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Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque romance Capítulo 1370

“Rafael”

Quando eu fui erguido eu estava ofegante, ainda olhando para os dois homens no chão, mas a imagem do Flávio e da Renatinha algemando os dois me trouxe de volta daquele torpor.

- Caralho, você arrebentou com os caras. Hospital para os dois! – O flávio se aproximou de mim. – Podem soltá-lo.

Eu olhei para os lados e tinha dois policiais me segurando, eles me soltaram e o Flávio colocou a mão no meu ombro.

- Você está bem? – O Flávio perguntou.

- Não! Eu não gosto de lutar. Mas esses idiotas apareceram… aliás, como vocês chegaram aqui? – Eu respondi, tentando recuperar o fôlego.

- Quando nós saímos da sua casa, nós notamos um carro parado na esquina do seu prédio. – O Flávio comentou.

- Eu notei, ali é proibido parar. Mas eu achei que estivesse paranoico. – Eu comentei.

- Não, não está. Eu anotei a placa e chequei. Placa fria. Então eu liguei para os policiais que estão na esquina e pedi que observassem, mas sem abordar para não deixarem o prédio exposto. Eu ia mandar outra viatura checar, mas você saiu e eles me informaram que o carro te seguiu. Eu liguei para o Anderson e ele me disse onde você tinha ido. – O Flávio explicou.

- Rafael, bem que você podia ensinar umas coisinhas para mim, hein?! Você colocou o cara pra dormir. – A Renatinha se aproximou.

- Melhor não, Renatinha, você já sabe coisa demais. E eu não gosto de lutar, eu só me exercito. – Eu respondi.

- Cara, porque não, você tem um talento! – A Renatinha me encarou.

- Isso não é talento, Renatinha, isso é um castigo! – Eu respondi.

- Por causa da sua última luta profissional? – O Flávio me encarou. Claro que ele sabia, ele tinha me investigado. Eu apenas fiz que sim.

- Não foi culpa sua, você sabe disso. Havia um risco no que você fazia, poderia ter sido você, mas pra sua sorte você era melhor que o seu adversário. Além do mais, pelo que eu soube, o cara te levou ao extremo. – O Flávio me encarou, mas aquilo não importava.

- Não era para aquilo ter acontecido, Flávio. O problema é que saber lutar e ficar furioso me faz parar de pensar. Hoje, aqui, eu não tive escolha, mas naquele dia eu tinha, era só parar e eu não parei. – Eu respondi e ele balançou a cabeça.

- Cara, eu vi o vídeo, eu falei com as pessoas, eu falei com o seu treinador. – O Flávio revelou e isso me surpreendeu. – Ninguém te culpa! Então não se culpe. Agora vamos, eu tenho que levar esses dois para o hospital e acho que você precisa dar uma olhada nessa mão, está inchando.

- Você contou isso pra Hana? – Eu perguntei e ele me olhou.

- De jeito nenhum! Do jeito que ela fugia de você ia achar que você iria matá-la. Eu não contei pra ninguém. Mas eu acho que você deveria contar pra ela. – O Flávio bateu no meu ombro. – Me dá a chave, eu dirijo. Renatinha, pega a viatura e vem com a gente, vai que você consegue dar mais um beijinho no seu belo adormecido.

Eu entrei no meu carro e o Flávio entrou ao meu lado. Eu dei uma olhada nas sacolas no banco de trás e o Flávio tinha razão, eu precisava contar para a Hana o que tinha acontecido, porque eu tinha parado de lutar. Ela precisava saber antes que eu a pedisse em casamento e isso significava que ela poderia fugir de mim e sumir de vez.

- Você tem razão, ela precisa saber. E ela vai me deixar. Depois de tudo o que ela viveu, não vai ficar comigo sabendo do que eu fiz. – Eu comentei e o Flávio riu.

- Duvido! – Ele me olhou por um momento e manobrou o carro. – Ela te ama e você precisa confiar nisso. E eu posso falar com ela se você quiser.

- Talvez seja preciso, já que você acha que eu não tive culpa. Mas eu tive, Flávio.

- Não teve e você pode me dizer o que quiser que eu vou continuar dizendo que não teve. Porra, cara, eu sou delegado, investigo e sou minucioso. Eu fui atrás de tudo e por isso eu sei o que digo, não foi sua culpa.

- Eu pretendo pedí-la em casamento.

- Tá brincando? – O Flávio abriu um sorriso enorme. – Quando?

- Sexta, no aniversário dela.

- Que bom, Rafael, vocês dois vão ser muito felizes, eu sei.

- Cara, eu ia trazer a Gi ao shopping hoje. – Eu me lembrei e passei a mão boa no rosto. – Eu só desisti porque você recebeu aquela ligação falando que a vaca tinha chegado.

- Rafael, a coisa está perigosa, esse pessoal é instável, eles podem atacar a qualquer momento.

- Eu sei. Eu não estou indo ao bar, a Hana só sai para o trabalho e a Gi só vai a escola. Mas eu ainda estou muito preocupado. Com essa mulher chegando, ela vai atrás da Giovana.

O Flávio e eu fomos conversando sobre medidas de segurança, eu teria que manter as garotas ainda mais limitadas e isso era injusto com elas. Nós chegamos no hospital e o Vinícius veio me atender rindo.

- E aí, homem de ferro, lutando contra outro vilão? – O Vinícius brincou.

- Você tem assistido muito filme de super herói, hein, Vini?! – O Flávio perguntou e ele riu.

- Flávio, a Ivy adora essas coisas, aí meu amigo, eu acabei me afeiçoando aos personagens. – O Vinícius riu. – Ih, Rafa, deve ter quebrado alguma coisa, vamos fazer um raio-x e ver se precisa imobilizar.

No fim das contas tinha sido uma fratura leve e o Vinícius apenas colocou uma tala e me passou as orientações. Depois do atendimento, eu combinei com o Flávio que iria até a delegacia no dia seguinte e fui ver a Hana.

- Eu gostaria de marcar um horário com a assistente do diretor? – Eu brinquei quando cheguei a mesa dela e ele abriu um sorriso lindo.

- Infelizmente não será possível, ela tem a agenda toda ocupada com um psicogato. – Ela brincou e se levantou para me abraçar, só então se deu conta da tala na minha mão. – O que é isso na sua mão, Rafael?

- Uma tala! – Eu respondi e ela cruzou os braços me encarando. – Quebrei um desses ossinhos da mão, minha doida, nada demais. Vem cá!

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