“Rafael”
Eu saí do consultório do Yusei e o Rubens só me falou pra ir depressa para a escola da Giovana, que ela estava bem, mas tinha se metido em encrenca. Eu fiquei me perguntando quando a minha filha não se metia em encrenca, porque ele parecia adorar um problema.
Eu dirigi o mais rápido que eu pude e quando eu cheguei, eu vi a Giovana, o Rui e o Anderson sentados de um lado, cercados pelo porteiro da escola e a mãe do Rui. Do outro lado estavam as três garotas que viviam aprontando com a Giovana e os pais de uma delas, gesticulado e gritando com a Giovana.
- Pode parar por aí, com a minha filha você não grita! – Eu parei na frente dele.
- A sua filha é uma problemática! Machucou as meninas na maior covardia! – O pai gritou comigo.
- Covardia, meu senhor, é a perseguição que a sua filha capitaneia contra a minha. Se elas brigaram é porque essas três provocaram. E eu duvido muito que a minha filha tenha feito qualquer coisa sem razão. – Claro que eu defendi a minha filha, se ela estivesse errada eu me encarregaria de corrigí-la, mas eu não permitiria que um homem gritasse com ela ou a ameaçasse.
- Você senta lá, Paulo! – A Josiane se colocou ao meu lado. – Vem, Rafael, o Anderson vai te explicar o que aconteceu.
- Vê o vídeo, chefe. Com os fones. Eu liguei para o Flávio. Ele, a Renatinha, o advogado e o dono da escola estão com a diretora lá dentro. – O Anderson explicou e eu fiquei ainda mais preocupado e comecei a ver o vídeo.
Quando eu terminei, eu não sabia o que fazer com a Giovana, ela tinha se defendido, mas ela talvez tivesse exagerado um pouquinho.
- De onde ela tirou força para quebrar ossos? – Eu perguntei e o Anderson deu de ombros.
- Adrenalina, chefe, instinto de proteção, sei lá. Mas a ferinha é “braba”! – Ele tentou disfarçar o sorriso, mas não disfarçou o orgulho na voz.
- Quanto você tiorou na prova, Gi? – Eu olhei pra ela e vi o grande sorriso de quem tinha sambado na cara das inimigas. Ela tirou a prova da mochila e exibiu toda feliz.
- A maior nota da sala, chefe! A ferinha arrasou. – O Anderson babava pela minha filha, em tudo, para ele, ela era o máximo. – Aí já viu, as invejosas piraram!
- Josiane, eu já disse, eu quero o celular da minha filha que esse canalha desse segurançazinho cretino roubou. E o quero fora da escola. Se a princesinha do papai precisa de segurança, porque ela se acha melhor que os outros, problema é dela, esse cara está intimidando as crianças. – O Paulo gritou e eu olhei para o Anderson que só balançou a cabeça como se nem ligasse.
- Já te disse que está com o delegado! O Anderson só pegou para preservar a filmagem que a sua filha fez! E o Anderson não está intimidando ninguém! Se alguém intimida os alunos aqui é a sua filha com o grupinho dela e o grupinho de valentões que ficava atormentando o meu filho. – A Josiane rebateu, mas a mãe ainda nem tinha fechado a boca e o Rui saiu em defesa do Anderson.
- Canalha e cretino é o senhor, que além de não dar educação pra sua filha, ainda tá de casinho com a mãe da amiga dela! – O Rui falou para o Paulo e a Josiane olhou para o filho de olhos arregalados, como se o mandasse ficar quieto.
- Não se mete no que não é da sua conta, rolha de poço! – O Paulo gritou com o Rui
- Você não fala assim com o meu filho, Paulo! – A Josiane se irritou.
- Mata a sua mulher, ela que é vagabunda, piranha, mulher de vida fácil! – A mulher do Paulo respondeu, enquanto a Josiane tentava segurá-la e o segurança da escola tantava conter a outra.
- Pois é, Daniela, acho que se você soubesse que ia dar essa confusão toda, você nem tinha implicado tanto comigo. – A Giovana soltou, sentadinha, bem tranquila no lugar dela.
- Giovana, eu te odeio! – A menina gritou.
- Agora chega! Ou vocês se comportam como gente ou eu vou algemar todo mundo! – O Flávio falou alto e foi como se a cena congelasse. – Muito bem! Podem soltar os quatro. Essa baixaria de traição vocês vão resolver em casa. Agora nós vamos resolver essa perseguição que a Giovana está sofrendo nessa escola. Os pais, na sala da diretora agora!
Nós entramos na sala da diretora e o Dr. Romeu colocou para passar na televisão que tinha ali o vídeo que eu tinha visto no celular do Anderson, com o som alto e sem deixar dúvida do que realmente tinha acontecido em um dos banheiros da escola.
- Sua filha é uma marginal, Rafael! – O Paulo gritou e eu olhei para ele sem me alterar.
- A minha filha, Paulo, é uma boa garota que não fica implicando com ninguém. O que eu vejo nesse vídeo é que ela apenas se defendeu. E ela sabe se defender, porque ela faz aulas de defesa pessoal, a diretora sabe disso. Aliás, eu estive aqui uns dias atrás, informando que a sua filha e as amiguinhas dela estão se metendo com uma quadrilha de tráfico humano, pelo simples prazer de infernizar a minha filha, combinando de entregar a minha filha para eles no dia da excursão ao museu. – Eu avisei.
- Como é que é? - O Paulo me olhou como se não fizesse idéia do que eu estava falando e a diretora abaixou a cabeça, então eu entendi que ela não fez nada com o que o Flávio e eu havíamos falado com ela.

Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque
Que lindo esse livro. Estou aqui chorando novamente. Muito emocionante...
Amei saber que terá o livro 2. 😍...
Que livro lindo e perfeito. Estou amando e totalmente viciada nesse livro. Eu choro, dou risadas, grito. Parabéns autora, é perfeito esse livro 😍...
Está sempre a dar erro. Não desbloqueia os capitulos e ainda retira as moedas.😤...
Infelizmente são mais as vezes que dá erro, que outra coisa......