“Rafael”
A semana passou muito rápido e as aulas de defesa pessoal das garotas estava sendo uma ótima diversão. Elas aprendiam rápido, mas se divertiam também, principalmente quando derrubavam o Anderson, que cedeu aos apelos e se tornou a cobaia delas. O Robson, o vizinho do quinto andar, andava nos evitando e eu estava achando ótimo, ele era um chato que se achava o conquistador e eu não gostei mesmo do jeito que ele estava olhando para a Giovana. Ainda bem que o Anderson deu o recado.
Mas a sexta feira tinha chegado e eu saí da cama bem cedo para preparar o café da manhã para a minha doida e quando eu cheguei à cozinha o Anderson já estava lá preparando o café.
- Bom dia, Anderson! Caiu da cama? – Eu perguntei e ele riu.
- Eu durmo pouco, chefe. Me acostumei com os turnos no bar. Bom dia!
- Sei. E essa ruga na testa, tem assinatura da Giovana?
- Ai, ai, você não perde nada! – Ele suspirou. – É, tem sim.
- Qual é a novidade da semana?
Eu estava rindo, eu sabia bem que a Giovana estava enlouquecendo o Anderson. Me enlouquecia junto, mas eu já tinha aceitado o fato de que a minha filha tinha crescido e estava namorando. Era a vida seguindo seu curso. E a verdade era que o Anderson era um excelente rapaz, a respeitava e tratava com carinho, o que me tranquilizava, principalmente depois que eu vi como o Robson olhou para ela e falou com ela, aquilo me irritou muito. Eu via muito disso no bar, homens que não tinham nenhum respeito pelas mulheres, que achavam que elas eram só um corpo e que estavam no mundo só para agradá-los.
- Eu descobri que a sua doce e inocente filha é mais esperta que eu e que não é tão inocente assim. – O Anderson me serviu uma xícara de café e se sentou comigo no balcão da cozinha. – Temos uns minutos?
- Antes disso aqui virar cozinha de hotel e ficar uma loucura? Temos sim. Vai, me conta.
- Eu fiz uma aposta com ela. Naquele dia que você foi ao shopping. Você sabe, ela é curiosa… e nós nos beijamos e ela queria… - Ele passou a mão no rosto. – Ai, meu deus, como eu falo disso com o pai da garota?
- Anderson, ela queria dar uns amassos, eu sei, geralmente as garotas na idade dela querem e os garotos na sua idade adoram. – Eu comecei a rir.
- O problema é esse, Rafael, eu gosto muito do jeito dela e… enfim, você entendeu.
- Sei. E o que ela queria?
- Ela agora vive querendo que eu tire a camisa. – Ele falou olhando para a xícara, completamente sem graça. – Mas aí eu propus um desafio. Ela tinha atividade de mátemática para fazer e eu, me achando esperto, propus que se ela fizesse tudo certo em trinta minutos eu tiraria a camisa. Mas ela fez uma outra proposta e me perguntou o que ela ganharia se fizesse tudo certo em vinte minutos.
- Me diz que você não caiu nessa! – Eu coloquei a mão no rosto, porque conhecia esse truquezinho da Giovana.
- Caí! E disse a ela que poderia pedir o que quisesse que eu daria. Mas eu tinha certeza que ela não conseguiria.
- Mas ela conseguiu. – Eu concluí.
- É, ela conseguiu!
- E o que ela pediu? Não, não me conta, tem coisas que eu prefiro fingir ignorância. – Eu pensei melhor e achei que não precisava saber tanta coisa assim.
E não demorou muito para que os meus outros ajudantes aparecessem, primeiro a Raíssa e o Bóris e por fim a Rúbia e o Rubens. As garotas prepararam uma mesa linda, com flores e uma toalha nova, enquanto o Rubens e o Bóris penduravam uma faixa de “feliz aniversário, Hana”. Nós trabalhávamos rápido e no maior silêncio possível e no momento em que eu coloquei o bolo com uma velinha no centro da mesa a Hana apareceu e nós cantamos o “parabéns”. Ela me abraçou toda emocionada, chorando e sorrindo ao mesmo tempo.
- Nós não vamos fazer os desejos de aniversário? – Ela perguntou quando eu segurei o prato do bolo para que ela sopresse a velinha.
- Agora não, os desejos de aniversário são feitos com o bolo de aniversário, só à noite. – A Giovana sorriu e a abraçou. – Parabéns, Hana, daqui pra frente você nunca mais vai estar sozinha no seu aniversário!
- Ah, minha lindinha! Obrigada! – A Hana apertou a Giovana. – Você nem imagina como é importante ouvir isso de você!
Um a um todos foram abraçando a Hana e por fim, eu a abracei de novo.
- Parabéns, minha flor! Te desejo tudo de melhor. Daqui pra frente eu estarei com você todos os dias pelo resto da minha vida. – Eu a beijei, sem me importar que tinha outras pessoas ali. – Eles me convenceram a preparar esse café da manhã em família esse ano, porque é o primeiro, mas no seu próximo aniversário, eu vou te acordar com beijos e café na cama.
- Eu amei que vocês fizeram o café em família, mas depois que eles saírem nós podemos voltar pra cama e eu finjo que estou dormindo, só pra você me acordar com esses beijos. – Ela confidenciou no meu ouvido e eu ri.
- Você não vai trabalhar? – Eu perguntei animado.
- Não, meu chefe me deu o dia de folga como presente de aniversário! – Ela sorriu empolgada.
- Seu chefe é mesmo um cara muito bacana! – Eu sorri para ela e a puxei para se sentar ao meu lado.

Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque
Que lindo esse livro. Estou aqui chorando novamente. Muito emocionante...
Amei saber que terá o livro 2. 😍...
Que livro lindo e perfeito. Estou amando e totalmente viciada nesse livro. Eu choro, dou risadas, grito. Parabéns autora, é perfeito esse livro 😍...
Está sempre a dar erro. Não desbloqueia os capitulos e ainda retira as moedas.😤...
Infelizmente são mais as vezes que dá erro, que outra coisa......