“Rafael”
O Rubens e a Rúbia voltaram muito alegres da consulta, trazendo lanchinhos e cafés da lanchonete do hospital e eu fiquei curioso, porque a Hana logo quis saber como tinha sido a consulta da Rúbia.
- Ai, Nana, você tinha razão, o Dr. Molina é o máximo! – A Rúbia começou a falar, mas o telefone da hana tocou sobre a mesa, ao mesmo tempo que um segurança se aproximou do Rubens para cochichar qualquer coisa.
A Hana pediu um momento à Rúbia e atendeu o telefone. Ela ouviu o que estava sendo dito e, ao final, ela parecia estar imitando a expressão do Rubens, que olhava para o outro segurança muito sério. Eu não sabi em qual dos dois deveria prestar atenção. E a Hana colocou o fone no gancho no mesmo momento em que o outro segurança se afastou.
- Muito bem, qual dos dois fala primeiro? – Eu perguntei, mas os olhos do Rubens estavam sobre a Hana.
- Quem te ligou, pequena? – O Rubens perguntou parecendo muito preocupado.
- Engraçado! Foi a secretária da UTI. Um médico mandou me chamar, disse que o Cláudio está morrendo e quer falar comigo. – A Hana riu. – Como se eu fosse atender a um pedido daquele monstro.
- Tem certeza que foi a secretária da UTI? – Eu quis saber e ela fez que sim.
- Eu a conheço, reconheço a voz. E o engraçado é que o médico que mandou me chamar nem trabalha na UTI. – A Hana ficou olhando para o telefone sobre a mesa.
- Você não vai até lá, minha doida! – Eu falei e ela olhou pra mim com um sorriso calmo.
- Claro que não, psicogato! Por mim que ele morra. Duvido muito que ele esteja arrependido de qualquer coisa, eu não vou até lá para ele me agredir verbalmente ou tentar me fazer sentir culpada. E ainda que ele estivesse arrependido, eu não sou padre confessor para absolver ninguém e jamais absolveria esse cretino. – Ela respondeu e eu senti muito orgulho dela, era a atitude certa.
- Que alívio! – O Rubens falou. – O segurança acabou de me falar que o Lenon driblou a segurança e está a solta pelo hospital. Ele disse que ia ao banheiro e driblou o segurança.
- Isso tudo está muito estranho. – Eu comentei. – Rubens, cuida delas, eu vou dar um pulinho na UTI, quero conferir essa história.
- Psicogato, pra quê? – A Hana me encarou.
- Quando a pequena sossega você resolve dar mau exemplo? – O Rubens reclamou e eu quase ri.
- Eu só quero conferir essa história, Rubens. Não demoro, minha doida. – Eu dei um beijo na Hana e fui em direção aos elevadores.
No andar da UTI eu fui até a secretária, muito simpática e sorridente, logo me ddeixou entrar, já que eu tinha um recado da Hana. E quando eu passei pela porta, eu vi o engodo. Ah, mas aquele infeliz ia aprender a não mexer com a Hana.
Eu reconheci o Lenon pelos olhos, aquele olhar de peixe morto, que parecia olhar para tudo entediado. Mas ele me viu e deu as costas depressa, indo em direção a porta que havia nos fundos. Eu apertei o passo e fui atrás dele, não saí correndo para não perturbar os doentes e porque eu o pegaria, eu tinha certeza.
Ele passou pela porta e eu estava atrás dele, então ele saiu correndo.> Eu até ri, ele não fugiria. Eu corri atrás dele e o imbecil caiu uns dez metros a minha frente, tropeçou nos próprios pés. Eu fui pra cima dele com toda a raiva que eu estava sentindo e o segurei pelas lapelas do jaleco.
- Seu filho da puta! Quem você pensa que é? Você não vai tocar nela! – Eu gritei para ele e arranquei a máscara da cara dele, sem pensar mais eu dei um soco no olho dele. – Escuta bem, seu pervertido, fica longe da Hana! – Eu dei outro soco- nele. – Fica longe da minha família. – Eu o soquei- outra vez. – Fica longe de todos nós! – Eu dei outro soco-.
Mas eu fui tirado de cima dele. Um monte de mãos me seguravam, eu estava cego de raiva e queria acabar com a raça daquele cretino.
- Senhor, calma! – Um dos seguranças que me segurava pediu.
Eu olhei bem para a cara do Lenon, foram só quatro socos- mas quatro dos bons e eu sabia que tinha quebrado o nariz dele, o que me deu uma grande satisfação. Mas ele começou a rir.
- Estúpido! Vou te colocar na cadeia por tentativa de homicídio! – Ele bradou e foi a minha vez de rir.
- Tenta! Tenta e eu acabo o serviço, te mato logo e livro o mundo de uma criatura nojenta e desprezível como você! – Eu gritei e os seguranças me seguravam, enquanto eu tentava ir pra cima do Lenon.
- Calma, Rafael. A situação já está sob controle. – O Fernando parou na minha frente e me olhou por um momento, eu parei de me debater e os seguranças me soltaram. – E o senhor, acho melhor não denunciar ninguém por nada. – Ele se virou para o Lenon. – Ou eu vou denunciá-lo por bastante coisa, inclusive duas tentativas de sequestro de uma funcionária do hospital. E acho que você sabe que o Rafael e eu temos um amigo delegado que vai adorar te colocar na mesma cela do Rafael. Aí, sabe como é, dentro da cadeia é muito comum presos brigarem. Entendeu, Lenon?
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque
Está sempre a dar erro. Não desbloqueia os capitulos e ainda retira as moedas.😤...
Infelizmente são mais as vezes que dá erro, que outra coisa......