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Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque romance Capítulo 1369

“Rafael”

Eu tinha certeza de que o que a Giovana queria conversar com o Flávio tinha mais a ver com namoro do que com o problemão em que estávamos, mas eu estava feliz por ela se aconselhar com alguém responsável e que daria bons conselhos. E eu também entendia que ela precisava falar sobre isso com pessoas que não fossem apenas o pai e a mãe. De toda forma eu tinha que agradecer ao Flávio por mais essa, oferecer amizade a minha filha adolescente que não tinha muito filtro.

- Pai, eu não posso sair para ir ao shopping com você, né?! – A Giovana se lembrou do que havíamos combinado pela manhã.

- Não, minha filha, não é uma boa idéia. – Eu respondi e desabei no sofá.

- Mas eu acho que você deveria ir e preparar o aniversário da Hana. – Ela me incentivou. – Eu adoraria ir com você e te ajudar a escolher tudo, mas eu sei que é melhor ficar.

- Que maduro da sua parte, Gi! – Eu elogiei e ela sorriu. – Mas você me engana, sei bem que no momento em que eu entrar no elevador você vai pular no pescoço do gracinha, já que sua tia hoje não está em casa.

- É, mesmo, onde a tia Rub foi, pai? – A Giovana se interessou.

- Ela foi para a farmaceutica com a sua mãe e o Bóris. Sua mãe está remodelando o site da empresa e precisava de umas fotos, então a sua tia foi trabalhar, só volta a noite com a sua mãe, o Bóris e os seguranças dele. – Eu expliquei.

- Chefe, você sabe que não precisa se preocupar. – O Anderson me garantiu sem graça.

- Não, Anderson, eu não me preocupo, só agradeço todos os dias por você ser o namorado. – E isso era uma verdade, porque um adolescente desajuizado já teria me feito arrepender de consentir com o namoro.

- Ah, pai, vai, não me julgue, você também adora ficar sozinho com a Hana e dar muitos beijos nela. – A Giovana não estava errada.

- É, eu gosto mesmo! E com esse argumento eu vou me arrumar e vou ao shopping comprar o anel para a Hana. – Eu me levantei e fui para o quarto, mas ainda ouvi o Anderson dizer para a Giovana se comportar, o que me fez rir, ela nunca se comportaria como uma garota tímida e sossegada e estava tudo bem.

Eu sai pela garagem do prédio e enquanto esperava o portão se fechar, eu notei um carro preto parado na esquina. Achei estranho, ali era proibido estacionar, mas o carro tinha vidros escuros e não dava pra ver se tinha alguém dentro. Talvez eu estivesse só ficando paranoico, afinal existem motoristas que estacionam em local irregular.

O portão se fechou e eu saí, virei em direção aquela esquina e passei pelo carro, olhei pelo retrovisor e parecia não haver ninguém dentro dele. Eu estava mesmo ficando paranoico. Eu resolvi ligar o rádio para me distrair da ideia fixa naquele carro, mas eu estava cismado, com a impressão de que aquele carro não estava ali por acaso. Mas as garotas estavam todas seguras, então estava tudo certo. Quando eu voltasse, se ele ainda estivesse lá, eu pediria aos policiais para darem uma olhada.

No shopping eu fui direto para a joalheria, eu expliquei a vendedora o que queria e mostrei a ela um anel da Hana que eu me lembrei de pehgar para ver o tamanho. A vendedora me mostrou tantos modelos que eu fiquei confuso, mas eram todos parecidos pra mim, me davam a sensação de que tanto fazia um ou outro, eram praticamente iguais e a Hana era diferente, ela era única, eu queria algo como ela. Eu expliquei a vendedora o meu impasse e ela pensou por um momento.

- Senhor, em regra as mulheres gostam de ostentar um diamante central no anel de noivado, mas acho que o senhor pode gostar de algo de uma coleção antiga nossa. Ela não fez muito sucesso porque eram alianças cravejadas de pedras e não com uma pedra em destaque, mas eu pessoalmente acho que são lindas. – A vendedora ofereceu e eu achei que não custava olhar.

- Quem sabe. – Eu sorri e ela se levantou e entrou por uma porta, quando voltou trazia consigo uma bandeja com dez anéis.

- O nosso designer fez apenas dez, cada um em um modelo diferente, era para ser exclusivíssimo, mas não teve boa aceitação. Geralmente os noivos trazem as noivas e elas já têm em mente a idéia fixa de um solitário. Aí, como não vendeu, nós não produzimos mais, então nesses eu não tenho como alterar o material ou acrescentar nada, mas são quase todos do tamanho exato da sua namorada e nós podemos gravar alguma coisa.

- Eu não sou seu amigo. – Eu bati a porta do carro e olhei para eles.

Eu odiava ter que brigar. Desde que parei com as lutas profissionais eu fazia de tudo para não me envolver em lutas, praticava na academia apenas para manter a forma, ensinei alguma coisa para a Giovana só para que ela se defendesse, mas eu não gostava de brigas. Só que ali eu não tinha escolha, eu tinha uma briga pela frente, com um cara armado com uma faca e o outro com uma pistola. Isso não era bom, mas eu não tinha escolha.

- Se não é meu amigo, é meu inimigo e meus inimigos eu trato na bala. – Ele me respondeu e eu bufei. Eu precisava pensar em como sair dali vivo.

- Sei. E quem é o seu amigo que te mandou aqui? – Eu tinha quase certeza de que sabia.

- Ele não mandou porque não pode. Culpa sua. Se você não tivesse se metido com a mulher dele… - O homem falou.

- A mulher dele… engraçado, eu nem conheço a mulher dele. – Eu respondi seco.

- Ah, conhece, para o seu azar você conhece aquela vagabunda da Hana e está transando com ela. Isso não agrada ao meu amigo.

- Acho melhor você não falar da minha mulher! – Eu avisei, mas eles riram e foi nesse momento de mínima distração deles, porque eles não esperavam, eu chutei a mão do que segurava a arma e puxei o pulso do que estava com a faca na mão e o joguei em cima do outro.

Com os dois no chão, eu não perdi tempo, enquanto eles ainda estavam um sobre o outro, eu fui pra cima e peguei a cabeça do que estava por cima e fiz se chocar contra a cabeça do outro, com bastante força e o barulho dos ossos se chocando foi audível. E eu comecei a socá-los, desliguei a minha mente e só fiz o que o meu corpo foi programado para fazer por muito tempo, eu lutei, até sentir mãos sobre mim, me tirando de cima dos dois homens.

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