“Alessandro”
Eu fiquei atônito sentado naquela sala vendo a Catarina sair correndo depois de me beijar como se não pudesse viver sem mim. Eu fiquei confuso por um momento olhando para aquela porta.
Só quando o Patrício e o Heitor entraram é que eu voltei a raciocinar. Ela me beijou, ela retribuiu o meu beijo. E eu conheço o corpo dela, ela vibra em meus braços. Ela me quer assim como eu a quero. Sorri com essa certeza e estava ainda mais decidido a não desistir dela.
- Catarina saiu como um raio daqui, Alessandro. – Heitor comentou.
- Ela me ama, está com raiva, magoada, mas me ama. – falei sorrindo.
- Tá bom, Romeu, mas o que foi que aconteceu? – Patrício era muito curioso.
- Nós nos beijamos. E que beijo. Eu tenho certeza que ela me ama. Eu nunca vou desistir dela. – Falei para meus amigos.
Pelo resto da tarde tentei ligar para Catarina. Ela recusou todas as chamadas, até que na última vez que liguei caiu direto na caixa postal. Ah, mas ela não ia se livrar de mim tão fácil assim não.
Saí do escritório decidido a ir pra casa dela. Nós precisávamos conversar. Ela ia me ouvir, nem que eu precisasse ficar gritando na rua. Ela precisava me dizer o que sentia, descarregar a raiva toda para poder me perdoar.
Me lembrei que o Pedro gostava muito de blocos de montar, passei no shopping e comprei uma caixa enorme para levar pra ele, eu senti saudade do garoto, quando o conheci nos demos muito bem e ficamos brincando por muito tempo. Ele é tão inteligente, esperto e muito comunicativo. Eu havia prometido voltar para brincar com ele outras vezes. Eu queria cumprir minha promessa, então comprei o brinquedo.
Passando por uma loja de chocolates eu decidi entrar e comprar uma caixa enorme, quem sabe adoçavam o coração da minha Catarina.
Quando cheguei em seu prédio me identifiquei na portaria e já disse ao porteiro para avisá-la que se não me recebesse eu ficaria gritando o nome dela na rua. O senhor olhou pra mim divertido e comentou:
- Fez uma bobagem das grandes, hein, rapaz?
- O senhor nem imagina.
- Posso dar um conselho de um homem mais vivido?
- Claro.
- Peça perdão na mesma proporção da bobagem que você fez. Seja persistente. A Catarina é uma boa moça, vale a pena lutar por ela. – Ele bateu em meu ombro e ligou para o apartamento dela dando o meu recado em tom divertido. – O senhor pode subir. Mas vou lhe adiantar, ela está muito brava.
- Vou seguir seu conselho. E tentar acalmar a fera com chocolates.
Deixei o porteiro gargalhando e fui para os elevadores. Quando cheguei a porta do apartamento dela tive uma idéia ridícula, mas fazia sentido. Como o porteiro disse, eu começaria a pedir perdão na mesma proporção da bobagem que fiz. Eu fui um ridículo sem noção com ela, então seria um ridículo sem noção pedindo o perdão dela.
Toquei a campainha e rapidamente me ajoelhei, fiz a minha melhor cara de cachorro abandonado e segurei a sacola com a caixa de chocolates na frente do meu rosto.
Quando a porta foi aberta, escutei a gargalhada da Melissa vindo de dentro do apartamento e ouvi a voz da Catarina:
- Meu deus, Alessandro! Não seja ridículo! – pegou a sacola de chocolates da minha mão, olhou para a minha cara e revirou os olhos. – Eu não vou recusar os chocolates, mas isso não significa nada.
Ela me deu as costas e foi caminhando para dentro do apartamento deixando a porta aberta. Ouvi o Pedro gritar meu nome e correr para os meus braços antes que eu pudesse me levantar. Eu me derreti abraçando aquele moleque. Como pode eu gostar tanto de uma criança que eu só vi duas vezes? Mas é claro, era o filho da Catarina, o amor da minha vida, era lógico que eu o amasse, era parte dela.
- Pedrinho, meu amigão, que saudade! Como você está? – perguntei totalmente focado naquele garoto lindo.
- Tô bem, Alessando. E voxê? – ele me olhava com aqueles olhões que refletiam a cor dos meus próprios olhos e um sorriso enorme no rostinho de anjinho dele. – Veio bincá comigo, veio?
- É claro que eu vim. Eu disse que viria. E olha só o que eu trouxe pra você. – falei entregando o embrulho de presente.
- É pá mim? – perguntou com os olhinhos brilhando. Eu fiquei tão emocionado com ele naquele momento.
- É claro que é pra você. Vamos abrir?
- Siiiiimmmm. – Ele gritou todo empolgado. – Vem, Alessando, vem. – Me levantei e entrei fechando a porta.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque
Está sempre a dar erro. Não desbloqueia os capitulos e ainda retira as moedas.😤...
Infelizmente são mais as vezes que dá erro, que outra coisa......