Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque romance Capítulo 581

“Manuela”

Descobrir toda a história sobre a minha família, sobre mim mesma, foi libertador, foi algo que me mudou para sempre, eu já não era mais a ratinha assustada, como a Rita gostava de me chamar, eu tinha me transformado na borboleta de asas coloridas que saiu do casulo.

Descobrir sobre a minha verdadeira mãe me deu um sentimento de pertencimento e até de merecimento do que eu tinha, e eu nem falo sobre o dinheiro, eu falo sobre o amor e as pessoas que eu tinha a minha volta, da família amorosa e gentil que me protegeu a vida inteira. Mas ao mesmo tempo, me deixou chocada com o nível de maldade que alguém pode atingir. O plano da Rita foi algo tão horrível, tão assustador, e ela fez tudo o que fez unicamente por dinheiro, unicamente por ganância.

O Flávio estava insistindo comigo que eu deveria descansar, mas eu não queria, eu me sentia cheia de energia e queria fazer algumas coisas o mais rápido possível e uma delas era conhecer a dona Teresa, aquela mãe que perdeu a filha de forma tão cruel, mas que nunca desistiu dela, mesmo que ninguém acreditasse que aquela criança existiu.

- Baixinha? Está pronta? Eles chegaram. – Flávio colocou a cabeça para dentro do quarto, eu estava acabando de me arrumar.

- Prontinha! – Terminei de passar o batom e caminhei em direção à porta do quarto.

- Linda como sempre! – Flávio deu um beijo no meu pescoço e me pegou pela mão. – Vem, eles estão na sala.

Chegamos a sala e além do meu pai, meu irmão e minha cunhada, haviam mais três pessoas ali, dona Teresa, o marido e o filho. Meu pai fez as apresentações e dona Teresa, assim como eu, não conteve as lágrimas. De alguma forma nossas vidas estavam entrelaçadas.

- Como você é linda! – Ela falou pra mim em meio as lágrimas. – Posso te dar um abraço?

Abri os braços e nos abraçamos. De alguma forma foi como sentir os braços da minha mãe em torno de mim, pois eram os braços de uma mãe amorosa, que buscou pela filha por muito tempo, mas que agora poderia seguir em frente. Ficamos abraçadas por um tempo e quando nos desvencilhamos ela ainda passou a mão pelo meu rosto.

- Manuela, minha filha teria a mesma idade que você. E eu acho que ela seria tão linda quanto você. Eu sou só uma mulher comum, mas eu me sinto um pouquinho sua mãe, de algum jeito eu vejo um pouquinho da minha filha em você. Então, sempre que precisar de um colo de mãe, pode ir me procurar, viu. – Dona Teresa falou com aquele jeito amoroso que toda mãe tem com um filho.

- Ah, dona Teresa, eu também me sinto um pouquinho sua filha. Nossas vidas poderiam ter sido tão diferentes, não é mesmo?! Mas de algum jeito nossas vidas foram unidas. A senhora também pode me procurar sempre que quiser um abraço de filha. – A abracei novamente, nós fomos unidas por uma trama diabólica, mas estávamos transformando toda aquela maldade em algo bom, estávamos transformando tudo aquilo em afeto.

Pelo resto da tarde nós conversamos muito. Descobri que, além da data de aniversário, eu tinha muito em comum com o Jeferson, filho da dona Teresa, ele também estava na universidade, mas cursava administração. Me surpreendi quando o Camilo me disse que havia oferecido um emprego a ele no escritório da empresa e que ele começaria na semana seguinte. Fiquei feliz por isso, pois sabia que meu irmão daria oportunidades de crescimento ao Jeferson e o valorizaria. Eu aproveitei e o agradeci, por ter ido falar com o Camilo quando me viu naquele lugar.

Meu irmão também deu um cargo melhor para o marido da dona Teresa. Era um homem amável e trabalhador, que estava se sentindo culpado por ter duvidado da esposa por tanto tempo. Antes de nos despedir, dona Teresa me disse que agora ela poderia voltar a viver, pois ela agora tinha um túmulo para chorar e sabia o que tinha acontecido com a filhinha.

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