“Hana”
Nós estávamos rindo do Rafael contar sobre os socos que deu no idiota do Lenon, quando o Fernando voltou da emergência rindo e acompanhado do Vinícius.
- Você quebrou mesmo o nariz daquele cretino! – O Fernando deu uma risadinha.
- E você não sabe o prazer que eu tive! – O Rafael respondeu.
- Eu imagino! Olha, o Vinícius veio dar uma olhada na sua mão. – O Fernando explicou e o Vinícius se sentou ao lado do Rafael.
- Ah, não é nada demais. A Hana já providenciou gelo. – O Rafael mostrou a mão enrolada em uma toalha com gelo.
- Mesmo assim, nós vamos dar uma olhada. – O Viníciu falou.
- Como preferir, você é o médico. – O rafael brincou.
O celular do Fernando tocou e ele se afastou para atender e demorou, quando ele voltou estava totalmente preocupado e nervoso.
- O que foi Fernando? – Eu fiquei apreensiva, porque o Fernando não era o tipo que ficava nervoso.
- Hana, vou precisar de você até mais tarde hoje, a coisa por aqui vai ficar tumultuada. No presídio onde o Frederico estava teve uma tentativa de resgate que resultou em confronto. Os policiais e guardas feridos vão ser trazidos pra cá e já tem um helicóptero a caminho com seis feridos. Um em estado grave. – O Fernando passou a mão nos cabelos. – O Flávio está lá. A Mel nem pode sonhar com isso.
- Calma, Fernando. Eu fico a noite toda se for preciso. Do que você precisa? – Eu me levantei.
- Pra começar preciso que você limpe a minha agenda, vou ficar por conta disso. Se a Mel ligar, Hana, diz que teve um acidente com ônibus e o hospital está uma loucura e que eu vou ficar até se acalmar. Ela não pode saber o que realmente está acontecendo. E preciso da melhor equipe da emergência focada nisso. Vini?
- Vou descer com o Rafael, vamos fazer um raio-x da mão dele. E subo com a minha equipe para o heliponto. Coisa de dez minutos. – O Vinícius se levantou com o Rafael e eles se apressaram.
- Vai dar tudo certo. Pode deixar que eu confirmo a sua história pra Mel. – Eu avisei e me sentei, começando a liberar a agenda.
- Posso ajudar de alguma forma, Fernando? – A Rúbia perguntou.
- É provável que eu precise de doadores de sangue, o estoque está muito baixo. – O Fernando esfregou os olhos. – Como eu gostaria que todas as pessoas se conscientizassem da importância da doação de sangue. Não dói, não causa nenhum mal, tem postos de doação que abrem aos sábados, mas a maioria das pessoas simplesmente não vai. E aí quando temos uma sitação como essa ou um acidente, o estoque está em nível crítico.
- É, isso deveria ser ensinado na escola. Sangue é vida, gente! Doar é muito importante. Vou lá doar de uma vez. – A Rúbia respondeu.
- Eu doei mês passado, Fernando. O programa de incentivo aqui do hospital é ótimo, a gente não tem desculpa. – Eu sorri.
- Espera o Rafael voltar, lorão, que eu te levo lá. Eu também dôo regularmente e não posso doar hoje. – O Rubens respondeu.
- Ótimo! Eu vou falar com o meu tio. – O Fernando voltou para os elevadores.
Quando o Fernando voltou, ele estava ainda mais estressado.
- Hana, preciso que você prepare uns lanches aqui na nossa recepção. As garotas estão vindo pra cá. – O Fernando me alertou. – A Mel ligou?
- Ainda não! – E foi aí que o telefone tocou sobre a minha mesa. – Hospital Santé, diretoria, boa tarde.
- Rabichooo! – A Melissa falou toda animada. – Como você está?
- Mel! Que saudade! Eu estou bem e você? – Eu respondi e o Fernando revirou os olhos, então eu coloquei no viva voz.
- Eu estou preocupada, rabicho.
- Por quê, Mel?
- Porque eu acho que estou sendo passada para trás. Me diz, rabicho, eu estou sendo passada para trás?
- Haninha, do meu coração, me maridinho já saiu de perto de você? – A Melissa perguntou e eu estremeci.
- Já sim, Mel. Ah, mas eu posso te ligar mais tarde? Menina chegou um e-mail urgente aqui. – Eu precisava desligar aquele telefone. Ela não estava satisfeita.
- Não se atreva a desligar, Hana! Anda, você não pode mentir pra mim. O Fernando está achando que eu vou quebrar por qualquer coisa. O que está realmente acontecendo? – Ela tinha razão, eu não podia mentir.
- Mel, promete pra mim que você vai ficar em casa. – Eu supliquei.
- Prometo que não vou colocar meus filhos em risco. Agora fala!
- Ai, o Nando vai me colocar na rua… - Eu choraminguei.
- Não vai não, fala!
- Além de tudo o que já contamos, está tendo um confronto no presídio e o Flávio está lá. Tem seis policiais feridos vindo pra cá e um em estado grave.
- Eu sabia! As garotas estão indo até aí?
- Sim, o Fernando acabou de me pedir para providenciar um lanche aqui na diretoria. Mas, Mel, você prometeu!
- Prometi e vou cumprir! Não vou colocar os meus filhos em risco. Hana, quando você souber quem é o policial em estado grave você me avisa?
- Aviso. Só porque você vai se comportar. – Eu respondi e nós nos despedimos. Depois que eu desliguei o telefone, eu vi o olhar do Rubens sobre mim. – O que foi?
- Pode esperar por ela! – Ele sorriu.
- Não, ela não vai fazer isso! – Eu garanti. Ou será que ia?

Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque
Que lindo esse livro. Estou aqui chorando novamente. Muito emocionante...
Amei saber que terá o livro 2. 😍...
Que livro lindo e perfeito. Estou amando e totalmente viciada nesse livro. Eu choro, dou risadas, grito. Parabéns autora, é perfeito esse livro 😍...
Está sempre a dar erro. Não desbloqueia os capitulos e ainda retira as moedas.😤...
Infelizmente são mais as vezes que dá erro, que outra coisa......