“Flávio”
Voltamos para a casa do Camilo depois de falar com aquela mulher, a irmã da madrinha da Rita. Foi uma conversa difícil, o Sr. Orlando ficou desolado com tudo o que lhe foi revelado. Confesso que era uma trama das mais perversas que eu já vi na vida, cada coisa que aquela senhora contou era surpreendente e inacreditável. O Sr. Orlando fez todo o caminho de volta em silêncio, estava completamente perdido nos próprios pensamentos. Aproveitei para saber com o delegado Albano se tinha alguma novidade e eles ainda não sabiam de nada, nem a mínima idéia de onde a Manuela poderia estar.
- Pai! Flávio! Como foi? – Camilo nos recebeu e parecia ainda mais aflito.
- Camilo, foi difícil, mas ainda não temos nenhuma pista sobre a Manu. – Falei enquanto me sentava. Camilo me olhou desanimado.
- Eu confesso que tinha esperança de que vocês iriam encontrá-la. – Camilo lamentou. – O jeito vai ser fazer o que a Rita quer.
- Como assim? – Olhei para ele curioso.
- Ela esteve aqui, fazendo exigências para dizer onde a Manu está. – Camilo deixou o corpo cair na cadeira ao meu lado.
- O que essa ordinária quer? – O Sr. Orlando finalmente falou.
- Uma pensão vitalícia que ela estipulará o valor, e será alto, e dez por cento da empresa. Foi o que eu consegui negociar, porque ela queria muito mais. – Camilo olhou para o pai desanimado.
- Faça o que ela quiser, mas traga a sua irmã pra casa. – O Sr. Orlando decretou.
- O que aconteceu nesse lugar em que vocês foram, sogro? – Olívia, que observava tudo de lado, notou a tensão do sogro.
- A verdade, Olívia, aconteceu que eu descobri toda a verdade. Uma verdade que esteve debaixo dos meus olhos todos esses anos. – O Sr. Orlando suspirou e quando ia começar a falar o interfone da casa tocou e Olívia foi atender.
- Quem é, Oli? – Camilo perguntou quando a esposa colocou o interfone no gancho e ela nos olhou sorrindo.
- Reforços de milhões! – Olívia se limitou a dizer e foi abrir a porta.
De repente a casa foi invadida por um falatório e vários rostos conhecidos estavam diante de mim.
- Delegado, fala pra mim que você está sentado aqui porque já encontrou a chaveirinho. – Melissa era a mais ansiosa dos nossos amigos que estavam ali diante de mim.
Chegaram todos juntos, Alessandro e Catarina, Heitor e Samantha, Rick, Lisandra, Nando e Melissa. Estavam todos me olhando ansiosos, todos preocupados com a Manu. Eu olhava pra eles sentindo uma enorme gratidão por tê-los ali.
- Gente, por favor, calma. Nós ainda não encontramos a Manu, mas tem uma equipe grande de policiais procurando. – Falei e senti a mão do Alessandro no meu ombro.
- Como você está, Flávio? O que nós podemos fazer? – Alessandro sempre se colocava pronto para ajudar em tudo, eu senti um alívio por ter esse apoio naquele momento.
- Eu estou péssimo, Alessandro, você sabe exatamente o que eu estou sentindo. Vocês podem me ajudar a pensar, talvez nós estejamos deixando passar alguma coisa. – Falei.
Olívia se adiantou em apresentar todos para o Sr. Orlando que ficou emocionado em ver que a filha tinha tantos bons amigos. Ele também ficou muito feliz em ver a minha irmã, os dois tinham se dado bem quando se conheceram e a Lisandra logo tratou de distraí-lo.
- Olha, o PH queria vir, mas ele tinha prova na faculdade. Eu disse que daria notícia. – O Rick avisou. Eles tinham ficado amigos de balada, como a Lisa vivia dizendo.
- Eu só quero saber uma coisa. – Melissa olhou para a Olívia. – Onde a cascavel mora? Eu vou dar uma lição nela.
- Pois eu vou te ajudar, Mel. – Olívia estava mais do que disposta e eu sabia bem como eram as lições da Melissa, ela ia acabar com a Rita.
- Garotas, nós não podemos deixar a Rita com raiva agora, não podemos correr o risco dela não falar onde a Manu está. – Camilo ponderou.
- Ah, mas ela vai falar, Camilo, isso eu te garanto. – Samantha estava apoiando a idéia louca da Melissa.
- Meu deus, tropa, vocês já estão pensando em torturar a mulher? – Alessandro olhou para as garotas preocupado.
- Aquilo não é uma mulher, Alessandro, aquilo é uma demônia! – Olívia concluiu e nos fez rir da situação. Mas eu confesso, estava querendo eu mesmo dar uma lição naquela demônia.
- Olha só, garotas, eu tenho uma idéia melhor por enquanto, vamos sair pela cidade e procurar a Manu. Talvez, Flávio, a Rita a tenha escondido na casa de alguém de confiança. – Rick falou e eu percebi o furo que dei.
- Não, Rita, gangue quem tem é você que é bandida. Eu sou uma mulher de bem, tenho amigas. Aliás, todas amigas da Manu também. – Olívia respondeu sem abaixar a cabeça.
- Me diz, bandida, suas amigas sabem que você sequestrou a Manu? – Melissa ligou a metralhadora e agora eu sabia que ela ia jogar todos os podres da Rita em praça pública.
- Quem é você para se meter entre a minha filha e eu? – Rita respondeu beligerante.
- Filha? Que filha? A Manuela não é sua filha. Conta para as suas amiguinhas carolas que você enganou o meu sogro fingindo que estava grávida e roubou um bebê, que fez passar por seu, só pra obrigar o Sr. Orlando a se casar com você. Anda, pilantra, fala a verdade uma vez na sua vida. – Olívia provocou.
A essa altura, as garotas já estavam fazendo um escarcéu tão grande que a praça da igreja começou a ficar cheia de gente e quanto mais gente aparecia, mais as garotas pareciam se divertir.
- Venham, venham todos, hoje é o dia de tirar a máscara da demônia da cidade! – Catarina gritava a plenos pulmões, convidando os locais para assistirem ao tumulto.
- Meu deus, essas mulheres são loucas! – Camilo olhava incrédulo para a bagunça que elas faziam.
- Anda, Rita, conta pra todo mundo que você era amante do Cândido e que o Juliano não é filho do Sr. Orlando. – Melissa provocou. – Fala sério, eu estou chocada com a sua capacidade de mentir, Ritinha! – Melissa colocou a mão no coração com a melhor expressão de choque que eu já vi.
- Rita, do que essas moças estão falando? – Uma senhora mais velha que compunha o grupo das carolas da Rita exigiu.
- São um bando de loucas, Hilda! – Rita se limitou a responder.
- Loucas nós podemos até ser, mas mentirosas não! – Catarina respondeu.
- Anda, Rita, fala logo onde está a Manuela. – Olívia exigiu.
- Sua modelete de quinta! – Rita estava espumando de raiva.
- Mas que balbúrdia é essa aqui na minha cidade. – Chegou quem faltava, o delegado corrupto que andava a mando da mulher.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque
Está sempre a dar erro. Não desbloqueia os capitulos e ainda retira as moedas.😤...
Infelizmente são mais as vezes que dá erro, que outra coisa......