“Delegado Flávio Moreno”
Quando decidi passar pelo hospital hoje para ver as crianças não imaginei que encontraria o caos. Eu tinha feito uma diligência ali perto, estava na viatura com três policiais e disse que gostaria de aproveitar e passar para ver meus amigos e os bebês. A policial Renata estava dirigindo a viatura e se animou, queria conhecer os quadrigêmeos. Logo todos também queriam conhecer os bebês. Estávamos correndo atrás do Junqueira há algum tempo, minha equipe estava muito empenhada nisso, e em um momento ou outro, todos eles já haviam conhecido o Alessandro e a Catarina.
Renata insistiu em passar na loja de presentes e comprar chocolates para a Catarina e bichinhos de pelúcia, logo todos já estavam dividindo a conta na lojinha, compramos balões metalizados, chocolates e pelúcias. Logo estávamos em frente ao vidro do berçário olhando aqueles pequeninos dormindo. Achei estranho logo que cheguei e só tinha três bebês no berçário. Dei uma olhadinha rápida e perguntei ao segurança que disse que um dos bebês havia sido levado para fazer exames.
- Mas por que apenas um? – Perguntei e ele não soube me responder. Isso me acendeu um alerta enorme.
Vi que uma enfermeira vinha em direção à porta do berçário e resolvi perguntar por que só um dos bebês estava fazendo exames, se havia algum problema com ele. Ela me olhou dos pés a cabeça e viu que eu estava paramentado com o uniforme tático e minha identificação estava no colete a prova de balas, que eu ainda usava depois da diligência de mais cedo, bem como meu distintivo estava pendurado em meu pescoço. Então ela me pediu um momento, entrou, mexeu no computador que ficava no canto do berçário e depois voltou para falar comigo.
- Delegado, acho que temos um problema, nenhum dos bebês tem nenhum pedido de exame. Vou acionar a segurança do hospital.
- Faça isso imediatamente! – Falei a ela. – Para que lado eles foram? – Perguntei ao segurança, que já estava nervoso, e ele apontou em direção a porta. Puxei o celular do bolso e liguei para o diretor do hospital. – Molina, fecha o hospital agora, um dos bebês da Catarina e do Alessandro sumiu. Seja rápido!
Antes de desligar o celular já ouvi o alarme soar informando que havia um código rosa, que significava que uma criança estava desaparecida, eu sabia que isso lacraria todo o hospital em segundos. Atravessei a porta que o segurança me indicou e, a passos largos, quase correndo, fui perguntando por um segurança acompanhando uma enfermeira. Cheguei a porta da escada de incêndio e ainda consegui abri-la. Encontrei o segurança desmaiado ali, o puxei para dentro do andar e a porta de segurança travou logo que a soltei.
Um médico chegou muito rápido ao meu lado e me ajudou a acordar o segurança, que tinha um corte na cabeça. Ele me explicou o que aconteceu, disse que só se lembrava de ser golpeado na cabeça logo que entrou na escada de incêndio e que estranhou a enfermeira entrar ali. O médico disse que precisava suturar o ferimento e fazer exames para ver se havia algum outro dano, então o deixei cuidando do segurança e voltei para explicar o que aconteceu ao resto da equipe, mas a porta pela qual passei, entre uma ala e outra do andar, já estava travada.
Peguei o telefone e liguei para o Molina de novo. Rapidamente ele destravou a porta. Pedi que ele destravasse a da escada de incêndio pra mim e ele o fez e ficou aguardando com dois seguranças e dois me acompanharam. Voei pelas escadas abaixo e nada. O hospital era muito grande e eu ia precisar de reforços.
Voltei para o andar e o Molina travou a porta. Passamos para a ala do berçário e encontramos o chefe de segurança do hospital estressado e gritando com a sua equipe.
- Molina, você tem as imagens? – perguntei.
- Não acredito que eu estou passando por isso de novo, Flávio. – Alessandro falou quando me acompanhou até a porta do quarto.
- Calma, meu amigo, vai dar tudo certo. Agora eu vou escanear esse hospital. Qualquer coisa é só me ligar. – Saí do quarto e dividi as equipes.
O hospital tem vinte andares, nós estávamos no décimo quinto. Além de mim e meus três policiais, ainda tinha sete seguranças do Alessandro, quatro eu deixei na porta do quarto, um estava tratando do corte na cabeça por causa da pancada e os outros levei comigo.
Os elevadores estavam bloqueados por causa do código rosa, portanto só era possível transitar entre os andares pelas escadas. Todas as portas estavam trancadas. Molina havia me dado a chave mestra de segurança e o cartão com privilégios, eu teria acesso a todos os andares e salas. E eu desmontaria aquele hospital como se fosse um lego, mas eu acharia o bebê.
Começamos a busca pelo andar da maternidade, onde estávamos. Não encontramos nada. Saímos para a escada de incêndio e eu tranquei a porta. Faríamos a varredura de cima para baixo, já que estávamos no décimo quinto.
Mais de quatro horas haviam se passado desde que começamos. A cada andar eu enviava notícias ao Molina e ao Alessandro. Agora já estávamos no primeiro andar. Era andar administrativo. Começamos as buscas e nada. Eu estava puto com aquilo, parecia que a mulher e seu cúmplice tinham sido tragados pela terra.

Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque
Que lindo esse livro. Estou aqui chorando novamente. Muito emocionante...
Amei saber que terá o livro 2. 😍...
Que livro lindo e perfeito. Estou amando e totalmente viciada nesse livro. Eu choro, dou risadas, grito. Parabéns autora, é perfeito esse livro 😍...
Está sempre a dar erro. Não desbloqueia os capitulos e ainda retira as moedas.😤...
Infelizmente são mais as vezes que dá erro, que outra coisa......