“Rafael”
Foi tão estranha a reação do meu segurança, mas ele estava claramente desconfortável em falar na frente da Hana, o que me fez desconfiar que pudesse ser o Lenon por ali e para não deixá-la nervosa eu achei melhor ir sem ela, mesmo não gostando de deixá-la sozinha.
- O que está acontecendo? – Eu perguntei enquanto descíamos as escadas, meu segurança parou e eu me virei para encará-lo.
- Chefe, a polícia está aí. – Ele respondeu parecendo nervoso.
- A polícia. Tem indícios de alguém vendendo drogas no bar?
- Não, chefe! O delegado Moreno prendeu todos e com a viatura aí em frente facilita muito pra gente, porque ao menor sinal de problema eles intervêm.
- Então qual é o problema? – Eu quis saber, ele coçou a cabeça e me encarou.
- Olha, eu achei estranho, os dois policiais que estão lá fora não são da equipe do delegado Moreno. Eles queriam entrar e interromper a atividade do bar, mas nós não deixamos, pedimos o mandado, mas eles não mostraram, então disseram que queriam falar com você e iam entrar, aí nós os seguramos lá fora e eu disse que te chamaria, mas que eles não iam entrar porque a casa está cheia e eu nem sabia onde te encontrar, teria que procurar. Eles ficaram nervosos e ameaçaram chamar reforço, mas o Renan começou a filmar e disse que colocaria na internet porque eles estavam abusando da autoridade, achei até estranho, mas eles concordaram em esperar você lá na porta.
- Estranho mesmo! Vamos lá ver o que é. – Eu me virei e segui o caminho em direção a saída do bar.
Eu me encaminhei para a porta do bar e encontrei a minha equipe de segurança do lado de fora impedindo a entrada de dois homens. Num primeiro momento eu me preocupei que quase todos os seguranças estavam ali contendo aquela situação ao invés de estarem espalhados pelo bar para agir no caso de alguma eventualidade, mas vendo a cara de poucos amigos dos dois homens a minha espera, eu pensei que era melhor estarem todos ali mesmo.
- Rafael Ferri? – Um dos homens perguntou de forma brusca.
- Sim, sou eu. Em que posso... – Mas eu nem pude terminar de falar.
- Você está preso! – O homem se adiantou sobre mim, tentando pegar o meu braço e me algemar, mas os meus seguranças entraram, na frente impedindo que ele conseguisse.
- Todo mundo sai da frente ou vão ser todos presos por desacato a autoridade e obstrução da justiça. – O outro homem gritou para os meus seguranças que não se moveram.
- Primeiro os senhores vão se identificar, apresentar as carteiras, apresentar o mandado de prisão e me informar porque eu estou sendo preso, conforme me é assegurado pela lei. E ninguém aqui vai obstruir a justiça, desde que haja um mandado de prisão. – Eu levantei a minha voz e os dois homens me encararam irritados.
- Bandido não tem nada assegurado! Manda seus macacos saírem da frente, você tá preso, babaca! Eu vou te algemar e te enfiar na viatura! – O policial que gritou voltou a ameaçar, era um homem truculento e estava muito nervoso, parecia querer acabar com aquilo rápido, o que me deixou bem desconfiado.
- Ainda que eu fosse um bandido, coisa que eu não sou, a lei me assegura que vocês se identifiquem, me mostrem o mandado e me digam porque eu estou sendo preso. Até o momento nenhuma dessas coisas aconteceu e eu nem sei se vocês são mesmo policiais.
Eu tentei manter a calma e argumentar com aqueles dois, mas eu não estava gostando nada daquilo, afinal, porque eu estava sendo preso se o processo do Domani já tinha sido julgado e eu nunca fui acusado de nada?
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque
Está sempre a dar erro. Não desbloqueia os capitulos e ainda retira as moedas.😤...
Infelizmente são mais as vezes que dá erro, que outra coisa......