“Alessandro”
Já fazia dois dias que tinha recebido a ligação do Moreno informando sobre o cerco ao Junqueira e a visita que fez a Ana Carolina. Contei a Catarina que a polícia estava fechando o cerco. Ela estava bem entediada por ter que ficar de cama até o final da gestação. Já tinha mais de quinze dias que ela estava na cama. A barriga dela agora parecia maior a cada dia e ela não tinha muita energia. Eu passei a trabalhar de casa o máximo possível, para não deixá-la sozinha. E nossos amigos estavam por aqui todos os dias.
Já era meio da tarde e eu precisei ir até a empresa. Dei um beijo a minha esposa, um em sua barriga e outro em meu filho lindo deitado ao lado da mãe que me garantiu que cuidaria bem dela. Pedro era um garoto esperto, feliz e eu ficava cada dia mais encantado com o quanto era inteligente e bem comportado.
Cheguei a empresa, resolvi todas as coisas e estava tomando um café com o Patrício quando o meu telefone tocou, era o Flávio.
- Fala, delegado Moreno. A que devo a honra? – atendi bem humorado mas meu humor despencou com o que ele me disse. Ouvi atentamente todas as suas instruções e lhe assegurei que reuniria todos e daria a notícia.
- O que foi, Alessandro? Pela sua cara não é bom. – Patrício perguntou.
- É péssimo, Patrício. – respondi. – O Nando foi atacado. Ele foi encontrado perto da empresa que trabalha desmaiado. Levou uma surra horrível e está a caminho do hospital, o estado dele é grave. Precisamos reunir todos e vamos para a empresa do Heitor, vou dar a notícia pra Mel pessoalmente. De jeito nenhum isso pode chegar aos ouvidos da Catarina, pelo menos não agora.
Foi aí que me lembrei do celular. Liguei pra Lygia e pedi para ela ser rápida.
- Lygia, corre no quarto e vê como a Cat está. Esconda o celular dela e não deixa ela atender o telefone de jeito nenhum. Depois eu explico, vai que vou esperar na linha. – Lygia me garantiu que Catarina e Pedro estavam dormindo, ela tirou do quarto o celular e o tablet e me disse para ficar tranqüilo.
Deixei a Mari e o Alencar a par de tudo e cuidando da empresa. Reuni a Sam, a Manu, a Virgínia e o Rick e fomos para a Lince Mundi. No caminho avisei ao Heitor e pedi para chamar a Taís que já estávamos chegando.
- Veio pedir emprego, palhaço? – Melissa já veio fazendo deboche, ela ainda não sabia de nada.
- Ah, maluca, eu vim contratar seu chefe! – Sorri pra ela.
- O que foi, Mellendez? O que está acontecendo? – Merda! Ela era observadora demais e já me conhecia bem.
- Vamos até a sala do Heitor, Mel. – Ela já estava nervosa.
Na sala do Heitor expliquei tudo e perguntei o que ela queria fazer, se queria que eu buscasse a Catarina. Melissa estava devastada. Ela disse que a Catarina não podia saber, ia passar mal e colocar os bebês e a si mesma em risco. Saímos todos em disparada para o hospital. No caminho liguei para o Molina que já havia dado a notícia para o irmão. Imediatamente pedi para informá-lo que meu jatinho iria buscá-los.
Quando chegamos ao hospital fomos informados de que o estado do Nando era grave e ele estava em cirurgia. Haviam costelas fraturadas, pulmão perfurado, um braço e uma perna quebrados e um sangramento no cérebro. Melissa estava péssima, mas ainda mantinha controle, apesar de chorar muito.
- Alessandro, vai pra casa ficar com a Cat e não conta nada pra ela. – Melissa mandou.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque
Está sempre a dar erro. Não desbloqueia os capitulos e ainda retira as moedas.😤...
Infelizmente são mais as vezes que dá erro, que outra coisa......