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Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque romance Capítulo 1413

“Vinícius”

O meu celular tocou enquanto eu estava tomando um café. Até que o dia na emergência não estava dos piores. Eu olhei para a tela e vi o nome do Flávio, ele devia estar querendo notícia de algum daqueles presos internados.

- Delegado Moreno, que honra!

- Dr. Vinícius, a honra é minha!

- Quer notícias dos seus “filhinhos”, aqueles santos algemados às camas? – Eu brinquei e ele deu uma risada.

- Na verdade, meu amigo, eu preciso é de um favor seu. Sabe a Giovana, a filha do Rafael?

- A que quebrou três garotas na escola. É como dizem, a menina é delicada como um mourão de cerca! – Eu ri.

- Pois é, mas ela está aprendendo defesa pessoal com a Sandrinha Pitbul e a Renatinha Quebra nozes.

- Dizem que os alunos superam os mestres. – Eu comecei a rir, porque a Giovana estava aprendendo com as melhores. – Será que elas não ensinam pra Ivy essa defesa pessoal também não?

- Ué, cara, as aulas são lá no prédio do Rafael, acho que ninguém vai se importar. Vê se a sua namorada quer mesmo e eu falo com o Rafael e as garotas.

- Cara, a Ivy precisa aprender a se defender. Depois daquele lance com o Reinaldo ela ficou com medo de tudo.

- Cara, mas aquilo foi pesado mesmo! Fala com ela, no mínimo ela vai se divertir, porque é um bando de louca nessas aulas.

- Vou falar. Mas e você, o que precisa?

- Justamente preciso que você me ajude com mais uma vítima da Giovana. Eu vou resolver aqui na delegacia, mas não quero que façam muitas perguntas aí no hospital.

- Quem a Giovana quebrou agora?

- A ex professora de matemática. Treta antiga, aí ela pegou a mulher rondando o prédio. Eu acho que essa professora esconde algo bem sério. Mas a Giovana pegou a mulher e pelo que eu sei ralou a cara dela no asfalto e quebrou o braço.

- Espera, a Melissa também está ensinando defesa pessoal? – Eu perguntei e o Flávio deu outra gargalhada.

- Não, mas a Gi adora a Mel!

- Está explicado. Manda a professora pra mim, vou fazer tudo sem perguntas. Pede para me procurar.

Eu conversei mais um pouco com o Flávio e desliguei o celular, voltei para a emergência e um tempo depois eu ouvi a recepcionista chamando um dos residentes, que por acaso também se chamava vinícius. Eu estava lançando as informações do paciente que eu havia acabado de atender no sistema e dei uma olhada, era justamente a pessoa que eu esperava. Eu fui até lá.

- Dr. Vinícius, posso atender essa para o senhor. Eu estou liberado. – Eu sorri.

O residente me olhou sem entender, deu de ombros e se virou para a mulher, dizendo que eu ia atendê-la. O rosto dela estava destruído, praticamente em carne viva, uma coisa horrível!

- Por favor, me acompanhem! – Eu indiquei o leito ali do lado, pedi que os policiais ficassem do lado de fora e chamei uma enfermeira dando instruções.

- Doutor, me dá um remédio, porque eu não sei o que dói mais se a cara ou o braço. – Ela já foi pedindo e se deitando.

Ela chegou e eu ouvi toda a conversa, na verdade as falas dela, mas faltava o outro lado, que eu sabia que estaria na prancheta e eu precisava daquele papel. Uma das minhas melhores enfermeiras entrou no leito para trocar a medicação do paciente em coma e eu fiz sinal para ela não falar, a chamei e falei no ouvido dela o que eu precisava. Ela saiu e quando estava com tudo pronto me chamou. Eu coloquei o celular no bolso e nós fomos para o leito ao lado.

Eu vi o estranhamento nos olhos do Frederico quando eu sorri pra ele. Eu estava sorrindo porque eu ia impedir que aquele cretino fugisse ou que fizesse mal a mais alguém. A enfermeira aplicou o remédio que colocaria o Frederico para dormir por horas e tirou a tal Sílvia dali. E nesse momento ele se preocvupou com os papéis na prancheta, mas eu tirei das mãos dele e foi só esperar que ee apagasse e eu peguei aquelas folhas. Estava tudo ali.

Eu saí da UTI, tirei foto dos papéis e enviei para o Flávio junto com o áudio que eu gravei. Depois eu liguei para ele.

- Flávio, te mandei um áudio e uma foto, são da conversa dos dois. Você precisa trancar esse montro logo. Como você desconfiou ele pretende fugir e a Giovana e a Hana estão correndo perigo!

- Cara! Isso é um demônio! Vini, qual a situação desse bandido?

- Ele vai receber alta da UTI amanhã. Mas, Flávio, não sei se ele deve continuar no hospital. Eu apliquei uma injeção nele para apagá-lo, para que eu pudesse pegar as folhas, mas eue stou preocupado.

- Pra onde eu pretendo levá-lo tem enfermaria, você acha que é suficiente?

- Sim, ele vai precisar que um médico o avalie periodicamente, mas ele pode ficar na enfermaria do presídio. Daqui a uns dias terá que tirar os pontos, mas isso também pode ser feito dentro do presídio.

- Você consegue fazer um relatório pra mim agora, informando que ele está bem o suficiente para terminar a recuperação no presídio? Com o que você me mandou e com o relatório eu consigo a ordem de transferência dele pra hoje ainda.

- Com certeza! Em quinze minutos te mando o relatório e os últimos exames dele. Flávio, isso precisa acontecer hoje mesmo!

- Vai acontecer, Vini!

Eu corri para o computador da recepção da UTI e, como prometi ao Flávio, quinze minutos depois eu encaminhei o relatório com a minha assinatura e dos outros dois médicos que estavam acompanhando o caso e que respiraram aliviados com a possibilidade de se livrarem daquele paciente indesejado!

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