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Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque romance Capítulo 566

“Manuela”

Eu estava encolhida naquele sofá, chorando e pedindo por um milagre. Meu corpo inteiro já doía, da surra que eu levei da Rita mais cedo. Mas, para minha tristeza, a Rita não demorou muito a voltar. Provavelmente já sabia o que queria e voltou para me aterrorizar mais uma vez.

- Voltei, ratinha! E adivinha só, o seu irmãozinho Camilo quer negociar comigo. – Ela sorriu satisfeita. – Sabe o que significa? Significa que eu vou ter tudo o que eu quero.

Ela riu e me deu mais um tapa no rosto.

- Sabe, Manuela, eu vou sentir falta de te bater, é tão relaxante. – Ela riu e me deu outro tapa.

Mas ela não estava satisfeita, ela nunca estaria. Ela se sentou de frente pra mim e cruzou as pernas.

- Sabe, Manuela, cuidar de você todos esses anos foi a coisa mais chata e cansativa que eu já fiz na vida. – Ela olhava as unhas.

- Você nunca cuidou de mim. – Já que ela estava sendo sincera, eu também seria.

- Quê isso, garota? Não seja atrevida. – Rita riu. – Sabe, a minha maior felicidade foi quando fiquei grávida do Juliano, dele sim eu sempre cuidei com carinho, ele é o meu filho amado. – Os olhos dela brilharam ao falar do Juliano. – Você, você foi só um meio de conseguir o que eu queria. O dinheiro do Orlando. Foi só por sua causa que o Orlando se casou comigo. E vou te falar uma coisa, ficar casada com ele todos esses anos foi uma chatice!

- Meu deus, como você é mesquinha! – Falei olhando a verdadeira face da mulher que eu chamei de mãe a vida inteira.

- Mesquinha? Não, eu apenas tenho prioridades. – Ela suspirou. – E você nunca foi uma delas, nem o seu pai. – Ela se levantou e caminhou de novo em minha direção.

- Tudo isso foi por causa do dinheiro dele? – Perguntei. – Você só se casou com ele por causa do dinheiro?

- Lógico! Vou te ensinar uma coisa, casamento é um negócio, você precisa saber escolher um bom marido para te sustentar. – Eu não podia acreditar no que estava ouvindo.

- Minha nossa! Você não tem dignidade, não tem caráter, não tem vergonha na cara! – Tão logo fechei a boca senti suas unhas agarrarem os meus braços.

- Não fala assim comigo! – Ela me olhava com ódio, um ódio que era gratuito.

- Por quê você me odeia tanto? – A encarei. Seus olhos pareciam vidrados e ela afundou ainda mais as unhas na carne do meu braço e puxou pelo comprimento, me deixando cortes que sangravam, de tão profundamente que suas unhas cravaram.

- Eu te odeio? É, eu te odeio, não vou negar. Te odeio porque você é a cara dela e ele nunca a esqueceu, mesmo ela estando morta há tanto tempo, ele ainda a ama. Te odeio porque você faz todos te amarem, igualzinho a ela. Te odeio porque aqueles velhos deixaram o meu dinheiro pra você. – A Rita parecia estar alucinada.

- Você ainda não se deu conta? Ah, será que eu conto? Ou será que eu não conto? Ah, estou me sentindo generosa, vou te contar. – Rita riu. – Mentira, eu não sou generosa.

- Você é o próprio demônio, Rita! – Lamentei cada vez que eu chamei aquela mulher de mãe. Lamentei ter chorado por ela e ter sofrido por ela não me amar. Lamentei por cada dia que eu a suportei. Mas agora ela colocaria fim a tudo isso, pois eu tinha certeza que eu não sairia viva dali.

- É, talvez eu seja. Ah, cansei! Já conversamos demais. Viu como é bom falar e ouvir? Agora você vai assinar a procuração para que eu case você com o Cândido. Só falta isso. Anda. – Ela colocou a pasta sobre a mesa e me mandou assinar.

- O que você ganha com esse casamento? – Me arrisquei a mais uma pergunta, embora eu já fizesse uma idéia.

- O que você acha? Dinheiro, ratinha. Bastante dinheiro. E eu estou precisando porque o seu paizinho me deixou sem nada. Agora anda, assina essa procuração que eu vou ao cartório casar você e mais tarde o seu maridinho vem para a noite de núpcias. – A Rita gargalhou e isso despertou uma fúria em mim. Eu nunca me casaria com o Sr. Cândido. Eu me curvei, peguei o papel, o rasguei e joguei no chão.

- Mas nem morta! – Eu falei e ganhei mais um tapa no rosto.

Ela me pegou pelos cabelos, me jogou no chão e com as duas mãos rasgou o fino tecido do meu vestido, deixando minhas costas expostas, pegou o chicote e começou a desferir golpes com toda a força. A cada chicotada um grito cortante saía da minha garganta. A dor nas minhas costas era lancinante. Não sei por quantas vezes o chicote cortou a minha pele, não sei quanto tempo eu resisti, mas minhas forças estavam se esvaindo.

- RITA! – Ouvi o nome dela ecoar pela sala numa fração de segundos antes que eu desmaiasse. Era a voz do Sr. Cândido, foi a última coisa que o meu cérebro registrou.

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