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Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque romance Capítulo 655

“Patrício”

Eu não sabia se eu ficava puto com o meu amigo ou se eu o agradecia pela interrupção. No momento em que ouvi a voz do Alessandro eu fechei os meus olhos e me afastei da Lisandra. Ela ficou mais do que sem graça, se levantou rapidamente de cabeça baixa e com um pedido de licença um tanto desajeitado ela saiu da minha sala, tropeçando na poltrona que havia ao lado do sofá.

O Alessandro acompanhou a cena com os olhos e assim que ela fechou a porta ele se deixou cair na poltrona em que ela tropeçou e começou a rir como um louco.

- Eu sabia! Eu sabia que um dia ainda conseguiria me vingar por todas as vezes que você me interrompeu com a Catariana! – Alessandro ria, estava se divertindo demais com o meu infortúnio.

- Nada a ver, irmão! – Reclamei. – Cara, essa situação vai me enlouquecer.

- Vai, põe pra fora. – Alessandro fez um gesto com a mão me incentivando a falar.

- Alessandro, quanto mais eu tento resolver as coisas com ela, parar de brigar, mais eu me sinto atraído! – Eu estava desesperado. – Cara, eu a conheço desde que nasceu, mas ela não tem nada daquela menininha mais. Ela é uma mulher e uma mulher linda, sexy demais e que está ocupando cada um dos meus pensamentos!

- Porque ela é essa mulher, irmão. Ela é linda e ela não é mais aquela menininha.

- Mas, Alê, eu não posso! O Flávio... – O Flávio arrancaria a minha cabeça se soubesse o que eu havia feito.

- O Flávio é um homem muito inteligente e sabe que a irmã dele é uma mulher linda. Ele pode até ficar com ciúmes, mas passa. O que ele não perdoaria seria você brincar com ela. – O Alessandro me encarou. – Ou você acha que ele prefere que vocês fiquem como cão e gato?

- Cara, brigar com ela é mais fácil.

- Não foi o que pareceu. – Alessandro estava se divertindo.

- Ah, Alê, qual é? Me ajuda um pouco, cara! – Reclamei.

- Patrício, do que você realmente tem medo? Porque não é do Flávio. – Alessandro ficou sério e me encarou.

- Eu não sei, cara, eu tenho um monte de sentimentos confusos e conflitantes sobre ela. É tudo confuso, sempre foi. – Eu estava muito confuso com tudo aquilo.

- Como assim, sempre foi? Pensei que ela fosse só uma garotinha irritante quando era mais nova. – Alessandro me encarou.

- Ela nunca foi irritante! – Pela primeira vez na vida eu fui sincero sobre isso. Alessandro arregalou os olhos e me encarou. – Eu descontei nela uma coisa e à partir daí ela sempre me lembrava isso e...

- Para! Começa de novo. O que você descontou nela? – Alessandro não ia se satisfazer com metade da história, eu teria que contar tudo e contaria tudo a alguém pela primeira vez.

- Quer saber, cara, deixa rolar. – Para o Alessandro parecia simples, mas para mim não era.

- Alê, não é simples assim, eu não posso errar com ela. E eu não estou pronto para outra decepção.

- Vou te dizer uma coisa que você me disse um dia, quando eu estava tentando me manter longe da Cat. – Eu olhei para ele esperando, eu disse tanta coisa, não tinha idéia do que ele ia me devolver. – Você está evitando o inevitável. Foi o que você me disse, e eu vou acrescentar que quando acontecer, meu amigo, você vai se arrepender por estar perdendo tanto tempo!

Fiquei olhando pra ele, o que o Alessandro tinha com a Catarina era extraordinário e eu achei que tivesse encontrado isso com a Virgínia, mas não, ela foi embora e partiu meu coração. Eu fui pra longe, fiquei um tempo com os meus pensamentos e eu acabei de voltar de viagem e me deparo com a confusão que é a Lisandra Moreno na minha vida. Não tinha a menor chance dela ser pra mim o que a Cat era para o Alessandro. Não fazia sentido.

- Não me olha assim! Eu estou certo. – Alessandro se levantou. – Não pensa demais não, você pode deixar a felicidade escapar pelos seus dedos. O gerente de marketing a gente tirou do caminho, mas e o próximo?

Eu olhei para o meu amigo já me preocupando com o próximo. Mas o que eu podia fazer? Ela não era pra mim. Alessandro me olhou e saiu da sala. Eu fiquei ali naquele sofá, sentindo o desespero me corroer. Eu era um homem, mas estava me sentindo um moleque, que não sabia o que fazer.

Peguei a caixa de doces sobre a mesa e a observei, eu teria que fazer alguma coisa ou eu ficaria louco, mas o que eu poderia fazer? Eu continuava achando que ela era proibida pra mim e que o melhor era manter distância, mas será que eu conseguiria manter distância? Porque tudo o que eu conseguia pensar agora era em tê-la por perto.

Eu passei tempo demais sentado naquele sofá pensando e pensei tanto que me lembrei do e-mail dela dizendo que o melhor era se demitir e ir embora. Eu não poderia deixá-la ir embora, eu não conseguiria deixá-la ir, não mais. Eu teria que dar um jeito de fazê-la ficar, mas eu nunca conseguia fazer ninguém ficar.

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