“Rafael”
A Hana não podia ficar quietinha escondida no escritório enquanto esse circo estava armado, ela tinha que ativar o modo doida e aparecer armando confusão. Toda essa palhaçada com certeza era uma armação das grandes e esse era mais um motivo para a Hana ficar longe disso.
- Mas que merda é essa! – O suposto policial nervosinho que estava apontando a arma finalmente a abaixou e se virou em direção ao Flávio, enquanto o outro que o acompanhava praguejou qualquer coisa.
- Ah, mas tinha que ser o Dick Vigarista e o Rabugento! Vocês dois só aparecem pra encher o meu saco, puta que pariu! Não adiantou nada eu me livrar de vocês dois e despachar para outra delegacia, vocês vivem atravessando o meu caminho. Que merda! – O Flávio reclamou e se aproximou.
- Mas que merda, Moreno, você é um atraso nas nossas vidas! – Um dos homens reclamou. – Não ficou satisfeito com o processo administrativo e a suspensão que nós tomamos por sua causa?
- Ah, não esquece que eu tirei de vocês a chance de promoção e que vocês dois estão jogados de castigo naquela delegaciazinha que só aparece briga de bêbado. – O Flávio riu. – Mas o mérito é todo de vocês, que ao invés de fazer a campana no caso da Samantha e vigiar aquele apartamento, estavam tomando cafezinho com o inimigo! Vocês deram foi muita sorte de não serem expulsos, nem sei como conseguiram!
- Vai se foder, Moreno! O que você está fazendo aqui? Isso aqui não é da sua conta! – O nervosinho falou com raiva e o Flávio riu.
- Porra nenhuma! Isso aqui é muito da minha conta! Minha área, minha testemunha, minha vítima debaixo da porra da sua arma, Nunes! Agora me diz, que merda é essa? – O Flávio falou mais alto e a voz dele parecia um trovão que fazia tremer até as paredes.
- É, Nunes, conta para o delegado Moreno que merda é essa, já que pra gente você não contou. – A Hana falou com o maior deboche e o policial a olhou pelo canto do olho. Eu só queria arrastá-la para longe dali, mas não podia sair dali.
- Renan, tira a Hana daqui! – Eu falei outra vez.
- Não se atreva, Renan! Ou eu faço um escândalo e nós vamos pra delegacia de qualquer jeito. – A Hana o encarou e o pobre coitado já não sabia a quem atender.
- Ah, Hana! Colabora... – Eu estava ficando impaciente em vê-la ali exposta.
- Rafael, eu não saio de perto de você até isso ser resolvido. Agora presta atenção, o Flávio vai resolver isso! – Ela estava chamando a minha atenção.
- Mota, que merda está acontecendo aqui? Me explica, já que você tem dois neurônios, um a mais que o Nunes, que só sabe apontar essa arma pra todo mundo. – O Flávio falou com o outro e eu já estava vendo que aquilo terminaria mal.
- Moreno, isso não é da sua conta! Nós estamos aqui para cumprir um mandado de prisão em desfavor do Rafael. Agora vai foder a vida de outro, porque isso aqui não tem nada a ver com você, o mandado é da nossa delegacia. – O tal Mota respondeu e o Flávio riu.
- Acorda, Mota! – O Flávio falou tão alto que a Hana deu um pulinho. – Se tem um mandado ele é do interesse de qualquer policial, porque qualquer um pode cumprir, agora me entrega essa porra desse mandado, que eu duvido que você já tenha mostrado para o Rafael e explicado o motivo da prisão!
- Eu não vou te entregar nada, Flávio! – O Mota riu, mas não deveria ter feito isso.
- Ah, você vai entregar, porque eu sou o seu superior aqui. Anda, me entrega isso logo! – O Flávio tornou a pedir, mas o outro não respondeu. – Ah, não vai entregar! Que delícia, olha eu enviando um ofício para a corregedoria e exigindo mais uma punição para vocês. Eu adoro foder com as carreiras de merda de vocês dois! Dois corruptos que nem deveriam mais estar na polícia. – O Flávio abriu um sorriso. – Rafael, estou te prendendo em flagrante, vamos para a minha viatura, você também, Hana!
Eu fiquei totalmente confuso com a reviravolta daquilo. O que estava acontecendo? Mas de uma coisa eu sabia, eu confiava no Flávio e se ele estava fazendo aquilo, eu sabia que era para me ajudar.
- Só vem, Rafael, confia. – O Breno sussurrou pra mim e me segurou pelo braço, me levando em direção a viatura, enquanto a Renatinha fazia o mesmo com a Hana que a acompanhou feliz.
- O que você está fazendo, Moreno? – O tal Nunes gritou.
- Ah, gente, não falei pra vocês? – O Flávio sorriu para os dois policiais. – Mas eu falo. Eu estou prendendo o Rafael em flagrante. Ele vai para a minha delegacia e se tiver algum mandado pra cumprir, quem vai cumprir sou eu! Vocês sabem como funciona, não sabem? – O Flávio abriu um grande sorriso.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque
Está sempre a dar erro. Não desbloqueia os capitulos e ainda retira as moedas.😤...
Infelizmente são mais as vezes que dá erro, que outra coisa......