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Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque romance Capítulo 656

“Lisandra”

Era tudo o que eu não precisava que acontecesse, que o Alessandro me visse naquela situação com o Patrício, porque eu tinha certeza que o Patrício ia jogar a culpa em mim. Eu estava andando de um lado para o outro na minha sala, pensando em muitas formas de me desculpar com o Alessandro, jurar que nunca mais ia acontecer e pedir que ele não contasse para ninguém.

Mas por outro lado eu queria muito reclamar por ele ter entrado e atrapalhado o que estava acontecendo, eu tinha certeza que o Patrício ia me beijar de novo e o que eu senti quando ele me deu aquele beijo na orelha, nossa, foi como se tudo se revirasse dentro de mim.

Eu precisava me acalmar, eu precisava pensar. Me sentei e olhei para a tela do computador, minha mente estava em branco, então eu respirei fundo e repeti isso até me acalmar um pouco. Não, eu não estava me acalmando, precisava falar com alguém. Saí da minha sala e fui até a mesa da Manu.

- Preciso falar com você! – Sussurrei e ela me olhou preocupada.

- Eu também preciso falar com você. O seu celular continua desligado e o Flávio está indócil por você estar sendo tão negligente com o celular. – Manu me repreendeu.

- Ai, Manu, esquece o celular. – Eu estava em cólicas e não estava nem aí para o celular. Manu pareceu perceber meu desespero finalmente.

- O que aconteceu agora? – Ela perguntou. – Vem, senta aqui. – Manu tinha uma espécie de banquinho debaixo da mesa, ela o puxou e eu me sentei, ficando mais baixa que ela, praticamente escondida atrás da mesa.

- Ele me mordeu! – Sussurrei.

- Como é? – Manu me olhou confusa.

- Manu, o Patrício, ele mordeu a ponta da minha orelha. – Apontei para a minha orelha e a Manu começou a rir.

- Explica melhor, Lisa. – Ouvi a voz da Catarina soar baixinho no meu ouvido e me virei assustada.

- Cat? Ai, meu deus, pode me arrebatar agora, senhor! – Eu não sabia onde enfiar a cara e a Catarina começou a rir.

- Deixa de ser boba, Lisa! – Catarina sorriu e puxou uma cadeira. – Anda, agora conta o que está rolando entre você e o Pat, porque ontem quando ele chegou e não te viu lá em casa, saiu correndo para te buscar e voltou com uma carinha desconsolada porque não conseguiu falar com você.

- Como é que é? – Olhei para a Catarina confusa.

- Ih, não está sabendo? – Catarina me olhou com um grande sorriso. – Aliás, por que você não foi lá pra casa ontem? E não vem me dizer que é por causa do Patrício.

Olhei para a Catarina imaginando que ela talvez estivesse enlouquecendo.

- Cat, eu não fui porque não fui convidada! – Falei logo, eu não ia inventar desculpa, a verdade era essa.

- Como assim não foi convidada? Eu mesma te mandei uma mensagem, mandei para um por um, nem foi no grupo, para ninguém ter desculpa. – Catarina me olhou como se eu fosse louca.

- Eu não recebi mensagem nenhuma. – Reafirmei.

Catarina pegou o celular na bolsa e verificou, perdeu a cor e me olhou embaraçada.

- Mas o que aconteceu aqui? – Catarina olhava para a tela do celular sem entender. – Olha aqui, Lisa, eu te mandei uma mensagem, mas ela não foi enviada.

Ela me entregou o celular e eu vi uma mensagem toda fofa me convidando para o jantar, uma mensagem que eu não recebi.

- Cat, está tudo bem. – Eu devolvi o celular para ela.

- O que vai se repetir muitas vezes? Espero que sejam coisas boas. – O meu irmão chegou e eu nem vi. Era só que me faltava!

- Delegado! Sim, coisas boas, os tempos ruins ficaram no passado. – Alessandro disfarçou. – Mas que surpresa é essa, não está aguentando ficar longe da Manu? Posso te arrumar um trabalho aqui.

- Pra ficar perto da minha baixinha eu até aceitaria! – Meu irmão sorriu para a noiva. – Mas eu vim mesmo falar com a desmiolada da minha irmã, parece que ela não tem celular e eu vim saber se preciso comprar um pra ela.

- Ih, maninho, meu celular descarregou e eu esqueci de colocar pra carregar. – Me levantei e olhei para o Alessandro como que agradecendo pela discrição.

- Lisa, nós precisamos conversar, não gosto de não conseguir falar com você, aqui não é Campanário, que é pequeno e todo mundo se conhece. – O Flávio me olhou sério.

- Pode ser quando eu chegar em casa, maninho, por favor? Eu estou no meio do expediente. E o meu chefe está bem aqui na minha frente. – Supliquei.

- Por mim, vocês podem conversar agora, até porque eu vou levar a minha esposa ali para a minha sala e trancar a porta para não ser interrompido. – Alessandro olhou pra mim e saiu rindo abraçado a Catarina.

- Nossa, esses dois são tão melosos quanto vocês. – Olhei para o meu irmão e minha cunhada.

- Podemos conversar, Lisa? – Meu irmão insistiu e eu revirei os olhos.

- Vem! – O levei para a minha sala e ouvi o sermão do delegado Moreno sobre a importância de não ficar incomunicável.

Entretanto, enquanto o meu irmão falava, eu só pensava no que a Cat tinha dito, que o Patrício foi me procurar. Por que eu não sabia disso? Precisava falar com a Manu longe do meu irmão, o que estava cada vez mais difícil, pois os dois não se desgrudavam.

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