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Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque romance Capítulo 645

“Lisandra”

Eu saí da sala do Patrício atordoada! Eu precisava falar com a Manu, eu estava confusa e com milhares de pensamentos conflitantes. O que aconteceu naquela sala? Eu não era boba, nem tão inocente para não perceber que ele admirou os meus seios e esteve prestes a me beijar. Mas ele me detesta, porque iria querer me beijar? Porém, eu não pude me deter nesses pensamentos por muito tempo.

- Ah, pronto, pela cara já teve outra briga. – O Flávio parou em minha frente, me avaliando.

- Não teve briga nenhuma, Flávio. O que você está fazendo aqui? – Me desencostei na porta e me sentei o mais depressa que pude, pois eu estava de pernas bambas.

- Soube que o Patrício voltou. Vim falar com ele.

- Vou perguntar... – Mas meu irmão não esperou eu falar, abriu a porta e foi entrando. Eu precisava falar com a Manu. Chamei uma pessoa da limpeza para dar um jeito nos bombons pelo chão e assim que a funcionária entrou na sala, eu fui para a mesa da Manu.

- Cunhadinha, preciso falar com você. – Eu estava sussurrando e a Manu riu.

- Senta aí. O que aconteceu? – Manu me olhou e estreitou os olhos. – O que aconteceu naquela sala, Lisandra?

- Não, primeiro me fala o que o Flávio está fazendo aqui.

- Eu contei que o Patrício voltou e que havia ficado chateado, ele disse que passaria para se desculpar. – Manu explicou e era bem a cara do meu irmão fazer isso. – Agora me diz, o que houve?

- Eu caí no colo dele. – Manu arregalou os olhos e eu expliquei o que havia acontecido. – Ele levou os meus bombons, Manu, não foi muito atrevimento?

- Ah, foi, muito atrevimento. – Manu estava sorrindo.

- Mas eu tenho certeza de que ele estava olhando para os meus seios, então eu resolvi provocá-lo. Quase esfreguei meus peitos na cara dele e peguei minha caixa de bombons, mas ele me segurou e eu me desequilibrei e caí no colo dele. Manu, eu tenho quase certeza de que ele fez de propósito, quando ele encostou no meu seio pra pegar o bombom. E ele comeu o meu bombom.

- Quem comeu o seu bombom, gata? – Rick saiu de sua sala e ouviu o que eu acabara de dizer.

- O Patrício. – Fiz um biquinho e o Rick sorriu.

- Não sei não, mas eu acho que essa briga não vai durar muito. – Rick brincou.

- Não, ele vai me demitir, da forma mais vergonhosa que ele conseguir pensar. – Afirmei, pois eu ainda achava que ele faria isso.

- Ela é obsessiva assim mesmo? – O Rick perguntou para a Manu que apenas balançou a cabeça e voltou para a sua sala.

- Lisa, e se o Patrício, assim, de repente, se interessa por você? – Manu perguntou como quem não quer nada.

- Sim, mas o Patrício riu, disse ao Flávio que em consideração a ele seria minha babá, mas que seria uma noite difícil, já que eu era uma garotinha mimada e insuportável. Ele disse ao Flávio que eu era só uma criança chatinha e que o Flávio sabia muito bem que ele só me tolerava por causa da amizade deles.

- Isso foi cruel. O que o Flávio disse?

- Só riu e disse pra ele fazer o favor de cuidar de mim, que ele sabia que seria chato, mas seria só por algumas horas, que eu dormia cedo e ele ainda aproveitaria o melhor da festa.

- E como o Patrício não te reconheceu? Eu sei que tinha muito tempo que ele não te via, mas de quinze para vinte e sete anos a gente não se torna irreconhecível. – Manu estava curiosa com a parte mais dolorosa da história.

- Depois de ouvir o que eles falavam eu sai correndo e fui para a cozinha, eu sempre me escondia na cozinha. Eu comecei a comer os salgadinhos e comi um empanado de camarão sem perceber, eu estava chorando e nem estava prestando atenção no que comia. Eu sou alérgica a camarão, no mesmo instante comecei a inchar e ficar sem ar. O Flávio e o Patrício entraram na cozinha nesse momento e o Flávio se deu conta do que estava acontecendo. Foi uma confusão até encontrarem o remédio e me aplicarem. Depois alguém precisava ficar de olho em mim, até eu estar melhor e já estava na hora do casamento. A minha mãe pediu ao Patrício para ficar comigo por vinte minutos, era o tempo que uma enfermeira levaria para chegar. Ele concordou, mas durante o tempo em que ficou comigo ele me falou que eu fiz aquilo pra chamar a atenção, que eu era uma garotinha mimada e que quase estraguei a noite do meu irmão e mais um monte de coisas. No dia seguinte eu fiz as malas e implorei a minha mãe para voltar para o internato. E eu fiquei no exterior até o ano passado, quando eu não tinha mais nada para estudar lá eu voltei. – Eu enxugava as lágrimas no momento em que o Flávio e o Patrício apareceram. Eu contei quase tudo para a Manu.

- O que foi, Lisa? – Meu irmão me perguntou.

- Não foi nada, só fui pegar uma pasta no alto e caiu um cisco e irritou o meu olho, a Manu acabou de soprar pra mim. – Tentei disfarçar com a desculpa mais velha do mundo e ele apenas me olhou.

- Baixinha, passo pra te pegar, vamos nos reunir na casa do Alessandro hoje para dar as boas vindas ao Patrício, a Catarina está preparando um jantar. – Meu irmão falou para a Manu e eu me senti excluída, ninguém havia me falado nada e o meu irmão não me incluiu na reunião.

Pedi licença e voltei para a minha sala. Olhei com desgosto para a caixa de doces aberta sobre a minha mesa. Eu adorava aqueles doces espanhóis, mas no momento eles me pareciam amargos. Fechei a caixa e joguei sobre o móvel que ficava atrás da minha cadeira, me sentei e trabalhei pelo resto do dia. Não vi mais o meu chefe, depois que saiu com o meu irmão ele não voltou para a sua sala. Então, quando o expediente chegou ao fim, eu peguei a minha bolsa, deixei um bilhete sobre a mesa da Manu avisando e fui pra casa, grata por não encontrar com ninguém enquanto saía da empresa.

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