Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque romance Capítulo 633

“Flávio”

A Lisandra estava me deixando louco com essa história com o Patrício, eles pareciam se odiar cada vez mais. E hoje ela ainda me pediu para ir ao apartamento, pois precisava de um conselho. Eu não engoli essa. Desde quando a Lisa pede conselho? Ela queria era me colocar no meio da confusão dos dois, mas eu não perderia um bom amigo saindo em defesa da minha irmã, que eu sabia bem que era terrível quando queria.

Eu estava mesmo era querendo ir pra casa, passei o dia todo inquieto, preocupado. Já tem tempos que eu notei a baixinha estranha, como se estivesse me escondendo alguma coisa, ansiosa, chorona e com alguns hábitos diferentes. Ela nem toma mais café!

E hoje, antes de sair de casa, eu a notei mais ansiosa ainda, como se estivesse se preparando para algo importante. Passei o dia inteiro pensando nisso, e cheguei a conclusão de que era melhor tirar a história a limpo. Nós estávamos casados há cinco meses, tudo parecia ir bem, mas ela estava estranha e era melhor eu saber o porque logo.

Saí da casa da Lisa pensando em talvez ir buscá-la na faculdade mais cedo. Acho que seria melhor, eu não teria paciência de esperá-la chegar, eu tinha que resolver essa coisa logo, fosse o que fosse. Fiz a chamada antes de dar partida no carro.

- Oi, grandão! – Ela atendeu no primeiro toque. Já achei estranho porque ela deveria estar em aula e demoraria para me atender, além do mais estava o maior silêncio e a faculdade era barulhenta.

- Oi, Baixinha! Não está assistindo a aula? – Perguntei.

- Estou em casa. – Ela respondeu simplesmente.

- Matando aula, Baixinha? – Achei ainda mais estranho, pois ela não era a aluna mais regular, mas não perdia a aula simplesmente para ficar à toa em casa.

- Sim, eu estou te esperando em casa. – Ela falou bastante séria e uma coisa se agitou dentro de mim, algo estava muito errado e um medo começou a crescer no meu peito.

- Por que você não me avisou? Eu não teria passado na Lisa.

- Não quis atrapalhar vocês.

- Baixinha, o que tem de errado? – Eu não estava aguentando mais, precisava saber.

- Vem pra casa, Flávio. Aqui a gente conversa. – Ela falou simplesmente e um alarme soou na minha cabeça. Havia algo errado.

- Você vai me deixar? – Não sei de onde saiu esse medo absurdo que eu senti de repente de que ela pudesse estar se preparando para ir embora, mas do jeito que ela andava estranha, era tudo em que eu podia pensar.

- Flávio Moreno, de onde saiu isso? – Ela perguntou parecendo assustada.

- Não sei, você anda estranha.

- Delegado Moreno, escute muito bem o que eu vou te dizer, eu sou incapaz de deixá-lo, pelo simples fato de que eu te amo! Vem pra casa, sua esposa está a sua espera e não vai sair daqui. – Ela falou e me acalmou um pouco, mas mesmo assim eu estava preocupado.

- Eu te amo, baixinha, mais que tudo no mundo! – Soltei o ar que estava prendendo em meus pulmões. – Eu estou a caminho.

- Flávio, dirige com cuidado! – Ela falou e eu estranhei, ela nunca havia se preocupado em me falar nada do tipo.

- Chego logo, baixinha. Só não esquece que eu te amo!