“Rafael”
Depois daquele dia tão tenso, cheio de coisas acontecendo eu só queria ir pra casa, tomar um banho com a minha doida e me deitar com ela, sentindo todo o calor dela junto de mim. O que quer que tivesse acontecido, eu sabia que ainda não era o fim, como o próprio Flávio falor enquanto explicava para todos nós tudo o que tinha acontecido no presídio.
- Mas quem você acha que tentou tomar o poder desse tal “Nono Círculo do Inferno”, Flávio? – Eu estava confuso com tudo aquilo, todos aqueles bandidos unidos e o Frederico no meio deles.
- O meu palpite é que tem dedo do Frederico nisso, e não é porque ele tomou aquela surra, mas ele estava fazendo negócio com eles e o Frederico se acha muito esperto. Rafael, a tal Aisling é uma farsa, o nome verdadeiro é Mara e ela está chegando nos próximos dias. Olhos bem abertos com a Giovana, a mantenha em casa o máximo possível. – O Flávio me alertou.
- Quando ela souber de tudo isso, ela vai ficar bem mal. – A Hana comentou e estava certa.
- Você tem razão, minha flor, ela vai se sentir culpada por ter acreditado nessa mulher. – Eu concordei.
- Essa semana eu vou passar lá no seu apartamento e converso um pouco com ela. – O Flávio ofereceu e isso me tranquilizava, porque de algum modo a Giovana se conectou com ele e prestava atenção ao que ele falava.
Depois de conversar com o Flávio, eu pedi ao Rubens e a Rúbia para irem pra casa e darem uma passadinha no bar, para ver como estava tudo. A Hana ainda demoraria ali no hospital e eu ficaria com ela. Felizmente o Breno foi levado para a UTI e parecia estar tudo bem com ele, era questão de tempo para que se recuperasse.
E depois que todos foram embora a Hana e eu fomos para o banco de sangue do hospital e ficamos lá conversando com as pessoas que estavam esperando para doar, oferecendo um pouco de companhia, água ou o que elas precisassem.
- O que vocês ainda estção fazendo aqui? – O Fernando se aproximou de nós e parecia muito cansado.
- São os últimos doadores, Fernando. Nós enchemos as geladeiras, isso é tão bom! – A Hana comentou animada.
- É sim! Amanhã nós informamos ao banco de sangue o que temos em estoque e se algum hospital precisar podemos ajudar. – O Fernando sorriu.
- Ah, já fiz a lista, tudo certinho e detalhado. Só faltam os resultados dos exames para finalizar. Aí amanhã é só enviar a contagem para o banco de sangue. – A Hana mostrou a tela do tablet para o Fernando.
- Excelente! Então agora é hora de descansar. Eu já vou pra casa, você também deveria ir e amanhã não precisa vir trabalhar pela manhã.
- Ah, não, Fernando, eu vou vir cedo sim porque o dia hoje foi muito tumultuado e eu preciso colocar as coisas em ordem.
- Rafael, não a deixe vir muito cedo, por favor! – O Fernando se virou pra mim. – E obrigado pela ajuida hoje.
- Pode deixar, Fernando. E foi um prazer. – O Fernando se afastou e eu me virei para a Hana. – Vamos pra casa?
- Assim que esse pessoal terminar. – A Hana me deu um selinho e se virou para olhar as pessoas sentadas na sala.
Quando chegamos em casa, o Anderson estava sentado no sofá da sala com um livro nas mãos e apenas um abajur aceso.
- Ué, onde está a Giovana? – Eu perguntei e ele deu um sorriso tímido.
- Dormindo, chefe, desde as onze da noite. Ela tem que acordar cedo para ir para a escola. – Ele explicou.
- E você está acordado por quê? Esqueceu que também vai a escola? – Eu brinquei e ele se levantou.
- Não. Eu estava esperando vocês chegarem. Para vocês entrarem a porta precisa ficar sem a trava de segurança e eu não confio em uma porta sem trava de segurança. Além do mais, o Rubens passou por aqui e me contou sobre a tal mulher que se fez passar por amiga da ferinha. Ela não ouviu nada, mas eu estou preocupado. – Ele revelou. Eu também estava preocupado.
- Você precisa estar descansado para cuidar dela. Só vamos mantê-la dentro de casa o máximo possível. – Eu pedi e ele concordou.
- Vão descansar, eu vou trancar a porta e vou para o meu quarto. – O Anderson nos desejou boa noite e eu o observei conferir todas as trancas da porta umas dez vezes.
Eu passei pelo quarto da Giovana e ela estava dormindo tranquila e serena. E depois, quando eu fechei a porta do meu quarto, eu puxei a Hana para um abraço.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque
Está sempre a dar erro. Não desbloqueia os capitulos e ainda retira as moedas.😤...
Infelizmente são mais as vezes que dá erro, que outra coisa......