“Flávio”
Saí da delegacia e fui direto para o hospital, que ficava na mesma cidade. Cheguei e as garotas estavam conversando animadas e fazendo planos. Catarina contava sobre as peripécias dos quadrigêmeos, que haviam ficado aos cuidados dos avós.
- Ah, já voltou, Flávio?! – Melissa pareceu decepcionada com a minha chegada, ela estava acabando de pintar as unhas da Manu, que, pelo que pude ver, ainda não havia acordado.
- O que você está fazendo, maluca? – Perguntei e ela sorriu.
- Pintando as unhas da Chaveirinho. Com tudo o que ela passou, ela precisava de uma nova esmaltação. – Melissa borrifou um spray nas unhas da Manu enquanto falava.
- Ficou bom. – Concordei. – Meninas, eu agradeço, mas vocês já podem ir. Como podem ver e sentir, eu tomei banho.
- Agora sim é o meu irmão lindo e cheiroso! – Lisa levantou e me abraçou. Retribuí o seu abraço e dei um beijo no topo da sua cabeça.
- Ah, mas a gente está se divertindo tanto! – Catarina reclamou.
- Foi o programa mais adulto que eu fiz depois que virei mãe. – Samantha confessou e a Catarina concordou com ela.
- Vocês duas, têm problema! – Melissa apontou. – Precisamos retomar a noite das garotas urgente!
- Isso vai ser ótimo! – Catarina suspirou.
Uma a uma elas se despediram de uma Manu adormecida e depois me abraçaram, pedindo que eu ligasse assim que a baixinha acordasse. Melissa foi a última, deixou que as garotas saíssem e antes de me abraçar me encarou.
- Aconteceu alguma coisa, Flávio? – Nada escapava a ela.
- Só estou preocupado com a Manu, Mel. – Lhe dei um sorriso, e não era mentira, nesse momento a Manu era tudo o que me importava. O embate com o meu pai ficaria para depois.
As garotas foram embora e eu puxei uma cadeira e me sentei segurando a mão da Manu. Perdi a noção do tempo e só me dei conta de que havia anoitecido quando uma enfermeira entrou no quarto e acendeu a luz, me trazendo para a realidade.
- E nossa paciente mais visitada, já acordou? – Ela se aproximou da cama sorrindo e observou a Manu. Eu fiz que não. – Ah, isso é normal, mas daqui a pouco ela acorda revigorada. Eu vim fazer a checagem e trocar o soro. – Ela explicou e eu me afastei, dando espaço para ela trabalhar.
Meu celular tocou no bolso da calça e quando olhei no visor era justamente aquele com o qual eu não queria falar no momento, meu pai. Mas se eu não atendesse ele poderia aparecer por ali e eu queria vê-lo menos do que falar com ele, então me afastei e atendi.
- Flávio, como está a Manuela? – Meu pai perguntou logo que atendi.
- E o senhor quer saber por quê? – Falei seco, sem nenhuma emoção na voz.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque
Está sempre a dar erro. Não desbloqueia os capitulos e ainda retira as moedas.😤...
Infelizmente são mais as vezes que dá erro, que outra coisa......