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Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque romance Capítulo 567

“Flávio”

Chegamos ao lugar que o Jeferson indicou. Era um pequeno sítio no limite da cidade. A casa mais próxima estava à duzentos metros de distância, mas na lateral se percebia uma rua estreita de terra batida que chegava até a rodovia, provavelmente era por ali que o rapaz passava voltando da faculdade e por isso viu a movimentação.

Ao estacionarmos a certa distância, ainda pudemos ver o tal Cândido entrando na casa. Rapidamente cercamos aquele lugar inteiro e entre estacionarmos e os capangas estarem rendidos não demorou cinco minutos. Então adentramos a casa. A porta estava destrancada, a empurrei e vi o Cândido e a Rita de pé na sala.

- O que você fez, Rita? – Ele gritava com ela no momento em que abrimos a porta.

- Vocês dois, mãos para cima, caminhem devagar para a parede. – Falei alto.

- Mas que palhaçada é essa? Quem são vocês? – O Cândido perguntou e enquanto ele prestava atenção em mim, dois policiais chegavam por trás e rendiam a ele e a Rita, que abriu um sorriso frio.

- Polícia, seu animal! – Respondi e me aproximei.

Com a Rita e o Cândido rendidos nós reviramos aquela casa. Não havia sinal da Manu, mas eu tinha certeza de que ela havia estado ali, pois havia embalagens de comida, uma cama desfeita e sinais de ocupação numa casa desabitada ao que parecia ser muito tempo. Voltei para a sala desesperado.

- Onde ela está? – Peguei o Cândido pela gola da camisa.

- Calma, rapaz! Eu não sei do que você está falando. – Ele tinha um sorrisinho irônico no rosto.

- É claro que você sabe! – Eu estava com ódio.

- Não, não sei. Agora me solte. Você não tem idéia de com quem está mexendo. Eu vou denunciar todos vocês por essa palhaçada. – Cândido estava calmo, calmo demais.

- Eu não estou para brincadeira. Onde está a Manuela? – Perguntei sem afrouxar o aperto.

- Você é o namoradinho. – Ele afirmou, me desafiando. – Olha, rapaz, eu não sei da Manuela, estava aqui justamente querendo saber da Rita quando a minha noiva vai voltar pra casa.

- Sua noiva é o caralho! – Perdi a noção e dei um murro na cara dele, que caiu no sofá rindo.

- Nervosinho você! – Ele passou a mão no queixo e se ajeitou no sofá. – Pode procurar, olhe por toda a propriedade e veja se encontra algum sinal dela. Você não vai achar nada! Então, essa palhaçada aqui não passa de abuso de autoridade. Acho melhor vocês saírem da minha propriedade antes que eu denuncie vocês.

Nesse momento o Breno apareceu na porta de entrada e me fez um sinal. Algo estava acontecendo do lado de fora. Olhei para aqueles dois à minha frente e lamentei não poder prendê-los.

- Vamos senhores, ela não está aqui. Mas eu vou ficar de olho em vocês dois. – Chamei os policiais e saí da casa.

Do lado de fora avistei uma viatura que não era do nosso comboio e vi o delegado que nos dava apoio conversando com outro homem. O Breno chegou ao meu lado.

- Você sabe que deveria ter me avisado, colega, você está na minha cidade. – O homem reclamava.

- Ah, Flávio, esse é o delegado Rogério. Ele é o delegado da cidade e está chateado por não termos procurado por ele. – O outro delegado me informou.

- Mas nós não tínhamos que procurar por ele, Albano! – Respondi ao delegado que me acompanhava sem tirar os olhos do outro.

- Foi o que eu disse.

- Mas é o mínimo de cortesia, vocês estão no meu território. – O delegado Rogério reclamou.

- Perfeitamente! Ele está por aí?

- Está sim. Acabou de interferir numa batida e quer nos impedir de continuar as buscas.

- Me deixe falar com ele. – Passei o celular para o delegado Rogério que estremeceu quando viu o secretário no vídeo. – Delegado, quero você e os seus policiais fora do caminho do delegado Moreno. O caso que eles estão investigando é extremamente importante.

- M-mas, secretário? – O delegado Rogério talvez tenha se dado conta de que mexeu com a pessoa errada.

- Sem mas. Vocês estão fora disso ou eu vou até aí e te removo para uma cidade ainda menor do que essa e acabo com qualquer chance sua de promoção. Eu sou o seu chefe e estou dando uma ordem, desobediência não cairá bem na sua ficha funcional. – O secretário falou e o outro fez uma careta. – Entendeu?

- Sim, senhor, cumprirei suas ordens. – O delegado aceitou e me devolveu o celular.

- Flávio, se precisar me ligue. – Me despedi do secretário e a chamada foi encerrada.

- Agora saia do meu caminho, delegado, e se eu vir o senhor ou algum dos seus homens por perto, o senhor terá problemas. – Avisei e me afastei.

- Flávio, você a encontrou? – Albano perguntou ao me alcançar.

- Não. Precisamos manter vigilância sobre esses dois, eu tenho certeza que eles a tiraram daqui. – Comentei.

- Vou dar ordem aos meus homens. Vamos voltar para a casa do seu cunhado, tenho uma coisa para te contar.

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