Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque romance Capítulo 210

Quando chegamos em casa eu estava cansada e morrendo de saudade dos meus filhos. Pedro tagarelou por um bom tempo contando como ajudou a cuidar dos irmãozinhos e que eles agora estavam dormindo de barriguinha cheia.

Fui pra cama sentindo uma pontada na cabeça e tive um sono muito agitado, não por cuidar dos bebês, na verdade eles eram muito calmos e o Alessandro era um pai maravilhoso, acordava a noite e me ajudava a trocá-los e a alimentá-los. Mas eu tive pesadelos desconexos e estava com uma sensação de medo que não desaparecia.

Acordei bem cedo e com uma terrível dor de cabeça, talvez pelo dia anterior agitado, mas minha cabeça doía muito. Passei no quarto dos meus filhos e estavam dormindo, assim como o Pedro. Então fui pra cozinha tomar um café antes de engolir os comprimidos pra dor.

Eu estava na cozinha com a Lygia, quando ouvimos o baque de algo caindo na sala e fomos olhar. Quando cheguei na sala eu me arrepiei inteira de medo. O Junqueira estava de pé no meio da sala apontando a arma para uma das babás.

- Ah, olha, a putinha alpinista! – Junqueira falou apontando a arma pra mim.

- O que você quer, Junqueira? – Perguntei tentando manter a calma.

- Isso não é óbvio, Catarina? Eu quero tudo o que é do seu maridinho. Eu quero dinheiro e poder. Mas aquele cretino do Alessandro ferrou com tudo, então agora ele vai me ajudar a fugir e vai me dar muito dinheiro, dinheiro suficiente para eu viver como um rei num lugar bem longe daqui. – Junqueira falava como se o Alessandro devesse algo pra ele.

- Você é louco, Junqueira. – Falei.

- Você acha? – Junqueira usava um tom sarcástico. – Vou te dizer uma coisa, Catarina, eu não sou louco, eu sou pragmático.

- Junqueira, abaixa essa arma. – Escutei a voz do Alessandro vindo da escada e o Junqueira virou a arma pra ele.

- Olha quem nos dá a honra de juntar-se a nós, o filho da puta do Alessandro Mellendez. – Junqueira falou com os olhos brilhando de ódio. – Sabe, eu nunca entendi como você escapou daquele helicóptero. Eu tinha tudo sob controle, a sabotagem foi perfeita e eu tinha até um testamento do seu pai deixando tudo pra mim, era falso claro, mas passaria como autêntico se você não tivesse sobrevivido. Aí, olha só, eu descobri que você só sobreviveu porque estava comendo essa puta num canto qualquer daquela festa. – Junqueira gritou com raiva.

- Junqueira, abaixa a arma e vamos negociar. – Alessandro falou se mantendo calmo.

- Ah sim, claro, vamos negociar. Eu vou te falar tudo o que eu quero e você vai me dar e vai me dar agora, seu filhinho de papai de merda! – Junqueira estava transtornado. – Vocês todos, sentem-se no sofá agora.

- Junqueira, isso é entre nós dois, deixa a Catarina e as minhas funcionárias saírem. – Alessandro pediu e eu o olhei incrédula. Eu não iria a lugar nenhum.

- Eu vou te dizer, quem dá as ordens aqui sou eu e ninguém sai daqui. Agora todo mundo senta na porra do sofá! – Junqueira gritou e nós nos sentamos. Eu segurei a mão do Alessandro e ele me deu um leve aperto. – Quer saber, Alessandro, eu vou te contar uma história. Sabe como eu conheci o seu pai?

- Não tenho idéia, Junqueira. – Alessandro respondeu.

- Eu trabalhava como manobrista num restaurantezinho que ele freqüentava. – Junqueira começou a contar. – Um dia ele levou a sua mãe lá e, na hora que ela saiu do carro, um trombadinha roubou a bolsa dela. Eu corri atrás e consegui pegar a bolsa de volta, mas não peguei o trombadinha. Sua mãe era uma mulher linda, sempre foi linda, elegante, educada e gentil. Quando eu entreguei a bolsa dela ela me agradeceu muito e seu pai, me entregou um cartão, disse para eu procurá-lo na empresa. Seu avô ainda era o presidente, comandava aquilo com mãos de ferro. Mas ele me deu um emprego, eu dizia que era assistente financeiro, mas eu era só um office boy faz tudo.

- E você matou quem te ajudou. Que tipo de ser humano faz isso? – Alessandro tremeu levemente.

- Seu pai era um molengão, acreditava em todo mundo, não servia para comandar aquela empresa. Mas eu me esforcei, Alessandro, voltei a estudar e me formei. Na faculdade eu conheci a chata da Helena, sempre foi insuportável, mas ela era de uma boa família, seria um bom começo e poderia me apresentar bons contatos, além de ter educação suficiente para me acompanhar nos eventos da empresa. Comecei a namorar com ela e, como seus pais ainda namoravam, saímos juntos algumas vezes. Acabei me apaixonando loucamente pela sua mãe. Ela sim era uma mulher incrível. Eu até tentei chamar a atenção dela, mas ela estava apaixonada pelo chato do seu pai. Eles se casaram e depois eu me casei com a Helena.

- É claro que minha mãe nunca olharia pra você! Meu pai era um bom homem e você é um rato. – Alessandro estava começando a se alterar.

- Hum. Seu pai era um fraco, Alessandro. Mas eu vivia o rodeando, queria ser amigo dele para ter mais chances na empresa. E isso eu consegui. Ganhei confiança e cheguei a diretor financeiro. Seu avô já estava velho e logo logo se aposentaria e deixaria a empresa para o banana do seu pai. Eu vi uma oportunidade, comecei a planejar que, se eu fosse o melhor amigo do seu pai, eu ocuparia a vice presidência. Mas seu avô não aposentou e quando ele morreu o seu pai teve a brilhante idéia de colocar o filhinho dele, que tinha acabado de fazer dezoito anos, como vice presidente. E você era um filhinho de papai mimado que não sabia nada.

O nosso preço é apenas 1/4 do de outros fornecedores
Você poderá ler este capítulo gratuitamente em:--:--:--:--

Histórico de leitura

No history.

Comentários

Os comentários dos leitores sobre o romance: Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque