Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque romance Capítulo 1390

“Giovana”

Eu olhei bem para as três garotas me cercando e avaliei a situção. Eu poderia gritar, mas o Anderson teria que encontrar outra mulher na escola para entrar no banheiro feminino, isso levaria tempo. Mas se ele fosse quebrar as regras, ele teria que arrombar a porta que a Daniela, a garota a minha frente, trancou, isso também levaria tempo. Então era hora de colocar em prática o que eu sabia e tentar me defender.

- Então, Giovana, como você gosta de compartilhar seus cortes de cabelo na internet, vou deixar o celular aqui gravando tudo, enquanto nós três vamos te deixar com um visual novo, digno do halloween. Olha, nós trouxemos tesouras e tinta verde! Sua cor favorita, não é?! – A Daniela, que era a liderzinha daquele grupinho insuportável, me mortrou a tesoura e a lata de tinta em suas mãos e deu uma risada.

- Vai, Giovana, admite logo que você colou na prova de matemática. – A Cíntia riu atrás de mim. – Se você admitir a gente nem corta muito esse cabelinho palha de milho.

- É, mas pintar nós vamos pintar, porque eu quero mechas rosas no meu e não quero ninguém me copiando. – A Daniela balançou os pŕoprios cabelos e eu dei uma gargalhada, aquilo era ridículo!

- Tá rindo de quê, sua ridícula? – A Maya perguntou ao meu lado.

- Gente, ou vocês fingem que me odeiam ou admitem que são minhas fãs, as duas coisas não dá! – Eu ainda estava rindo, mas elas estavam irritadas, então eu continuei. – Vocês me observam demais, me invejam e tentam me imitar! Ah, queridas, obrigada, a cópia é o melhor aplauso! – Eu falei num tom bem debochado que era para deixá-las mais irritadas.

- Imitar você? Coitada! Não se faz de louca não, Giovana, você sabe que eu não te suporto, garota! Você fica aí com essa carinha de santa, se achando melhor que todo mundo… – A Daniela perguntou e eu dei de ombros.

- Ai… “Danielá”, que preguiça de você! Cansei da conversinha, agora sai da minha frente. – Eu falei e ela riu.

- Não, Giovana, antes nós vamos te deixar com cara de gnomo de novo e você vai admitir que colou na prova de matemática. – A Daniela insistiu.

- Ah, mas não vou! Eu não colei! E eu acho melhor vocês saírem de perto de mim. – Eu avisei, mas a Daniela sorriu.

- O que você vai fazer? Vai chorar? Vai chamar o papaizinho? Ah, que pena, na hora que ele chegar você já vai estar com um cogumelo verde na cabeça. – A Daniela me encarou. – Segurem ela.

A Cíntia e a Maya avançaram sobre mim. Eu sabia que a Maya era a mais fraca, então assim que ela segurou o meu pulso eu passei uma rasteira nela e ela caiu. Então eu me abaixei e puxei a perna da Cíntia, que também caiu. A maya veio pra cima de mim de novo e antes que ela me tocasse eu segurei a sua mão e torci, ela gritou e eu virei seu dedo médio e o anelar até que eles fizeram um “track-” e ela gritou alto.

- GIOVANA! – O Anderson começou a bater na porta como um louco.

- Ai, Dani, ajuda a gente! – A Maya chorou no chão segurando a mão com os dedos virados.

Eu ri e a Cíntia tentou me pegar de novo, mas eu desviei e a empussei em cima da Daniela. Elas gritaram. Ao mesmo tempo eu ouvia o Anderson tentandop arrombar a porta. E naquela confusão eu peguei o braço da Cíntia e virei de uma vez para traz com toda força e só soltei quando ouvi aquele barulinho… “track-”! Eu gostei daquele som!

- Aaaaiiiii! Dani, pega ela! – A Cíntia caiu chorando, com a mão no braço e eu percebi que ele estava meio torto.

Então eu olhei para a Daniela e sorri.

- E agora, Dani? Mano a mano ou você vai me deixar sair? – Eu perguntei e ela olhou para a tesoura em sua mão.

Ela empunhou a tesoura e tentou me acertar. Ai, que raiva! Ela podia ter deixado uma cicatriz em mim! Eu desviei, me abaixei e puxei a perna dela, a mantendo segura de cabeça pra baixo. Ela tentou me dar um coice eu comecei a torcer o pé dela enquanto ela gritava. E quando fez “track-”, o Anderson conseguiu arrombar a porta e entrou acompanhado da diretora e do Rui. Eu soltei a Daniela e olhei para ele.

- Agora deu ruim, ferinha! – Ele olhou as três no chão meio preocupado.

- GIOVANA, VOCÊ VAI SAIR DAQUI PRESA HOJE! - A Diretora gritou e eu ri.

- Eu apenas me defendi, diretora! – Peguei o celular da daniela sobre a pia e entreguei para o Anderson. – Tá tudo aí Anderson, faz uma cópia, porque do jeito que a diretora protege essas três, se entregar pra ela, ela some com a prova.

Eu me abaixei, peguei a minha mochila e passei as mãos para ajeitar o meu cabelo.

- Por que você ligou para o Rubens? – Eu perguntei quando ele desligou.

- Porque seu pai não está atendendo e ele tinha me mandado uma mensagem avisando que ia almoçar com a Hana no hospital e que eu poderia te levar pra comer em algum lugar. Como você teve o sexto horário hoje, eu imaginei que ele já estivesse no hospital com o Rubens e a Hana. – Ele deu um meio sorriso.

Nós nos sentamos nas cadeiras perto da porta da sala da diretora e a secretária nos olhou confusa.

- Liga para os pais desses cinco alunos, diga a todos a mesma coisa, para virem depressa. Diz que é grave e urgente! – A diretora apareceu amparando a Daniela e colocou as três sentadas em nossa frente. – Depois que você ligar para o s pais, encontra a enfermeira. – A diretora se virou pra mim. – Pra polícia eu mesma ligo. Francamente, Giovana, você passou dos limites.

- Mandou me chamar, diretora? – O porteiro que sorria pra mim todos os dias apareceu.

- Fica de olho nesses alunos. Não deixa que aquela ali se aproxime das outras. – A diretora avisou e eu tive vontade de rir.

- Não é o contrário, diretora? Essas três aqui é que vivem atormentando a menina! – O porteiro perguntou e a diretora olhou pra ele com raiva.

- Se você repetir isso, eu te ponho na rua! – A diretora ameaçou e ele fez uma cara de quem não estava entendendo nada.

A diretora entrou na sala dela e bateu a porta.

- Isso não vai ficar assim, Giovana! – A Daniela resmungou do outro lado do corredor.

- Ou, não provoca quem tá quieto, menina! – O porteiro avisou.

Eu apenas dei um grande sorriso para a Daniela. O tornozelo dela tinha inchado, assim como o braço da Cíntia e os dedos da Maya, que ainda estava chorando. Talvez eu tivesse encontrado o meu estilo, como a Sandrinha sugeriu!