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Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque romance Capítulo 657

“Lisandra”

O restante da tarde foi como um borrão, eu não vi o Patrício, ele ficou trancado em sua sala o resto do dia. Eu me concentrei no trabalho, mas não deixei de pensar no que a Catarina havia dito, que o Patrício tinha ido me procurar.

- Lisa, vamos? – Manu apareceu na porta e me chamou.

- Pode ir, Manu, eu ainda preciso ficar. – Respondi sem tirar os olhos da tela.

- Então eu vou te esperar. – Manu entrou na sala.

- Não, precisa, pode ir, isso aqui pode demorar. – Respondi.

- O que você está fazendo?

- Conferindo um contrato e é dos grandes.

- Então fica com a chave do carro.

- De jeito nenhum, Manu. Eu pego um taxi.

- Não, Lisa, ou você fica com o carro ou eu sento e te espero.

- Não, precisa, Manu, eu levo a Lisandra em casa. – Patrício saiu da sua sala nesse momento.

- Bom, se é assim, eu já vou. – Manu sorriu e saiu.

O Patrício foi até a porta da sala e depois de um minuto voltou e parou em frente a minha mesa.

- Nós precisamos conversar. – Ele nem me olhava nos olhos.

Eu parei o que estava fazendo e o encarei. E foi nesse momento que o cara do marketing resolveu aparecer na porta da minha sala.

- Desculpe, Sr. Guzman, não queria interromper. – O cara falou todo constrangido na porta.

- Não interrompeu. – O Patrício o encarou e depois me olhou. – Parece que você está ocupada. Nos falamos amanhã.

O Patrício saiu da sala, me deixando pra trás com o cara do marketing que eu pensei que já estava a caminho de Miami.

- Desculpe, Lisa, mas eu não quis ir sem me despedir, então passei aqui antes de ir para o aeroporto.

- Ah, claro! – Sorri e me levantei para me despedir dele. Depois de uns cinco minutos ele saiu e eu fiquei sozinha no escritório.

- É, quando eu penso que as coisas vão melhorar pra mim, o vento sopra para o lado contrário. – Lamentei.

Voltei a minha atenção para o contrato que estava revisando e decidi que era melhor finalizar isso. Acabou levando mais tempo do que pensei e quando finalmente desliguei o computador e olhei para o relógio já eram dez horas da noite. Saí do escritório e peguei um taxi pra casa.

O Flávio e a Manu estavam na sala quando cheguei, agarradinhos e cheios de segredinhos. Quando entrei, eles levantaram os olhos para me encarar. É, eu me senti mesmo uma intrusa, atrapalhei o momento deles.

- Cadê o Patrício? – O Flávio perguntou.

- O... é... já foi, já foi. – Achei melhor do que dizer que fui de taxi, pois só então eu voltava a me lembrar que não tinha colocado o celular pra carregar.

- Hum. Lisa, nós precisamos falar com você, é sobre a mudança. – Meu irmão parecia ter algo importante a me dizer.

- Ah, claro, já sei. Não se preocupa não, maninho. Quando eu preciso me mudar? – Respondi rápido, ele não precisava se sentir responsável por mim.

- Poxa, gente! Olha só, eu agradeço, mas eu não vou morar com vocês. Vocês precisam ter o espaço de vocês e eu o meu. – Expliquei e eles me olharam como se eu fosse louca.

- Mais espaço do que tem naquela casa? – O Flávio me olhou sem entender.

- Eu quero ter o meu canto, maninho! – Flávio bufou.

- Olha só, eu vou conversar com o Rick e alugar um quarto na casa dele, ele já me ofereceu muitas vezes. – Tentei acalmar o meu irmão.

- Você não precisa fazer isso. Já que você não quer ir, você fica aqui no apartamento. – Meu irmão era cabeça dura.

- Mas o apartamento é seu, Flávio. – Respondi.

- Por isso mesmo, você fica aqui que é um bom lugar e é seguro. Eu não preciso do apartamento e você sabe disso. Eu vou dá-lo de presente pra você. – O Flávio já estava decidindo tudo.

- Não! Eu aceito se eu puder pagar o aluguel. – Bati o pé.

- Que aluguel, Lisa? Bobagem! O apartamento é seu, pronto! – Ele reclamou.

- Assim eu saio daqui! – Eu insisti.

- Mas é por isso que você e o Patrício não se entendem, você é impossível. – Flávio bufou. – Você fica no apartamento o tempo que quiser e sem pagar aluguel.

- Eu vou te pagar o aluguel!

Demorou, mas nós finalmente chegamos a um acordo, mas só porque a Manu estava com sono. Eu pagaria um aluguel muito abaixo do valor de mercado, simbólico mesmo, e ficaria com o apartamento pelo tempo que quisesse. Assim eu fiquei bem contente, eu adorava aquele apartamento, mas eu não ia ficar muito tempo.

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