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Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque romance Capítulo 565

“Camilo”

Que noite infernal que nós passamos. Meu pai estava arrasado, a Olívia estava nervosa, o Flávio estava a ponto de explodir. Nenhuma notícia da Manu até agora e já era meio do dia. Os policiais saíram durante a madrugada para patrulhar a cidade e verificar os endereços que eu passei das propriedades do Cândido, mas o Flávio ainda não tinha dado notícia.

Nem meu pai e nem eu conseguimos ir para o trabalho, eu não tinha cabeça para a empresa, apenas informei a secretária que era para adiar tudo. Meu celular tocou, olhei no visor e era o próprio demônio me ligando. Atendi no viva voz para que meu pai e a Olívia pudessem ouvir, mas fiz sinal para que ficassem em silêncio.

- O que você quer, Rita? – Perguntei ao atender.

- Ora, falar com você, lógico, pra quê que se liga para uma pessoa? – Ela estava bancando a esperta comigo.

- Rita, eu não tenho tempo e ainda que tivesse, não perderia falando com você. – Testei para ver o que ela falaria.

- Pois eu se fosse você arrumaria tempo. Estou te esperando na minha casa. – Ela falou e simplesmente desligou o telefone.

- Você não vai sozinho! – Meu pai falou antes que eu falasse qualquer coisa.

- Vou ligar para o Flávio. – Suspirei e fiz a ligação.

O Flávio decidiu que seria melhor ir comigo até a casa da Rita. Ele e o Breno voltaram e uma hora mais tarde nós três entramos na sala da casa da Rita.

- Eu odeio esse lugar! – Falei mais para mim do que para ele.

- Arrumou tempo, não é, Camilo. – A Rita entrou na sala com um sorriso debochado. – E olha, trouxe os amiguinhos. Como está a minha filha, delegado? – A Rita era uma dissimulada. O olhar do Flávio para ela era mortal.

- Fala logo o que você quer, Rita? – Eu estava sem paciência e me sentia sufocado naquela casa.

- Quero saber o que você fez com a herança da Manuela. – É claro que ela queria.

- Protegi de você. Nem que você obrigue a minha irmã a assinar um papel perante um juiz, nem assim você conseguirá colocar as mãos no que é dela. Ah, e para que você não tenha dúvida, o dinheiro da conta dela já foi transferido para uma conta em meu nome também. Ou seja, Rita, a Manuela não tem nada. – Falei tentando manter a calma.

- Seu cretino! – A Rita praguejou, mas depois riu. – Que pena que você não conseguiu proteger a ratinha assim como protegeu o dinheiro.

Nesse momento o Flávio perdeu a paciência e avançou sobre a Rita a segurando pelo pescoço.

- Escuta bem, você não tem idéia de com quem está lidando, é melhor falar logo onde está a Manuela. – Flávio apertava o pescoço da Rita que já estava ficando sem ar.

- Flávio, calma, eu sei que é difícil, mas solta essa mulher. – O Breno interviu. – Não vale a pena, Flávio.

Lentamente o Flávio soltou o pescoço da Rita. Ela tossiu e passou a mão pelo pescoço.

- Você nunca mais vai colocar os olhos sobre ela. – A Rita falou enquanto tossia. – Saiam daqui! SAIAM! – Ela gritou e eu me aproximei dela.

- Quanto você quer, Rita? Quanto você quer para libertar a minha irmã e deixá-la em paz? – Ela me olhou com um sorriso demoníaco.

- Você está disposto a pagar, Camilo? Pois eu quero tudo o que é dela, cada centavo. Esse é o preço. É isso ou vocês nunca mais vão vê-la. – Rita não estava de brincadeira.

Meu celular começou a chamar, era a Olívia. Eu não queria atender naquele momento, mas ela insistiu.

- Ah, pois é dela mesma que a gente veio falar. – Dona Teresa se adiantou.

- Como assim? – Perguntei.

- Sr. Camilo, eu tenho quase certeza de que vi a moça. – O Jeferson falou e eu me concentrei nele. – Olha, me desculpa não ter vindo antes, mas eu não sabia onde vocês moravam e eu não encontrei o senhor na empresa, precisei sair perguntando pela cidade.

- Onde você a viu? – Perguntei.

- Então, foi ontem à noite, eu estava chegando da faculdade, devia ser por volta de meia noite, por aí. A gente mora lá pelos lados do sumidouro, e eu sempre passo em frente ao sítio que tem lá que parece abandonado. O senhor sabe onde é? – Jeferson falava, tentando explicar, mas eu só queria que ele falasse logo.

- Acho que sei sim. É aquele no final da rua? – Perguntei.

- Sim, lá mesmo. Eu passei por lá e vi o Sr. Cândido com uma moça e mais dois homens, parecia muito a moça da foto que o senhor mostrou, mas só tinha a luz que vinha da casa acesa, então eu não tenho certeza. Mas eu achei estranho e hoje de manhã eu passei por lá e dei uma olhada e vi aquela mulher entrar lá, a tal de Rita. Aí eu fui correndo para a sua empresa, mas a secretária disse que o senhor não foi trabalhar e não podia me dar o seu endereço e nem o seu telefone. – Jeferson estava certo, só podia ser a Manu.

- Breno, chama a equipe toda de volta. – Flávio falou. – Eu estou indo pra esse lugar, vocês me encontram lá.

- Olha, Sr. Flávio, não acho que deva ir sozinho não. Tem dois capangas do Sr. Cândido de guarda lá. E eles estão armados. – O Jeferson alertou.

- Flávio, nós já sabemos onde ela está, vamos com a equipe. Seja racional, pense como um delegado, por mais difícil que seja. – Breno tentava conter o Flávio que parecia incontrolável.

- Está bem! – Flávio respondeu. – Breno, reúne a equipe e descobre como a Rita foi até lá e ninguém se deu conta. Quero que alguém continue vigiando a casa dela também.

Demorou mais de uma hora para que todos chegassem e se organizassem, o Flávio parecia um animal enjaulado de tão nervoso. Quando eles finalmente saíram, não me deixaram ir junto, fiquei ansioso e preocupado.

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