Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque romance Capítulo 532

“Flávio”

Manu estava dormindo tão tranquila que achei melhor não acordá-la. O dia já estava clareando quando fomos dormir. Mas eu tinha muita coisa na cabeça e não consegui pregar os olhos. Cheguei na cozinha e encontrei o Camilo e a Olívia falando baixinho.

- Olha, Oli, as olheiras desse homem. – Camilo riu ao me ver.

- É, cunhado, sua irmã acaba comigo. – Brinquei e o sorriso morreu na boca dele.

- Me poupe dos detalhes sórdidos! – Camilo reclamou fingindo irritação. – Pelo menos vocês não fizeram muito barulho essa noite. – Eu não pude deixar de rir, lembrando do esforço da baixinha em manter a boca fechada.

- Cadê a Manu? – Olívia me estendeu uma caneca de café.

- Dormindo. Ela está meio cansada. – Sorri para o Camilo que bufou.

- Ótimo, porque nós temos que conversar. – Olívia parecia preocupada.

- O que foi? – Perguntei.

- Minha mãe me ligou. A mulher que trabalha na casa dela é a amiga da mulher que trabalha na casa do Cândido, o pai do tal noivo que a Rita insiste em empurrar pra Manu. – Olívia explicou e eu aquiesci, seguindo o seu raciocínio. – Acontece que a mulher escutou uma conversa do Cândido com um amigo dele, ele contou para esse outro homem que vai se casar com a Manu, que a Rita vai levá-la de volta e que ela vai se casar com ele. Com ele e não com o filho. – Olívia frisou.

- Puta que pariu! – Bati a caneca na pia, eu estava roxo de raiva e a Olívia me fez sinal para falar baixo. – Essa mulher não tem um pingo de bom senso?

- Ela é uma demônia, Flávio. – Olívia falou. – Nós não sabemos se devemos contar isso para a Manu, achamos melhor que você decida.

- É uma grande merda! – Bufei. – Essa mulher não vai desistir.

- Não vai não. – Camilo respirou fundo. – O pior é que agora ela tem um bom aliado, pois se o Cândido está tão interessado assim na minha irmã, ele vai ajudar a Rita.

- Temos que arrumar uma solução pra isso e rápido. – Eu só via um jeito de acabar com essa história de quererem obrigar a Manu a casar.

- Você tem alguma idéia? – Olívia me olhou.

- Sim. Eu vou me casar com a Manu. – Falei.

- Ela não vai aceitar se casar só para evitar outro casamento. – Camilo falou calmamente.

- Porra, Camilo, você acha mesmo que eu quero me casar com a sua irmã só por isso? – Fiquei meio bravo com ele, eu amava a Manu e pra mim nós já estávamos unidos de uma forma muito maior do que um casamento.

- Eu sei que não, mas a Manu é meio teimosa, se ela souber de tudo ela não se casa com você, pois vai pensar que você quer se casar só por causa da mãe dela. – Camilo explicou e eu percebi que precisaria ter cuidado para fazer as coisas. – E se ela descobrir depois, vai ficar remoendo a mesma coisa.

- Não, dessa vez nós vamos fazer diferente. – Olívia falou. – Eu vou trazer o material e vou levar em dois laboratórios diferentes. Eu estou com a pulga atrás da orelha, uma idéia que passou pela minha cabeça.

- Como assim, Oli? – Foi a vez do Camilo perguntar.

- Aquela menina que trabalha lá no posto médico é uma interesseira e uma fofoqueira. Algo me diz que de alguma maneira a Rita ficou sabendo sobre esse exame. – Olívia era esperta, mas eu não conseguia entender onde ela queria chegar.

- Acho que eu não estou entendendo. – Falei e o Camilo concordou.

- Gente, a Rita é uma demônia, se ela descobriu sobre esse exame ela com certeza deu um jeito de mexer os pauzinhos e conseguir um resultado que lhe interessasse, isso explicaria o resultado do exame com o qual a gente não concorda. – Olívia tinha um argumento, mas eu não imaginava como a Rita poderia ter influenciado no resultado.

- Olha, eu não vejo como a Rita poderia fazer isso, mas eu concordo que é uma boa idéia refazer o exame em dois laboratórios. – Concordei.

- Então estamos todos de acordo. – O Camilo concluiu.

- Estamos de acordo com o quê? – Manu entrou na cozinha, quase nos pegando no flagra e fazendo que deixássemos o assunto de lado.

- Que a Oli e eu vamos ficar mais um dia com vocês. – Camilo respondeu e a Manu abriu um sorriso radiante. Mas o Camilo não ia deixar de provocar a irmã, ele se aproximou dela e olhou em seus olhos. - Eu ouvi, Manu, a noite inteira eu ouvi!

Manu ficou desconcertada, vermelha como um tomate, e todos nós caímos na risada.