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Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque romance Capítulo 1398

“Hana”

Quando eu vi o Frederico desfigurado e sem reação ali no chão eu só conseguia pensar que ele não podia morrer, ele tinha que sobreviver! Sobreviver para sentir a mesma dor que eu senti quando acordei da anestesia com o rosto todo quebrado. Sobreviver para sentir a mesma dor que eu senti dia após dia, durante semanas, enquanto os meus ossos se recuperavam. Sobreviver para sentir na pele a mesma dor que ele me causou. Na minha cabeça, não havia castigo melhor para ele.

Mas ao mesmo tempo eu me dei conta de que eu havia sofrido uma queda e que eu não sabia ainda o resultado do meu exame de gravidez. Então me bateu um desespero enorme! E se eu estivesse grávida e perdesse o bebê por causa daquela queda? Uma queda que teria sido evitada se eui tivesse ficado quieta com o Rubens.

Mas na hora em que tudo aconteceu, eu não pensei, eu me esqueci completamente que eu podia estar grávida, num estágio inicial de gravidez, quando tudo é ainda mais delicado. E se estivesse grávida e perdesse o meu bebê? O Rafael jamais me perdoaria!

E enquanto eu olhava para o monstro do Frederico inerte no chão e pensava em tudo o que ele fez comigo, em tudo o que ele tirou de mim, eu me dei conta de que ele poderia tirar isso de mim também. Foi como se a maldade dele ainda me tocasse. Eu me encolhi de medo e paralisei, eu simplesmente não consegui reagir. Eu precisava saber.

Eu senti o Rubens me tirar dos braços do Rafael, minha cabeça numa espiral de medo e preocupação. E quando eu ouvi o “plim” do elevador eu estremeci no colo do Rubens.

- Calma, pequena! Já acabou, você está bem! – O Rubens falou docemente e eu me senti mal por ter batido nele.

- Hana! Hana! – Eu ouvi uma voz me puxando do fundo da minha mente e olhei para o Dr. Molina ao meu lado. – Oi, querida! Você está me compreendendo? – Ele perguntou e eu fiz que sim. – Ótimo! Nós vamos para o meu consultório para te excaminar, tudo bem? – Eu fiz que sim, mas o medo era como duas mãos apertando a minha garganta e impedindo a minha voz de sair.

No consultório, o Rubens me colocou sobre a maca e eu segurei a sua mão antes que ele se afastasse. Ele me olhou sem saber o que fazer.

- Querida, eu estou com você! – O Rubens falou com delicadeza, com os olhos fixos nos meus e as lágrimas quentes e represadas caíram dos meus olhos. – Ah, minha querida, calma, vai dar tudo certo. Eu estou aqui, só vou esperar ali fora enquanto o doutor te examina. – Ele me acalmou enquanto me abraçava meio desajeitado sobre a cama de exames.

- Hana, nós vamos fazer um ultrassom transvaginal para ver se está tudo bem. A enfermeira vai te ajudar a se preparar e assim que terminarmos o Rubens pode entrar e ficar com você. – O Dr. Molina avisou e saiu com o Rubens, enquanto a enfermeira começou a me ajudar.

- Olha, Han, bom começo, sem sangramento. – Ela sorriu pra mim ao terminar de me ajudar. – Vai dar tudo certo!

- Querida, você sente alguma dor, cólica, qualquer coisa? – O Dr. Molina perguntou ao voltar para a sala e eu fiz que não. – Ótimo! – Ele sorriu e conversou com a enfermeira, examinou as minhas mãos e o meus joelhos e começou o exame. Quando terminou ele se aproximou de mim com um grande sorriso. – Parabéns, querida, o seu bebê está a caminho e está muito seguro dentro de você!

Eu olhei para ele surpresa e com um misto de sentimentos que eu nem sabia descrever. Eu comecei a chorar outra vez.

- Eu estou grávida mesmo? – Eu perguntei com um fio de voz.

- Gravidíssima! E nós vamos cuidar para que esse bebê seja tão forte quanto o pai! – O médico sorriu pra mim. – Mas eu espero que não seja tão chorão quanto a mãe! – Eu comecei a rir e ele riu comigo. – A enfermeira vai te ajudar a se vestir e eu vou acalmar o Rubens, ele está à beira de um colapso!

- Dr. Molina, só o senhor, o Rubens e o meu tio sabem dessa gravidez por enquanto, tá?! – Eu falei e ele sorriu e acenou com a cabeça.

A enfermeira me ajudou a me vestir e a sair da cama de exames. Eu senti o meu corpo se aquecendo gradativamente, como se voltasse a responder os comandos e então eu senti uma necessidade imensa de sair correndo até o Rafael.

Eu passei da sala de exames para o consultório e o Dr. Molina fez sinal para que eu me sentasse ao lado do Rubens. Eu olhei meio desconfiada e o Rubens sorriu e se levantou.

- Posso te abraçar? – Ele perguntou com um sorriso e eu o abracei. – Parabéns querida!

- Deculpa ter te acertado! – Eu pedi, mesmo percebendo que ele não estava chateado.

- Não tem problema, eu entendo. Mas nunca mais se coloque em perigo assim, agora você tem um bebê a caminho que precisa de você. – Ele falou e eu sorri.

- Eu vou tomar cuidado à partir de agora. Mas eu preciso ver o Rafa. – Eu respondi começando a me agitar.

- Atrás de quem você vai tão longe, psicogato? – Eu parei ao pés da cama e o encarei com um sorriso.

- Hana! – Ele falou o meu nome como um suspiro de alívio e pulou da cama para me abraçar. – Minha flor, você está aqui! Você está bem? Se machucou? O que o médico disse? Hana, me perdoa! Eu nunca vou te fazer mal, acredita em mim…

- Psiocogato, desacelera e respira! Está parecendo a Gi! – Eu ri. – Eu sei que você não vai me fazer mal.

- Eu tive tanto medo que você fugisse de mim! Que ficasse com medo de mim. Eu me perdi na raiva socando- o Frtederico e…

- Desculpe ter te assustado! Eu acho que foi tudo e quando acabou eu fiquei paralisada, não sei, estresse, medo, sei lá. Eu senti tanta coisa, mas medo de você eu não senti!

- Ah, minha flor! Eu te amo, te amo muito.

- Eu também te amo. – Eu respondi e recebi o seu beijo desesperado.

- Agora eu acredito que o meu paciente está pronto para ir para a cirurgia. – Eu ouvi a voz atrás de mim e me virei para ver o médico.

- Cirurgia? – Eu perguntei assustada.

- Nada demais, amor, só para colocar alguns ossos no lugar. Não precisa avisar ninguém, o doutor falou que eu saio do hospiotal hoje mesmo. – Ele me abraçou e me deu mais um beijo antes de voltar para a cama do hospital. – Agora podemos ir, doutor.

- Ótimo! Não se preocupa, Hana, você sabe que eu sou dos bons! – O médico sorriu e eu fiquei parada ali vendo o Rafael ser levado naquela cama.

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