“Camilo”
Depois da visita que fiz a minha irmã fiquei pensando em como conseguir a amostra da Rita para fazer o exame de DNA. O Flávio havia me explicado as formas de conseguir, por um fio de cabelo ou um copo que ela usasse. Então fiquei pensando em como conseguir.
Cheguei a conclusão de o melhor seria ir ao covil do leão. Acordei cedo e fui para a casa da Rita, no horário que eu sabia que ela estaria na igreja, Eu nunca entendi porque ela vivia na igreja, se era uma pessoa tão má. Talvez ela só quisesse manter a pose de pessoa de bem para o resto da cidade.
- Seu Camilo, bom dia. – A empregada me recebeu e estranhou a minha presença, depois que saí dessa casa, as poucas vezes que vim foi por causa da Manu, que não estava mais aqui felizmente.
- Oi, Cida, sua patroa está? Quero falar com ela.
- Ela foi à igreja. E o menino Juliano está dormindo.
- Claro que está, aquele inútil. Vou esperar pela Rita, preciso falar com ela. – Falei e fui entrando e me sentei na sala.
- Ela vai demorar. – Cida me alertou e pareceu desconfortável com a minha presença.
- Não tem problema, eu espero.
- Seu Camilo, me desculpa, mas a patroa falou pra não permitir que o senhor entrasse na casa dela. – Essa era nova, mas não me surpreendia.
- Ah falou é?! Mas eu entrei e vou esperar por ela. Cida, você pode me trazer um cafezinho? Já que vou ter que esperar. – Cida ficou contrariada, mas não podia fazer nada, eu não iria sair dali.
Esperei que ela desaparecesse na cozinha. Eu sabia que teria que ser rápido, não tinha muito tempo. Corri até o quarto da Rita e procurei sobre a penteadeira a escova de cabelos. A encontrei dentro de uma gaveta e com cuidado desembaracei alguns fios e coloquei em um saquinho que eu havia levado. Saí dali depressa e entrei na sala no mesmo instante que a Cida.
- Onde o senhor estava? O que foi fazer lá dentro? – A Cida me questionava como se eu fosse um invasor. Eu sabia que ela era um cão fiel da Rita.
- Fui ao banheiro, Cida. Você está muito agitada com a minha presença, não acha? – A desafiei e ela fechou a cara.
- Olha, Seu Camilo, é melhor ir embora, a patroa não quer o senhor aqui. – Cida repetiu a ladainha enquanto eu pegava a xícara de café.
- Você é fiel a sua patroa, não é, Cida? – Coloquei a xícara na boca, mas só para chatear aquela chata eu cuspi o café de volta na xícara e fiz uma careta. – Nossa, que café horrível! Você precisa aprender a fazer café! Quer saber, cansei de esperar, nem um café decente a gente toma nessa casa. – Virei as costas para sair mas ainda ouvi a empregada praguejar.
- Seu moleque atrevido! É melhor não voltar aqui.
Eu não voltaria, já tinha o que precisava. Antes de ir para a empresa, passei no posto médico da cidade. Eu precisava mandar as amostras de cabelo da Rita para o laboratório. Flávio e eu havíamos preparado tudo quando eu estive lá, ele pegou um kit de exame de DNA em um laboratório, a amostra da Manu e me entregou, assim eu poderia mandar fazer a exame direto da minha cidade, sem precisar ir a Porto Paraíso, bastava eu colocar a amostra da Rita e acrescentar uma amostra minha, para que eu conseguisse pegar o resultado.
- Camilo, que novidade é essa? – Dr. Venâncio, o médico da cidade, estava na recepção, quando entrei no posto médico.
- Escuta aqui, Camilo, não volte a minha casa, lá não tem nada que te interesse, nem o seu paizinho vive lá mais. Pelo menos por enquanto, porque ele vai voltar eu te garanto. Mas você não pisa lá de novo. – Rita ameaçou e eu perdi a paciência.
Caminhei em direção a ela, a peguei pelo braço e saí a puxando para fora da minha sala, fui andando com ela se debatendo sob o meu aperto e gritando, estavam todos olhando, mas eu não a soltei e eu não parei, atravessei todo o pátio da empresa e quando cheguei ao portão, mandei abrir e a joguei do lado de fora.
- Você não volte a pisar na minha empresa! – Gritei antes de lhe dar as costas.
- Essa empresa é mais dos meus filhos do que sua! – Ela gritou de volta. – portanto, eu vou vir sempre que me der na telha.
- Não vai não. – Me aproximei dela. – Aquele inútil do Juliano não tem nada aqui e a Manu com certeza vai apoiar a minha decisão. Volta para o seu buraco, sua cobra e não volte a pôr os pés aqui.
- Vamos ver quem ganha essa batalha, Camilo. – A Rita ainda gritou antes que o portão fosse fechado atrás de mim.
Dei ordem a todos, proibindo a entrada daquela megera ali e depois informei o eu pai, avisando que também não queria o Juliano ali. Meu pai apenas concordou, ele sabia que eu estava agindo bem.
N.A.:
Queridos, como prometido, final de semana com capítulos extras. Agora nós temos que esperar esse DNA. Será que a Manu não é filha da Rita? Obrigada por estarem nessa jornada comigo e esse casal.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque
Está sempre a dar erro. Não desbloqueia os capitulos e ainda retira as moedas.😤...
Infelizmente são mais as vezes que dá erro, que outra coisa......