinhas afiadas quando se chateia. Ela é demais! – Eu comentei e o Rafael riu.
- É, foi inevitável pra ela também. Eu fico muito feliz que você tenha conquistado o coração da ferinha, porque eu tenho certeza que você a merece e merece a minha confiança, mas eu preciso te falar mais uma coisa, como pai, mas como homem também. – O Rafael ficou sério e eu sabia o que ele queria dizer.
- Eu não vou passar dos beijos e abraços, Rafael. Ela é jovem, eu sei. Eu sou paciente e eu vou esperar o tempo certo de cada coisa. Eu já te disse, eu a respeito, respeito você e respeito a sua casa. – Eu garanti, sabia bem qual era a preocupação dele. – E eu entendo se você quiser que outra pessoa venha para cuidar da segurança dela.
- Eu sei que você vai respeitá-la, mas ela tende a ser muito ansiosa, assim como eu também sei que você não age por impulso. Não, Anderson, eu não quero outra pessoa cuidando da segurança dela, porque eu sei que ninguém vai cuidar dela melhor do que você. – Ele se inclinou em minha direção. – Eu estou confiando em você e te entregando o meu maior tesouro, Anderson, eu sei que você é digno dessa confiança. Só te digo que ela não vai esperar até os dezessete por esse beijo.
- O que eu faço? – Eu perguntei, esperando que ele tivesse uma solução para o meu dilema.
- Escolha um bom momento e dê a ela um primeiro beijo especial. E quanto ao namoro, Anderson, me desculpe, mas vocês já estão namorando e vocês já têm a minha permissão. E sim, você pode sair com a sua namorada amanhã, mas só peço que não demorem muito fora, por causa do problema que estamos tendo.
- Eu vou protegê-la com a minha vida, Rafael. E pode ficar tranquilo, nosso passeio amanhã será rápido eu só vou levá-la para conhecer a minha família e passear com ela um pouco, nada demais. Obrigado pela confiança, eu não vou te decepcionar. – Nós nos levantamos e eu estendi a mão para ele, mas ele me puxou para um abraço.
- Eu sei que não vai, garoto! Agora vamos lá que eu quero ver a cara dela quando você contar as novidades.
- E eu vou chamar a Rai para ver isso também. – A Hana saiu correndo na nossa frente.
- Minha doida, chama todo mundo aqui pra sala. – O Rafael pediu.
Em menos de um minuto estavam todos na sala e a Giovana me olhou sem entender nada.

Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque
Que lindo esse livro. Estou aqui chorando novamente. Muito emocionante...
Amei saber que terá o livro 2. 😍...
Que livro lindo e perfeito. Estou amando e totalmente viciada nesse livro. Eu choro, dou risadas, grito. Parabéns autora, é perfeito esse livro 😍...
Está sempre a dar erro. Não desbloqueia os capitulos e ainda retira as moedas.😤...
Infelizmente são mais as vezes que dá erro, que outra coisa......