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Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque romance Capítulo 1400

“Breno”

Eu entrei no elevador com o Flávio sabendo que ele confiava em mim para impedir a fuga daqueles bandidos, mesmo preocupado com a minha situação. E, embora eu ainda estivesse com pontos no corpo, eu não sentia dor, tinha sido medicado pouco antes o que tinha sido muito conveniente. Eu não estava sendo imprudente, eu apenas estava bem o suficiente para não deixar a minha equipe na mão.

E foi nisso que eu pensei quando vi o vídeo e a mensagem que a Renata mandou para o meu celular, me contando sobre a invasão no hospital e pedindo para que eu ficasse atento e não fosse um alvo fácil, eu imediatamente decidi o que fazer, eu seria um alvo mais difícil se estivesse em campo e não numa cama de hospital. Eu chamei o Tutu e mostrei a mensagem a ele. Ele apenas me encarou e agitou a cabeça em concordância. Foi dele a idéia de dizer a enfermeira que eu estava com dor para que ela aplicasse um remédio e eu pudesse me movimentar sem sentir dor.

E assim que eu consegui escapar do quarto, nós chegamos até o Flávio. Ainda bem que a Renatinha havia trazido a minha arma no dia em que eu fui transferido da UTI, eu nem precisei pedir, ela sabia que eu precisava da “rose”, minha fiel companheira de trabalho!

- Tutu, é com a gente! O Bonfim já deve estar chegando com os outros. – Eu falei assim que o Flávio saiu do elevador. Eu sabia que o meu delegado ia enfrentar uma batalha e tanto frente a frente com o Frederico, então eu tinha que impedir que aquele bandido tivesse reforços.

- Herói, eu mandei mensagem lá pro Tonhão e pedi pra trazer colete e um bico pra cada um de nós, ele ficou animadão que você tá de volta! – O Tutu riu satisfeito.

- Valeu, Tutu! E dessa vez eu não pretendo sair no meio da brincadeira. – Eu sorri, o que ia acontecer ali era importante demais e dessa vez eu não queria ouvir a história, eu queria ter história pra contar. – É o seguinte, nós vamos sair com cuidado, porque não sabemos se tem alguém aqui em cima ou se estão sobrevoando.

A porta do elevador se abriu e nós saímos num hall amplo e coberto, lateralmente havia uma enorme porta dupla aberta de um lado e do lado oposto uma porta igual fechada. Pela porta aberta, nós tínhamos uma visão parcial do heliponto e era possível ver o helicóptero estava ali, as pás estavam girando, mantendo a rotação do motor, ele estava pronto para a decolagem. Dentro do helicóptero estava apenas o piloto, de cabeça baixa, e certamente ele não nos viu. Nós nos encostamos na parede e fomos nos aproximando da porta devagar.

- Tutu, avisa o Tonhão como é aqui e que é para chegarem devagar. – Eu falei baixo e ele já estava digitando. – A gente precisa render o piloto, mas deve ter mais gente aqui fora. Vamos esperar a equipe.

Não demorou para que o Tonhão chegasse e entregasse os coletes e os fuzis pra gente. Ele tinha mais cinco homens com ele, o que era um bom número. Nós vestimos o colete rapidamente e tentando fazer o mínimo de movimento.

- E agora, o que a gente faz? – O Tutu me perguntou, eu olhei pra fora e sair simplesmente era colocar a cabeça a prêmio, então eu olhei pra ele.

- Você está com aquelas bolas chinesas aí? Aquelas que você fica girando pra ficar calmo? – Eu me lembrei que ele era completamente viciado naquele negócio e já tinha até dado um par de presente para a minha D. Onça. Ele me olhou como se eu fosse doido, mas tirou as bolinhas do bolso da calça e me entregou.

- Não é para ficar calmo, é para relaxar as mãos, ajuda muito com a empunhadura da arma. Cuidado com as minhas bolas! – Ele me advertiu e eu ri.

Eu peguei as bolinhas e as arremessei. Elas cairam mais a frente e rolaram, fazendo barulho, sacudindo o guizo dentro delas. Imediatamente surgiram no nosso campo de visão quatro homens, eu não conhecia nenhum deles, mas todos estavam armados.

Um deles se virou e caminhou em direção as portas, mas nós estávamos colados a parede e ele não poderia nos ver antes de chegar na linha da porta. E assim que ele se aproximou eu encostei o cano do fuzil na sua cabeça.

- Hello, baby! Se der alarde, sua cabeça vai se desmanchar em mínimas partículas. Entra! – Eu avisei. Nós o colocamos na parede e ele foi desarmado e algemado rapidamente. – Quantos são?

- Você tá morto, idiota! – Ele sorriu pra mim confiante, mas ele me pegou num dia ruim, eu estava meio mal humorado e dei um golpe com o cabo do fuzil na cara dele e ele desmaiou.

- Fraco, nem teve graça! – Eu resmunguei. Nós escutamos a movimentação do lado de fora.

- Cadê o idiota? – Um deles gritou.

- Deve terido ao banheiro, ele estava enchendo o saco que queria mijar, mas não quis por o pinto pra fora aqui. – Outro respondeu rindo.

- Vocês encontraram alguma coisa? – O mesmo de antes perguntou.

- Herói, você é o cara! – O Tutu me ofereceu o punho fechado e nós demos um soquinho.

- Como vocês estão? – Eu me abaixei perto dos meus colegas que estavam feridos no chão.

- Caralho, Breno, quando a gente combinou isso lá na delegacia eu não pensei que um dia fosse acontecer de verdade, muito menos que eu fosse tomar o tiro. – Um deles reclamou e eu ri.

- Pensa positivo, pelo menos não foi na cabeça. – Eu ri.

- Herói, esse aqui ó, tem jeito não, subiu de arrasta! – O Tutu apontou o bandido que eu tinha acertado. – Mas também, olha isso, tiro perfeito na jugular! O quê que fizeram na sua cirurgia, embutiram mira laser?

- Idiota! Eu tenho boa pontaria. E o outro?

- Ah, sei não. Aqui! Oi, colega, já viu Jesus? – O Tutu perguntou para o cara que agonizava ali no chão. – Não, né?! Mas por que? Porque você não vai pro céu! Fica preocupado não, a gente tá no hospital, a maca já tá vindo te socorrer e assim que o socorro chegar aqui você já terá visto o capeta! – O Tutu deu dois tapinhas no rosto do bandido e o deixou agonizando. – Tem jeito não, Herói, vai de arrastga também!

- Depois você fala que a minha D. Onça é doida! – Eu o encarei e ele riu. – Bora, vamos descer com os meliantes. Tonhão, você fica aqui com os baleados que eu vou pedir para buscarem.

Nós fomos em direção ao elevador com os presos e as armas que tiramos deles, eu estava satisfeito com o resultado até ali.

- Vamos descer aqui na diretopria e ver se o Flávio precisa de apoio. – Eu avisei e quando saímos do elevador, nós colocamos os presos de cara na parede e o Tutu e eu nos aproximamos da diretoria, mas a sitação lá já estava controlada também.

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