Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque romance Capítulo 209

Ficamos na delegacia por umas quatro horas. O Cláudio falou com a mãe, que chorava muito e pediu que o filho confessasse todos os seus crimes e colaborasse com a polícia. Ela me pediu perdão pelo que o filho fez e lamentou muito que ele não tivesse seguido pelo bom caminho como ela sempre tentou mostrar a ele. No fim, meu marido ficou até comovido com aquela mulher e disse que ficava tranqüilo em poder oferecer um tratamento de saúde melhor para ela.

O Cláudio tinha muita coisa pra contar. Começou contando que conheceu o Junqueira através de um amigo de Campanário que veio morar em Porto Paraíso logo que fez dezoito anos. Ele não sabia como o amigo conhecia o Junqueira e nunca se interessou por perguntar. Deu as informações sobre o tal amigo, que se chama Kauã Capiberibe, e onde poderia ser encontrado.

Cláudio disse que conheceu o Junqueira três meses antes do acidente de helicóptero que matou os pais do Alessandro e que Junqueira o pagou um bom dinheiro para sabotar o helicóptero, inclusive pagou o curso de manutenção em helicópteros pra ele aprender a sabotar a aeronave. Depois disso ele fez outros pequenos serviços para o Junqueira, coisas como arranjar pessoas para serem laranjas do Junqueira, aparecerem onde ele não podia, emprestar o nome e contas bancárias para que o Junqueira movimentasse dinheiro, coisas do tipo.

O Cláudio deu todas as informações e, por fim, garantiu que o Kauã saberia onde o Junqueira estava escondido, pois fazia muitos serviços pra ele, inclusive contratar pessoas para o serviço sujo.

- Catarina, obrigada pelo tratamento da minha mãe. – Cláudio falou antes da sair da sala. – Eu sei que eu não presto, mas ela é uma boa mulher. Sempre gostou de você. E, se puder, me perdoe, por tudo, inclusive por não ter te contado que o mauricinho aí era o pai do Pedro.

- Como assim, Cláudio? Do que você está falando? – Perguntei sem entender.

- Logo depois daquela festa, chegou um detetive na cidade, esbarrei com ele lá no aeródromo. O playboy mandou ele ir atrás de uma mulher de vestido vermelho que tinha ido na festa. Quando ele me contou o caso eu saquei na hora que era você. Sua prima tinha visto você sair da casa da Melissa pra ia ao baile e passou uma semana me infernizando que queria um vestido igual ao seu. O cara sempre te procurou. O Junqueira me pagou pra despistar o detetive. Depois apareceram mais dois lá e eu fiz a mesma coisa. Nunca contei pra ninguém. – Cláudio ia falando e eu custava a acreditar.

- Você está dizendo que sempre soube quem era o pai do meu filho e ficou calado? – Perguntei ainda sem acreditar naquela barbaridade.

- Pois é. Mas aí, olha o que é o destino, você foi justamente trabalhar com o cara. – Cláudio concluiu.

- Sabe, Cláudio, eu espero nunca mais ter que olhar pra sua cara! – Falei e saí da sala, enquanto o delegado mandava o Cláudio se sentar de novo para esclarecer o que havia acabado de dizer que também deveria constar nas declarações.

Eram muitas informações e eu saí dali um tanto zonza com tudo o que eu ouvi. Como eu pude me enganar tanto com o Cláudio quando namorávamos? Alessandro me seguiu pra fora e me abraçou.

- Vamos sair daqui. – Alessandro me levou para o carro.

- Como eu pude namorar um tipo desses? Como eu permiti que ele me tocasse? Que freqüentasse a minha casa? – Eu estava abismada.

- Meu anjo, você era tão novinha. Todos nós cometemos erros de julgamento. O que importa é que você escolheu o cara certo pra casar e ter filhos! – Alessandro me olhava com um grande sorriso confiante no rosto e me fez rir, aliviando um pouco da tensão que eu sentia. – Assim que eu gosto! – Meu marido me deu um selinho e passou os dedos em meu rosto. – Se importa se formos ao escritório antes de voltar pra casa? Quero falar com o Alencar. – Alessandro me perguntou quando entramos no carro.

- Não, podemos ir. É bom que vejo as garotas. – Concordei.

Quando chegamos ao escritório, resolvi passar no andar da Sam para ver como ela estava, ela ainda não havia reatado com o Heitor, embora os dois se encontrassem muito em minha casa, e andava meio triste. Fiquei uns minutos por ali jogando conversa fora e tentando animar minha amiga.

- Sam, você não acha que deveria perdoá-lo? Você anda tão tristinha... – perguntei.

- Cat, eu perdi a confiança, não sei se acredito no arrependimento dele. – Samantha falou com os olhos baixos.

Alessandro me enviou uma mensagem pedindo para eu ir a sala dele, pois queria que eu participasse da conversa com o Alencar. Me despedi da Sam e caminhei para os elevadores. Quando a porta se abriu eu entrei, havia uma pessoa ali.

- Catarina! Que bom vê-la de novo. – Gustavo, do departamento de tecnologia da informação me cumprimentou. Eu me lembrava vagamente dele. O conheci no meu primeiro dia de trabalho, ele tinha me entregado o celular e o tablet.

- É Gustavo, não é? – Perguntei.

- Isso mesmo. Ainda se lembra de mim. – Ele abriu um sorriso, mas eu senti algo estranho. – Pena que não se lembrou de me avisar que estava interessada em um namorado... mas no fim, você casou com o chefe, não é mesmo.

- Desculpe, acho que eu não entendi. – Falei meio confusa.

- Quando nos conhecemos você disse que não estava interessada em relacionamentos amorosos. – Gustavo me lembrou de uma cantada estranha que ele me passou.

- Ah sim, mas as coisas às vezes saem do planejado. – Sorri pra ele. Isso estava estranho. Eu comecei a torcer para que ele saísse rápido do elevador.

- Claro, o chefe é um ótimo partido. Faria até uma freira mudar de idéia sobre a castidade. – Gustavo comentou com ironia. Eu preferi nem responder. Ele subiu cinco andares no elevador, mas pareceu uma eternidade. Quando finalmente desceu ainda fez uma gracinha: - Foi um prazer revê-la, Catarina. Se você estiver entediada na presidência, passa lá no TI, será realmente um prazer te animar. – Sua fala estava cheia de duplo sentido e eu detestei isso.

Quando a porta do elevador fechou eu respirei aliviada. Depois de cumprimentar a Manu fui para a sala do meu marido, e já estavam lá o Patrício, o Rick, o Alencar e a Mari. Alessandro contou o que tinha acontecido e tudo o que o Cláudio havia falado.

- Capiberibe? – Alencar perguntou. – Não é um sobrenome muito comum. E engraçado, me parece familiar.

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