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Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque romance Capítulo 582

“Manuela”

No dia seguinte, acordei bem cedo, quando minha família finalmente apareceu para o café da manhã eu já estava mais do que ansiosa. Apressei a todos durante o café, eu tinha pressa para o que eu ia fazer, nós iríamos ao cemitério, toda a família, eu ia levar flores para a minha mãe, a minha verdadeira mãe, pela primeira vez. Meu pai me contou que as flores preferidas dela eram os lírios da paz, por isso tinham tantos na fazenda, eu pedi ao Camilo que mandou um funcionário trazer um buquê enorme com os lírios para eu levar para o túmulo da minha mãe e um buquê com pequenas florzinhas brancas que eu levaria para o bebê da dona Teresa.

No cemitério eu parei diante daquela placa no ossário, a placa que tinha o nome da minha mãe, Açucena Torres Blanco, esse era o nome dela, meu pai disse que era o nome perfeito, pois combinava com a personalidade dela, pura de coração. Meu pai e o Camilo passaram os últimos dois dias me contando o quanto ela era linda e gentil e amável. Que ela sempre tinha intenções boas e acreditava que todas as pessoas mereciam amor e cuidado. Eu agora tinha uma foto dela comigo, e eu a via em mim quando me olhava no espelho. Agora ela não era mais apenas a primeira esposa do meu pai, agora ela era a minha mãe, ela tinha um rosto, tinha um nome, tinha uma personalidade que estaria sempre na memória do meu pai e do meu irmão que não poupariam esforços para me dar muitas histórias sobre ela.

Coloquei os lírios da paz no suporte que tinha ali e apoiei as minhas mãos e a minha cabeça naquela lápide que ficava mais ou menos na minha altura. Eu chorei por ela e por mim, por toda a vida que nos foi roubada, eu ofereci uma prece por ela e eu falei, falei do quanto eu sentia por ela não estar aqui, do quanto eu estava feliz por ser filha dela e do quanto eu a amava, mesmo que tivesse sido enganada por tanto tempo.

Depois eu dei um passo para o lado e parei diante do túmulo da bebêzinha que não teve nem chance de viver e eu fiz o mesmo, eu lamentei, fiz uma prece e falei.

- Pra você eu trouxe as pequenas flores brancas que levam o seu nome, pequenas açucenas para você, que à partir de agora será Açucena, assim como a minha mãe e essas florzinhas lindas. – Falei enquanto ajeitava as flores no suporte.

Quando saímos do cemitério eu me sentia em paz, conectada com a minha mãe e com quem eu realmente sou. Me despedi do meu pai, do meu irmão e da minha cunhada, pois dali eu faria a útlima coisa que faltava antes de voltar para Porto Paraíso.

- Filha, tem certeza que você vai fazer isso? – Meu pai me olhou preocupado.

- Tenho, pai. Ela não pode mais me atingir. – Garanti a ele antes de ir.

Depois de nos despedirmos da minha família o Flávio me levou até a cidade vizinha, eu ia falar com a Rita, eu precisava disso. Chegamos e já éramos esperados pelo delegado Albano.

- Manuela! Que bom ver que você já está praticamente recuperada. – O delegado me cumprimentou alegremente.

- Sim, delegado, ainda tenho marcas, mas elas não demoraram a sumir e eu consigo cobri-las quase totalmente com maquiagem. – Sorri para ele, que me avaliava.

- Olha, só não valeu a pena porque eu não consegui te casar com o Cândido. Se eu tivesse conseguido, teria sido perfeito, pois ele te faria sofrer muito. Mas vou te dizer, ratinha, eu não queria só o dinheiro, eu odiava aquela mulher do seu pai, odiava e ainda odeio! Foi por causa dela que eu tive que me conformar com o Orlando, um homem fraco, porque o homem que eu queria mesmo suspirava por ela, ela o tirou de mim, ela tirou o Cândido de mim, ele também era louco por ela e eu tinha planos de me casar com ele, mas ela atravessou o meu caminho. Só que eu tenho um consolo, você nunca vai saber o que aconteceu de verdade, nunca vai saber como e nem porque veio parar nas minhas mãos. – A Rita nunca deixaria de ser quem é, uma demônia como dizia a Olívia.

- Rita, nós já sabemos de toda a verdade, eu já sei quem é a minha mãe e tudo o que você fez. A irmã da sua madrinha contou tudo para o meu pai. Lembra dela, Rita? – Vi o rosto da Rita se converter em uma carranca de raiva. – Claro que lembra! Olha, Rita, eu só vim aqui te dizer que acabou pra você, você vai apodrecer na cadeia e se sair, vai estar na ruína, porque tudo o que você fez só lhe rendeu uma casa e um carro, e isso é muito pouco para você.

A Rita me olhava com um ódio que era quase palpável. Dava pra sentir toda a energia ruim que emanava dela.

- Sua ratinha! Isso não termina aqui, Manuela. Eu contratei um excelente advogado e não vou ficar presa muito tempo. - A Rita parecia ter muita certeza.

- Na verdade, dona Rita, eu acho que não é bem assim. Taslvez a senhora não tenha um advogado. - O delegado Albano sorriu e a Rita o encarou parecendo confusa.

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