“Patrício”
Eu cheguei na casa do Alessandro para o jantar sentindo uma inquietação. Depois de tudo o que aconteceu, era a primeira vez que me reunia com todos os nossos amigos. Respirei fundo antes de entrar, esperava que nenhum deles tocasse no nome da Virgínia, eu não queria mais falar dela. O Alessandro abriu a porta com o Augusto no colo. Meu afilhado era uma coisinha mais fofa. Logo deu os braços e me abriu um sorriso.
- Ah, garotão! O dindo morreu de saudade! – Peguei o menino e entreguei as sacolas com os presentes para o Alessandro. – Alê, tem nome nas sacolas, distribui pra mim, por favor, deixa eu paparicar meu afilhado.
- Ah, que pena que você voltou, Guzman! Eu já estava quase roubando o Augusto. – Melissa apareceu e me abraçou.
- Sem chance, Mel, esse aqui é meu. – Eu ri, pois ela não se conformava em não ser madrinha de um dos quadrigêmeos da Catarina.
Olhei ao redor e meus amigos estavam ali, Alessandro e Catarina, Heitor e Samantha, Melissa e Fernando, Ricardo, Flávio e Manuela e... cadê ela? Não é possível que ela não ia aparecer. Se ela era parte do grupo agora, a Catarina não deixaria de convidá-la.
Quando a Manu me abraçou, o Augusto, que ainda estava no meu colo, sorriu pra ela, e falou todo enrolado, como a criança que está começando a falar.
- Titi Maú, tadê a titi Isa? – Augusto encarou a Manu com aqueles olhos curiosos.
- A titia Isa não vai poder vir hoje, Gu. – Manu falou toda encantadora.
- Ela falô que ia bincá de vião comigo. – Augusto reclamou e eu achei graça.
- Outro dia ela vem brincar com você. Ou o dindo pode te levar para brincar com ela. – Alessandro apareceu atrás da Manu, que foi ver porque o Flávio a chamou. – Esse moleque é apaixonado com a Lisa.
- Como assim? – Olhei para ele curioso.
- Ah, a Lisa vem aqui toda semana ver as crianças e brincar com elas. Ela é ótima com eles e eles são loucos por ela. E ela brinca de avião com o Augusto, fica girando com ele, ele adora. Depois eles rolam pela grama. E o meu filho já está caidinho de amores pela sua assessora. – Alessandro me encarou e riu.
- É, bobo ele não é. – Eu estava olhando para o Augusto e quando percebi já era tarde, eu já tinha falado em voz alta e o Alessandro, que me conhecia tão bem, me olhava e sorria como quem diz “te peguei”. – Mas falando na Srta. Lisandra, porque ela não vem hoje?
- Não sei. A Manu disse apenas que ela deixou um bilhete sobre a mesa dela antes de ir embora dizendo que estava indo pra casa. A Manu, a Catarina e o Flávio tentaram falar com ela, mas o celular está desligado. – Alessandro me encarou. – Meu irmão, tem algo que eu precise saber?
- Ah, irmão, tem muita coisa que eu acho que preciso te contar. – Olhei para ele me sentindo mal, pois a Lisandra não estava ali por minha culpa. – Me dá cobertura com a Catarina? Só por uns quarenta minutos.
- Pode ir, eu invento alguma coisa. Aqui, vai no meu carro por causa da cadeirinha e leva o Augusto, vai ser um bom aliado para o que você vai fazer. – O Alessandro tirou a chave do seu carro do bolso e me entregou, ele me entendia no olhar, era um irmão de alma mesmo. Sorri pra ele e saí com o Augusto.
- Onde a zente vai, dindo? – Augusto me perguntou com o bracinho passado em meu pescoço.
- Nós vamos ver a titia Isa. Você quer ir?
- Ebaaa! – Augusto colocou os bracinhos para o alto em comemoração e eu sorri.
Eu o ajeitei na cadeirinha e entrei no carro. Dirigi até o apartamento do Flávio e o porteiro me confirmou que ela tinha chegado e me deixou subir, o meu nome estava na lista das pessoas pré autorizadas. Eu toquei a campainha, bati na porta, chamei, por várias vezes, mas ela não atendeu. Voltei para a portaria e pedi para o porteiro interfonar, mas ela não atendeu. Ele ainda insistiu por mais algum tempo e nada.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque
Está sempre a dar erro. Não desbloqueia os capitulos e ainda retira as moedas.😤...
Infelizmente são mais as vezes que dá erro, que outra coisa......