“Lisandra”
O restante da tarde foi como um borrão, eu não vi o Patrício, ele ficou trancado em sua sala o resto do dia. Eu me concentrei no trabalho, mas não deixei de pensar no que a Catarina havia dito, que o Patrício tinha ido me procurar.
- Lisa, vamos? – Manu apareceu na porta e me chamou.
- Pode ir, Manu, eu ainda preciso ficar. – Respondi sem tirar os olhos da tela.
- Então eu vou te esperar. – Manu entrou na sala.
- Não, precisa, pode ir, isso aqui pode demorar. – Respondi.
- O que você está fazendo?
- Conferindo um contrato e é dos grandes.
- Então fica com a chave do carro.
- De jeito nenhum, Manu. Eu pego um taxi.
- Não, Lisa, ou você fica com o carro ou eu sento e te espero.
- Não, precisa, Manu, eu levo a Lisandra em casa. – Patrício saiu da sua sala nesse momento.
- Bom, se é assim, eu já vou. – Manu sorriu e saiu.
O Patrício foi até a porta da sala e depois de um minuto voltou e parou em frente a minha mesa.
- Nós precisamos conversar. – Ele nem me olhava nos olhos.
Eu parei o que estava fazendo e o encarei. E foi nesse momento que o cara do marketing resolveu aparecer na porta da minha sala.
- Desculpe, Sr. Guzman, não queria interromper. – O cara falou todo constrangido na porta.
- Não interrompeu. – O Patrício o encarou e depois me olhou. – Parece que você está ocupada. Nos falamos amanhã.
O Patrício saiu da sala, me deixando pra trás com o cara do marketing que eu pensei que já estava a caminho de Miami.
- Desculpe, Lisa, mas eu não quis ir sem me despedir, então passei aqui antes de ir para o aeroporto.
- Ah, claro! – Sorri e me levantei para me despedir dele. Depois de uns cinco minutos ele saiu e eu fiquei sozinha no escritório.
- É, quando eu penso que as coisas vão melhorar pra mim, o vento sopra para o lado contrário. – Lamentei.
Voltei a minha atenção para o contrato que estava revisando e decidi que era melhor finalizar isso. Acabou levando mais tempo do que pensei e quando finalmente desliguei o computador e olhei para o relógio já eram dez horas da noite. Saí do escritório e peguei um taxi pra casa.
O Flávio e a Manu estavam na sala quando cheguei, agarradinhos e cheios de segredinhos. Quando entrei, eles levantaram os olhos para me encarar. É, eu me senti mesmo uma intrusa, atrapalhei o momento deles.
- Cadê o Patrício? – O Flávio perguntou.
- O... é... já foi, já foi. – Achei melhor do que dizer que fui de taxi, pois só então eu voltava a me lembrar que não tinha colocado o celular pra carregar.
- Hum. Lisa, nós precisamos falar com você, é sobre a mudança. – Meu irmão parecia ter algo importante a me dizer.
- Ah, claro, já sei. Não se preocupa não, maninho. Quando eu preciso me mudar? – Respondi rápido, ele não precisava se sentir responsável por mim.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque
Está sempre a dar erro. Não desbloqueia os capitulos e ainda retira as moedas.😤...
Infelizmente são mais as vezes que dá erro, que outra coisa......