“Manuela”
Eu andava muito insegura desde que o Flávio saiu correndo para ir até a cidade dele tirar satisfações com a Sabrina. Eu não conseguia entender, se eles já estavam divorciados, que diferença faziam as mentiras que ela contou? Além do mais, ele andava muito esquisito, cheio de segredinhos com a Lisandra e chegando tarde em casa. Não era possível que fosse começar tudo de novo. Tudo bem que ele continuava carinhoso comigo e sempre dizendo que me amava, mas eu pressentia que algo estava acontecendo.
Sobre a casa que fomos visitar, desde aquele dia ele não tocou mais no assunto, nem sobre aquela casa e nem sobre encontrarmos um lugar maior para nos mudar. Eu não sabia o que era, mas quanto mais eu pensava, mais eu ia ficando com a certeza de que ele estava começando a se cansar de mim.
- Para de roer as unhas, Manu! – Lisa deu um tapinha na mão que eu tinha na boca.
Nós estávamos sozinhas em casa, assistindo a tal série da swat que ela era viciada, pois o Flávio ainda não tinha chegado em casa. Olhei pra ela como quem não entendeu.
- Você nem prestou atenção no episódio e tampouco escutou o que eu falei. Vai, põe pra fora, o que está te deixando tão esquisita? – Ela me encarou.
- Sabe o que é, tem alguma coisa errada. – Resolvi falar, afinal, nós éramos amigas.
- Errada? Como assim errada? – Ela pareceu meio em dúvida, meio pega de surpresa.
- Tem algo errado com o seu irmão. Ele está estranho, chegando mais tarde, se afastando para atender ao celular, cheio de segredinhos com você. – Estreitei os olhos e apontei para ela.
- Segre...hum-hum... segredinhos co-comigo? Não, não, impressão sua. – Lisa ficou nervosa e sua voz ficou mais fina, um sinal claro de que ela estava escondendo algo, eu já tinha aprendido a identificar isso nela.
- Ahá! Tem segredinho sim! – Falei e me ajoelhei no sofá, com o dedo apontado e me inclinando sobre ela. Lisandra arregalou os olhos e se levantou depressa.
- Nem vem, Manu, não tem segredinho nenhum! Você é muito cismada. Você acha mesmo que eu ia acobertar os segredinhos dos meus irmãos? Claro que não! – Lisa parou no meio da sala com as mãos na cintura.
- Eu acho que você está acobertando um segredinho do seu irmão sim. – Fiquei de pé a encarando. Ela estava nervosa, como quem foi pego com a boca na botija.
A campainha tocou e ela correu para atender a porta, mas eu percebi que ela respirou aliviada.
- Riiick! – Lisa atendeu a porta mais feliz que o habitual.
- Nossa, alguém está feliz em me ver. – Rick a abraçou na porta, um abraço mais demorado que o normal. – Vim pra saber se você não quer ir ao cinema comigo, Lisa. Oi, chaveirinho! Cadê o delegado?
Eu me desvencilhei dos seus braços e saí da sala. Estava ali a razão para o seu comportamento estranho. Eu fui para o quarto sentindo os olhos queimarem com as lágrimas que eu tentava em vão conter. Mas ele me alcançou antes que eu pudesse me trancar no banheiro.
- Pode parar por aí! – Flávio me prendeu entre ele e a parede do banheiro. – Não pode tirar conclusões precipitadas, tem que me perguntar primeiro e me ouvir.
- Ouvir? Tem uma marca de batom no seu colarinho, Flávio! – Eu fiquei com raiva, ele não ia me tratar como uma idiota.
- E tem uma explicação para ela estar aí e não é o que você está pensando. – Ele me encarou. – Qual é, Manu? Você não é assim, você não é insegura. O que está acontecendo?
- Me diz você, Flávio? Porque há dias eu estou vendo você pelos cantos, cheio de segredinhos com a Lisa, chegando tarde em casa, se afastando pra atender o celular em uma atitude suspeita. Da última vez que isso aconteceu eu encontrei uma mulher nua nesse quarto. – Eu estava com raiva, mas mais ainda eu estava triste.
- Muito bem, agora me olha nos olhos e escuta bem o que eu vou te dizer, pra você não esquecer. – Flávio não me soltava e parecia calmo demais. – Eu não sou esse tipo de homem que engana e brinca com os sentimentos, pensei que a essa altura você já soubesse. Mas, reconheço que minhas atitudes podem estar sendo suspeitas, então vou imaginar que esse seu ciuminho é por isso, porque não sabe a razão do meu comportamento nos últimos dias. Mas eu não acredito que você tenha tido motivos para duvidar do meu amor por você. Ou você está duvidando? – Ele olhou bem dentro dos meus olhos.
- Não, Flávio, não estou duvidando. – Suspirei, me dando por vencida.

Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque
Que lindo esse livro. Estou aqui chorando novamente. Muito emocionante...
Amei saber que terá o livro 2. 😍...
Que livro lindo e perfeito. Estou amando e totalmente viciada nesse livro. Eu choro, dou risadas, grito. Parabéns autora, é perfeito esse livro 😍...
Está sempre a dar erro. Não desbloqueia os capitulos e ainda retira as moedas.😤...
Infelizmente são mais as vezes que dá erro, que outra coisa......