Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque romance Capítulo 1374

“Hana”

Eu estava ansiosa por aquelas aulas de defesa pessoal, já estava cansada de me sentir tão vulnerável e dependendo sempre de outra pessoa para me defender. E eu não era a única animada, a Giovana estava eufórica, mas a Rúbia e a Raíssa também já entavam prontas quando a Renatinha e o Sandra chegaram. Nós fomos para a academia, que tinha uma área adjacente que foi ocupada por todo o material que precisávamos para treinar.

- Então foi isso que você fez o dia todo hoje? – Eu perguntei ao Rafael quando chegamos à academia prédio.

- É, o síndico gostou da idéia, essa área estava vazia, como é parte da academia e eu assumi os gastos com o material necessário, o prédio agora tem uma área de treino de luta, o que é bom pra muitos moradores além de nós.

- Ficou ótimo! – Eu comentei e ele sorriu.

- Rafael, mostra pra gente o golpe que você usou para desarmar o bandido ontem? – A Sandra pediu

- Eu estou lesionado, Sandra, fica para a próxima! – O Rafael sorriu, mas eu sabia que ele não queria mostrar nenhum golpe, só queria estar por perto, de olho em nós.

- Ih, Sandrinha, os marmanjos estão correndo de nós! – A Renatinha se aproximou da amiga. – Nenhum de vocês vai se oferecer para nos ajudar a mostrar os golpes para as garotas antes delas começarem a praticar?

- Eu estou lesionado, não posso! – O Rafael ergueu a mão com a tala.

- Tô fora, Renatinha, eu vi do que você é capaz e já conheço a fama da Sandra! – O Rubens riu.

- A minha ferinha é ciumenta, meninas, me desculpem. – O Anderson também se recusou.

- Olha isso, Renatinha, bando de homem medroso, estão correndo de nós. – A Sandra comentou.

- Rafael, tudo bem? Soube que você nos presenteou com uma área de luta. – O vizinho do quinto andar, um tipo grandalhão, de braços fortes e pernas nem tanto, que andava pelo prédio se achando irresistível se aproximou.

- Pois é, as meninas resolveram aprender defesa pessoal e como o espaço estava disponível eu achei uma boa idéia, vai que outras mulheres do prédio se interessam, não é mesmo?! – O Rafael respondeu e o grandalhão riu.

- Defesa pessoal, Rafael? Pra quê? Mulheres são frágeis demais para treinar luta. – O vizinho grandalhão estava rindo, mas para tristeza dele a Sandra e a Renatinha ouviram e se olharam, elas iriam aprontar. – Eu vi que sua filha voltou, esse intercâmbio fez muito bem pra ela, viu?! Tá uma gata! Aí, posso me candidatar a genro?

O vizinho olhou para a Giovana de um jeito descarado e é claro que nem o Rafael e muito menos o Anderson gostaram disso. E enquanto a Giovna bufava e revirava os olhos, eu vi o Anderson trincar os dentes e olhar de lado para o Rafael.

- Pode se candidatar a ajudante da Renata e da Sandra e fingir ser o otário que assedia mulheres, para que elas demonstrem os golpes para as garotas. – O Anderson encarou o vizinho com um olhar desafiador. E eu percebi que, embora o vizinho parecesse ter braços maiores, o Anderson e o Rafael eram vários centímetros mais altos.

- É, mesmo, Robson, vai lá dar uma ajuda para as garotas. – O Rafael sorriu e incentivou.

- Aquelas duas? Elas não vão ficar com medo de quebrar as unhas não? – O idiota sorriu e o Rafael sorriu de volta. – Tá, eu vou lá brincar com as garotas. – Ele foi para o tatame e sorriu para a Renatinha e a Sandra. – O que eu faço, moças?

- Olha, um voluntário novo! Você luta alguma coisa? – A Renatinha perguntou.

- Todo homem luta alguma coisa, “Barbie”! – Ele respondeu e a Renatinha espumou de raiva. Eu estava começando a ter pena dele.

- Tá bom, então vamos lá, me ataca! – A Renatinha abriu os braços e esperou.

Ele riu, uma risada de puro escárnio e segurou o pulso da Renatinha, que foi muito rápida em agarrar o pulso dele, torcer o braço e fazê-lo ir ao chão, puxando o braço dele pra trás com força.

- Ô sua louca, vai quebrar meu braço, é só uma demonstração! – Ele se desesperou enquanto a Renatinha puxava o braço dele pra trás.