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Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque romance Capítulo 1296

“Giovana”

Eu fiquei bastante brava com meus tios, eles tinham atrapalhado o grande momento do meu beijo e tinha me custado muito convencer o Anderson.

- Custava ter passado em silêncio, tio? – Eu perguntei brava e ele riu.

- Custava, eu perderia essa sua carinha de brava. – Ele brincou. Era impossível ficar brava com o tio Rubens, ele estava sempre fazendo piada com tudo.

Nós ficamos conversando até que a Hana apareceu, toda alegrinha, eu pensei até que meu pai e ela já tivessem saído. Mas ela passou pelo quarto da minha mãe e depois veio até o meu.

- Pessoal, o Rafael quer todo mundo lá na sala, inclusive você ferinha. – A Hana falou, mas pelo sorriso dela não era nada ruim. O que será que meu pai e ela estavam aprontando?

Eu estava curiosa, quando chegamos à sala encontramos o meu pai e o Anderson conversando. O Anderson se aproximou e segurou as minhas mãos.

- Ferinha, eu conversei com o seu pai e ele deu permissão para você sair comigo amanhã, eu vou te levar para conhecer a minha família. – Ele falou bem sério e eu abri um grande sorriso, ele me levaria para conhecer a família dele, isso era muita coisa.

- Sério isso? Eu vou conhecer a sua mãe? – Eu tinha adorado a novidade e fiquei agitada com a notícia.

- Sim, amanhã eu vou apresentar a minha namorada para a minha mãe. – Ele respondeu e eu parei de repente e o encarei.

- Namorada? – Eu perguntei séria. – Você falou com o meu pai?

- Acho que foi mais ele quem falou comigo, ferinha, mas é isso, ele permitiu. – Ele respondeu e eu não podia acreditar em tudo o que estava acontecendo, meu dia tinha sido simplesmente perfeito!

- Mas você ainda não pediu pra mim e sou eu quem tem que querer. – Eu falei para ele, como quem soubesse das coisas.

- Mas você não me pediu em namoro hoje? – Ele me lembrou, com aquele sorriso bonito no rosto.

- Ih, foi mesmo! – Eu pensei um pouco. – Ah, quer saber, não importa! Você agora é meu namorado! – Eu falei com um grande sorriso. – E namorados se beijam, não é, pai?!

- Ah, começou! – O meu pai bufou. – Quer saber, Giovana, namorados se sentam no sofá e seguram as mãos um do outro. Então se vocês quiserem, vocês podem ficar aí no sofá enquanto lêem ou conversam, ao invés de ficarem sentados no chão lá na porta do seu quarto. Eu preciso ir trabalhar.

- Você não respondeu a pergunta dela, psicogato. – A Hana chamou o meu pai e ele revirou os olhos.

- Sim, namorados se beijam! – Ele respondeu tentando ficar bravo, mas estava rindo. – Você vai beijá-la hoje, Anderson?

- Não, acho que hoje ainda não! – O Anderson falou todo calmo e eu o olhei como se tivesse sido ofendida. – Ferinha, tenha calma, nós vamos sair amanhã para passear um pouco, você vai conhecer a minha mãe.

- Então nós podemos continuar sentados no chão lá na porta do meu quarto. – Eu respondi brava, pensei que ia merecer um beijo, estava já toda animada.

- É, gracinha, com certeza ela vai te deixar louco! – Meu pai estava rindo e eu não entendi porque. – Vocês é quem sabem onde querem ler ou conversar. A sala está liberada para vocês, Gi, mas vocês decidem. – Meu pai se aproximou de mim e me deu um beijo. – Eu estou dando um voto de confiança para você, Gi, outra vez, você sabe o que isso significa?

- Eu sei, pai, não vou te decepcionar. – Eu o abracei forte, ele confiava em mim de novo e isso significava muito.

- Se tentar me decepcionar o gracinha me conta. – Ele me deu um beijo rindo. – Vamos minha doida.

A Hana e os meus tios se despediram e saíram com o meu pai. Minha mãe ficou de pé na sala olhando para o Anderson e para mim. Quando a porta se fechou ela a trancou e nos olhou.

- Eu vou me deitar. Anderson, estou muito feliz com esse namoro. Você é o que a Gi precisava. – Ela deu um abraço no Anderson e depois me abraçou e falou no meu ouvido. – Não seja boba, Gi, aproveite a sala!

- O que eu faço, mãe? – Eu perguntei no seu ouvido.

- Eu também. Você teve um dia feliz, ferinha?

- Muito feliz, cheio de coisas interessantes. Tentaram estragar o meu dia, primeiro aquelas criaturas da minha sala, mas não conseguiram. Depois aquela mãe da Hana, mas nós fomos mais espertos. E teve o Flávio e o Bóris, acho que a minha mãe vai arrumar um namorado também.

- Você é terrível, ferinha! Mas eu gosto de você exatamente assim!

- E agora eu estou aqui, dançando com você! Não tem como o dia ser mais feliz que isso. – Eu estava me sentindo tão feliz, que nada poderia estragar aquilo.

- Eu acho que só falta uma coisa para esse dia ser o mais feliz. – Ele falou olhando pra mim. – Eu disse que não ia te beijar hoje, mas eu não sei como posso resistir e eu acho que eu vou te beijar agora.

Meu coração disparou! Ele tocou o meu rosto, ainda dançando comigo, mas a música já era outra, já começava “thinking out loud” quando ele deu um beijo na minha testa e outro na ponta do meu nariz.

- Você é linda demais, ferinha! Deixa o meu coração disparado, me deixa nervoso, ansioso, louco pra te beijar. – Ele deu um beijo no meu rosto e outro no canto da minha boca.

Eu estava como se tivesse sido hipnotizada por ele, olhando para ele em expectativa, sentindo a ansiedade disparada em minhas veias, o coração batendo forte. Estava acontecendo, ele ia me beijar finalmente!

Ele fechou os olhos e me deu um selinho rápido que fez todos os pelos dos meus braços se arrepiarem e até os da minha nuca e foi então que a mão dele que estava no meu rosto passou para a minha nuca e o polegar dele acariciou a minha bochecha e ele virou a minha cabeça um pouquinho para o lado e colou os lábios nos meus e meus olhos também se fecharam para que eu sentisse tudo aquilo, todas aquelas emoções borbulhando dentro de mim. Estava acontecendo!

Ele passou a ponta da língua nos meus lábios, foi tão gostoso que minha boca se abriu espontaneamente e a língua dele entrou na minha boca e tocou a minha, devagar, com cuidado, como se convidasse a minha língua a se mover com a dele lentamente, sem pressa, sem afobação, pacientemente. E eu abri mais a minha boca, para sentir mais da dele, e a minha língua tocou a dele, incerta, com medo de fazer qualquer coisa errada e ele parar, mas ele continuou, suave e devagar, me mantendo perto dele, com o seu braço na minha cintura e a outra mão na minha nuca.

E nós estávamos nos beijando, “thinking out loud” ainda tocava, mas os nossos pés não dançavam mais, só parecia que aquele movimento suave de dança que antes fazíamos agora era feito pelas nossas línguas e bocas se tocando, se beijando. Eu não pensava em nada mais além dele ali, o gosto da boca dele na minha era a coisa mais gostosa que eu já tinha provado na vida e era muito melhor que chocolate!

Eu senti o meu coração na boca encontrando o coração dele na boca dele também. E pelo tempo que durou aquele beijo, não existiu mais nada, mais ninguém no mundo e o meu coração bateu juntinho com o dele. E, ao final da música, tão devagar quanto começou, ele foi parando o beijo e deixando a minha boca com saudade da dele. Ele passou a ponta do nariz no meu e me deu mais um selinho demorado. Eu ainda estava de olhos fechados, mas estava sorrindo e dei um suspiro de alegria, eu tinha certeza de que aquele foi o melhor primeiro beijo da história do mundo. Eu abri os meus olhos devagar e encontrei os dele me olhando, ele tinha um sorriso lindo no rosto, mas eu tinha certeza de que o meu era ainda maior.

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