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Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque romance Capítulo 1332

“Hana”

Quando o Anderson me retornou a ligação e me contou o que estava acontecendo do lado de fora do bar eu fiquei desesperada! Eu tinha certeza de que estavam armando para o Rafael e só podia ter dedo do Frederico nessa história.

A caminho da delegacia eu enviei uma mensagem para o Anderson dizendo que estava tudo sob controle, para que ele acalmasse a Giovana, depois enviei uma mensagem para o Rubens dizendo quase a mesma coisa e ele me respondeu que já estava no bar e cuidando de tudo.

Mas quando nós entramos em casa, a Giovana estava encolhida no colo do Anderson, com os olhos vermelhos de tanto chorar e os dois conversavam baixinho, mas ela deu um pulo quando viu o pai e correu para abraçá-lo. O alívio no rosto dela era o mesmo que eu estava sentindo, todo aquele medo e nervoso estavam ainda latejando dentro de mim e só começou a se dissipar debaixo do chuveiro enquanto eu estava abraçada ao Rafael e a água corria entre nós.

Na manhã seguinte, quando eu acordei, o Rafael já não estava mais na cama e eu o encontrei sentado na varanda tomando um café. Ele me puxou para o seu colo.

- Dormiu bem, minha doida?

- Mais ou menos. Eu ainda estou muito preocupada, psicogato. Acho que você deveria tirar umas férias.

- É, eu estava justamente pensando em deixar o bar um pouco sob o controle do meu sub gerente, trabalhar mais de casa, pelo menos por uns dias. Aquele tumulto lá na porta ontem, aquilo não é bom para a imagem do bar.

- Rafael, aquilo nunca mais vai acontecer, mas, me desculpe, a imagem do bar é o que menos me importava ontem. O que não é bom é ter policial corrupto querendo pegar você.

- Ah, minha flor, foi só um susto!

Nossa conversa foi interrompida pela Giovana, que apareceu na varanda e se sentou sobre mim, que já estava no colo do pai dela.

- Ei, eu não sou sofá! – Ele brincou e ela riu.

- Eu te amo, pai! Eu também te amo, Hana! – Ela deu um beijo no meu rosto. – Obrigada por ter sido tão esperta ontem.

- Ah, querida, eu pensei apenas que ele estava me escondendo alguma outra maluca. – Eu brinquei e ela riu. – Obrigada por convencer o gracinha a espionar o chefe.

- Depois de ontem, Hana, eu vou espionar o chefe sempre que você pedir. – O Anderson apareceu e a Giovana se levantou depressa e pulou no pescoço dele. – Bom dia, ferinha!

- Ai, pronto! Começou a sessão de beijos! – O Rafael brincou, mas a Giovana não estava nem aí, estava mais interessada em beijar o namorado. – Anda, vamos tomar o café da manhã.

E quando nos sentamos para tomar o café da manhã, a Raíssa, o Bóris, a Rúbia e o Rubens chegaram, todos muito sérios, mas respiraram aliviados ao ver o Rafael.

- Pequena, quando cheguei o porteiro pediu para trazer isso pra você. Parece que chegou hoje bem cedo. – O Rubens me entregou uma caixa branca, não muito grande, com um laço cor de rosa bonito.

- É seu? – Eu olhei para o Rafael intrigada, mas ele fez que não. – Deve ser da tia Luana. Depois do café eu abro.

Eu deixei a caixinha de lado na mesa e nós começamos o café enquanto o Rafael contava sobre tudo o que tinha acontecido na noite anterior e ouvia os outros. No final de história a Giovana estalou a língua e fez uma cara de desgosto.

- Esses idiotas estragaram a minha noite! Eu estava convencendo o gracinha a me dar uns amassos de verdade quando a Hana ligou. – Ela suspirou olhando para a xícara de café.

- Giovana! – O Anderson a repreendeu afundando o rosto nas mãos, enquanto o Rafael se engasgos e cuspiu o café.

Era impossível não rir, estavam todos olhando para a Giovana chocados e ela em paz, olhando para a xícara de café como se estivesse sozinha ali.

- O que eu faço, minha doida? Me diz, as adolescentes não deveriam ser mais tímidas e reservadas? – O Rafael me perguntou atônito.

- No meu tempo eram, psicogato, mas é a Gi. – Eu ri.

- Ai, pai, é que escapuliu! – A Giovana deu uma risada. – Mas fica tranquilo, por enquanto eu só quero uns amassos do meu gracinha, o resto ainda não. Tá bom?! – Ela olhou para o pai com um grande sorriso. – Agora, Hana, abre esse presente, eu estou curiosa.

Eu afastei a xícara e o prato com os talheres e coloquei a caixa em minha frente. Desfiz o laço com um sorriso, torcendo para que a minha tia não tivesse mandado uma lingerie ou um brinquedinho sexual o que despertaria mais perguntas da Giovana. Mas quando eu ergui a tampa, eu dei um grito de horror e me afastei da mesa. A Raíssa estava ao meu lado e teve a mesma reação quando viu. Num segundo o Rafael estava olhando a caixa e a fechou depressa.

- O que tem aí, chefe? – O Rubens se levantou e se aproximou do Rafael.

- Escorpiões. Pelo menos uns cinco. – O Rafael entregou a caixa para o Rubens. – Você foi picada, Hana? – Ele perguntou e eu fiz que não, estava nervosa demais para responder. – Rubens, fotografa e fecha isso. Tem algo escrito na parte interna da tampa.

O Rubens pegou a caixa, sacudiu e abriu de novo, tirou as fotos rapidamente e fechou e amarrou a caixa com a fita.

- Isso não é bom, Rafael! – O Rubens estava muito sério.

- O que está escrito? – O Rafael perguntou sem me soltar.

O Rubens olhou para a foto na tela do celular e leu em voz alta:

“Hana, nesse momento eu estou me divertindo muito torturando o seu amantezinho. É isso mesmo, vagabunda, o cretino do Rafael foi colocado na minha cela! Um belo presente, você não acha? Aí eu pensei em te dar um presente também, afinal, talvez você queira morrer com esse cretino, já que até o fim do dia ele estará morto! Beijos do seu Fredinho.”

- O Frederico! Aquele canalha do Frederico! – Eu estava nervosa demais para raciocinar.

- Eu vou ligar para o Flávio. Rubens coloca essa caixa num lugar seguro até alguém do Flávio vir buscá-la. – O Rafael pediu e pegou o celular.

Eu estava com a sensação de que os dias de leveza e paz tinham ficado para trás e depois que eu me acalmei, a pergunta que retumbava em minha cabeça era como o Rafael iria parar na cela do Frederico, mesmo que tivesse sido preso?

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