“Flávio”
Enquanto o Rick dirigia loucamente de volta para a cidade eu peguei o meu celular para ligar para o delegado Albano, mas o meu telefone havia descarregado e eu não tinha percebido. Camilo me emprestou o dele e eu fiz a ligação, pois por sorte o Camilo havia salvo o número do Albano no seu próprio celular.
- Albano, aqui é o Flávio. – Falei assim que ele atendeu.
- Flávio, que bom que você ligou. Eu não consegui falar com você. Já sabemos onde está a Manuela, estamos a caminho. – Albano me informou.
- Que bom! Liguei justamente por isso. Nos encontramos no cartório então. – Eu já ia desligar, quando ouvi a pergunta do Albano.
- Que cartório? Flávio, nós estamos indo pra grota, a Manuela está escondida numa casa lá. – Albano explicou.
- Quem passou essa informação pra você? – achei estranho.
- Foi um dos policiais da cidade. Ele veio até mim e disse que o delegado está ajudando o Cândido, mas que ele não concordava, enfim, me deu a informação, inclusive está nos acompanhando. Aliás seus amigos também estão nos acompanhando.
- Não, Albano, a Manuela está no cartório da cidade. O tal Cândido vai obrigá-la a se casar com ele, agora. Isso foi um armação para nos tirar da cidade. – Falei desesperado.
- Você tem certeza? – Albano insistiu.
- Sim, nós chegamos à casa onde a Manuela estava e a mulher nos contou. Eu tenho certeza que ela disse a verdade. Volta para o cartório o mais rápido possível, te encontro lá. – Me despedi e encerrei a chamada, torcendo para conseguir chegar no cartório a tempo. – Rick, acelera ao máximo esse carro.
Rick afundou o pé no acelerador até o fundo, eu esperava que nós não sofrêssemos um acidente antes de chegar, pois precisávamos chegar a tempo no cartório. E quando chegamos, antes que o Rick estacionasse, eu já estava pulando do carro e correndo para dentro.
- Onde eles estão? – Os funcionários me olharam confusos, mas eu percebi um que desviou os olhos e fui até ele. – CADÊ ELES, PORRA!
O rapaz apenas me apontou uma porta. Ela estava trancada, mas eu a arrombei com um pontapé. A porta cedeu com um estrondo e o que eu vi ali me enfureceu ainda mais, se é que era possível.
O Cândido estava de terno branco sentado ao lado da Manuela, que se debatia segurada por um capanga do Cândido enquanto a que injetava alguma coisa em suas veias. De frente para a cena estava um senhor de terno que certamente era o tabelião, ele observava tudo calmamente. Quando eu arrombei a porta, todos olharam confusos, mas a Rita acabou de injetar seja lá o que for na Manuela, que parou de se debater. A Rita se virou para pegar outra seringa e antes que ela pudesse enfiar a agulha na Manuela outra vez eu segurei sua mão. O Rick e o Camilo haviam entrado logo atrás de mim e pareciam não saber o que fazer.
- Camilo, tira a Manu daqui agora e a leve ao hospital, a Rita injetou alguma coisa nela! – Gritei pra ele enquanto algemava a Rita e a jogava ao chão. – Rick, fica de olho nessa cascavel e segura isso aqui com cuidado, precisamos levar para saber o que essa ordinária aplicou na Manu.
Me virei e vi o Cândido saindo de fininho. Era um covarde mesmo! Seu capanga ia logo atrás e o tabelião estava encostado na parede secando o suor do rosto com um lenço.
- Quietinho aí, Cândido, nem um passo. – Engatilhei a minha arma e dei um tiro de aviso. O Cândido se virou e sorriu.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque
Está sempre a dar erro. Não desbloqueia os capitulos e ainda retira as moedas.😤...
Infelizmente são mais as vezes que dá erro, que outra coisa......