“Hana”
Quando o Anderson me retornou a ligação e me contou o que estava acontecendo do lado de fora do bar eu fiquei desesperada! Eu tinha certeza de que estavam armando para o Rafael e só podia ter dedo do Frederico nessa história.
A caminho da delegacia eu enviei uma mensagem para o Anderson dizendo que estava tudo sob controle, para que ele acalmasse a Giovana, depois enviei uma mensagem para o Rubens dizendo quase a mesma coisa e ele me respondeu que já estava no bar e cuidando de tudo.
Mas quando nós entramos em casa, a Giovana estava encolhida no colo do Anderson, com os olhos vermelhos de tanto chorar e os dois conversavam baixinho, mas ela deu um pulo quando viu o pai e correu para abraçá-lo. O alívio no rosto dela era o mesmo que eu estava sentindo, todo aquele medo e nervoso estavam ainda latejando dentro de mim e só começou a se dissipar debaixo do chuveiro enquanto eu estava abraçada ao Rafael e a água corria entre nós.
Na manhã seguinte, quando eu acordei, o Rafael já não estava mais na cama e eu o encontrei sentado na varanda tomando um café. Ele me puxou para o seu colo.
- Dormiu bem, minha doida?
- Mais ou menos. Eu ainda estou muito preocupada, psicogato. Acho que você deveria tirar umas férias.
- É, eu estava justamente pensando em deixar o bar um pouco sob o controle do meu sub gerente, trabalhar mais de casa, pelo menos por uns dias. Aquele tumulto lá na porta ontem, aquilo não é bom para a imagem do bar.
- Rafael, aquilo nunca mais vai acontecer, mas, me desculpe, a imagem do bar é o que menos me importava ontem. O que não é bom é ter policial corrupto querendo pegar você.
- Ah, minha flor, foi só um susto!
Nossa conversa foi interrompida pela Giovana, que apareceu na varanda e se sentou sobre mim, que já estava no colo do pai dela.
- Ei, eu não sou sofá! – Ele brincou e ela riu.
- Eu te amo, pai! Eu também te amo, Hana! – Ela deu um beijo no meu rosto. – Obrigada por ter sido tão esperta ontem.
- Ah, querida, eu pensei apenas que ele estava me escondendo alguma outra maluca. – Eu brinquei e ela riu. – Obrigada por convencer o gracinha a espionar o chefe.
- Depois de ontem, Hana, eu vou espionar o chefe sempre que você pedir. – O Anderson apareceu e a Giovana se levantou depressa e pulou no pescoço dele. – Bom dia, ferinha!
- Ai, pronto! Começou a sessão de beijos! – O Rafael brincou, mas a Giovana não estava nem aí, estava mais interessada em beijar o namorado. – Anda, vamos tomar o café da manhã.
E quando nos sentamos para tomar o café da manhã, a Raíssa, o Bóris, a Rúbia e o Rubens chegaram, todos muito sérios, mas respiraram aliviados ao ver o Rafael.
- Pequena, quando cheguei o porteiro pediu para trazer isso pra você. Parece que chegou hoje bem cedo. – O Rubens me entregou uma caixa branca, não muito grande, com um laço cor de rosa bonito.
- É seu? – Eu olhei para o Rafael intrigada, mas ele fez que não. – Deve ser da tia Luana. Depois do café eu abro.
Eu deixei a caixinha de lado na mesa e nós começamos o café enquanto o Rafael contava sobre tudo o que tinha acontecido na noite anterior e ouvia os outros. No final de história a Giovana estalou a língua e fez uma cara de desgosto.
- Esses idiotas estragaram a minha noite! Eu estava convencendo o gracinha a me dar uns amassos de verdade quando a Hana ligou. – Ela suspirou olhando para a xícara de café.
- Giovana! – O Anderson a repreendeu afundando o rosto nas mãos, enquanto o Rafael se engasgos e cuspiu o café.
Era impossível não rir, estavam todos olhando para a Giovana chocados e ela em paz, olhando para a xícara de café como se estivesse sozinha ali.
- O que eu faço, minha doida? Me diz, as adolescentes não deveriam ser mais tímidas e reservadas? – O Rafael me perguntou atônito.
- No meu tempo eram, psicogato, mas é a Gi. – Eu ri.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque
Está sempre a dar erro. Não desbloqueia os capitulos e ainda retira as moedas.😤...
Infelizmente são mais as vezes que dá erro, que outra coisa......