Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque romance Capítulo 632

“Manuela”

O Dr. Molina me olhou como se estivesse tentando encontrar uma forma de me dizer seja lá o que fosse.

- Ai, anda, tio, fala logo, o que tem de errado? – Melissa parecia ser a própria paciente e era bem engraçado, ela estava quase roendo as unhas.

- Manu, você precisa ficar mais calma. Essa impaciência e ansiedade não vão te fazer bem, nem pra você e nem para o seu bebê. – Dr. Molina sorriu.

- Ai, Dr. Molina, prometo que quando esse bebê resolver aparecer eu vou me acalmar, mas até eu estar grávida eu não vejo como conseguir ficar calma, essa espera é angustiante. – Respondi.

- E como vai ser durante os pouco mais de oito meses de gestação? – Ele perguntou, estava se divertindo com a minha expectativa, mas eu sabia que estava tentando me acalmar.

- Ai, Dr. Molina, a gente se preocupa com isso quando for a hora... – Melissa me interrompeu.

- Espera, você disse pouco mais de oito meses? – Melissa perguntou e eu olhei pra ela sem entender o que havia de errado. Olhei de novo para o Dr. Molina e ele tinha um grande sorriso no rosto. – Chaveirinho, oito meses! Oito meses! – Melissa parecia Isaac Newtron gritando “eureka”.

- Tá, Mel, ele se equivocou, são nove meses, até os médicos erram. – Eu falei impaciente com a euforia dela.

- Não, Manu, são pouco mais de oito meses. – Dr. Molina estava sorrindo.

- Acho que eu não entendi! – Eu estava tão ansiosa com tudo que eu não estava entendendo o que estava acontecendo ali.

- Manu, pelos seus exames, você está grávida de algo em torno de três semanas.

- Grávida? – Fiquei de pé. – O senhor disse que eu estou grávida? – Eu comecei a chorar, sentindo uma emoção indescritível.

- Sim, querida, grávida! Ainda é muito recente e nós não vamos fazer um ultrassom hoje, mas eu vou te passar algumas orientações e vamos começar o pré natal. Vou acompanhar bem de perto a sua gravidez e daqui a pouco você terá um bebezinho nos braços.

- Grávida! Mel, eu estou grávida! – Era um dos dias mais felizes da minha vida!

Melissa se colocou de pé e nós nos abraçamos pulando ali na frente do médico, que ficou rindo. Depois que nos acalmamos e voltamos a nos sentar o Dr. Molina continuou a falar.

- Manu, eu preciso te alertar sobre uma coisa. Infelizmente, quem tem ovários policísticos tem chance de abortos espontâneos. – Quando ele disse isso o meu mundo caiu. Foi como se eu tivesse ido de zero a cem em três segundos e pisado no freio de uma vez só.

- Como assim, doutor? – Perguntei sentindo o meu sangue gelar.

Finalmente eu cheguei ao terceiro mês de gestação. Era o dia da consulta e parecia tudo estar indo às mil maravilhas. Melissa apareceu no escritório para me buscar como sempre e a Lisa dessa vez conseguiu ir, mas eu acho que ela arrancaria a cabeça do Patrício se ele criasse caso.

- Ansiosa, Manu? – Doutor Molina me perguntou enquanto me preparava para o ultrassom. Era o primeiro ultrassom do meu bebê.

- Muito, doutor! – Respondi com um sorriso. – Mas eu estou mais ansiosa para contar para o Flávio.

- Então vai ser hoje? – O médico sorriu e eu fiz que sim.

Depois de fazer todos os exames e conversar com o médico, finalmente eu pude respirar aliviada.

- Muito bem, Manu, você e seu bebê estão muito saudáveis. A fase de maior risco passou, mas os cuidados continuam, vamos manter tudo bem como foi até agora. – O Dr. Molina me deu todas as orientações e marcou a próxima consulta.

O médico também me deu uma cópia impressa de uma imagem do ultrassom e um CD com o exame gravado, onde era possível ouvir aquele mini coraçãozinho acelerado que batia forte dentro da minha barriga. Eu prepararia uma surpresa especial para o Flávio. Finalmente eu contaria para ele. Passar esses meses escondendo dele a notícia tinha sido muito difícil, mas eu achei que seria melhor assim, pois não queria que ele ficasse a beira de um colapso imaginando que algo sairia errado.

No fim do dia, ao invés de ir para a faculdade, eu fui pra casa, pedi a ajuda da Lisa para atrasar o Flávio, para que eu tivesse tempo de organizar tudo. Ela havia pedido que o Flávio fosse ao apartamento, com uma desculpa qualquer. Preparei um jantar especial e organizei tudo, eu também tinha comprado uma coisinha pra ele, com tudo pronto, só me restava esperar, mas agora eu já não esperava sozinha.

- Daqui a pouco o papai chega, meu filhinho! – Acariciei a minha barriga satisfeita com o que eu tinha pela frente.