Entrar Via

Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque romance Capítulo 668

“Patrício”

Quando olhei para aquela bandeja e vi que só tinha empanado de camarão ali eu quase tive um ataque cardíaco. Isso poderia matá-la e ela nem se deu conta do que estava comendo, porque eu sabia que quando ela estava chateada ela apenas comia sem prestar atenção ao quê. Ela começou a se coçar e a ficar levemente inchada. Ela precisava da injeção rápido. Eu coloquei a bandeja sobre a mesa e fui até ela.

- Você consegue andar? – Eu tentava me controlar, mas estava desesperado. Ela ficou de pé, meio vacilante. Eu passei o braço por sua cintura e começamos a caminhar, mas eu estava com pressa e quase a carregava pela casa. – Sua injeção está no seu quarto? – Ela fez que sim, já começava a parecer com um pouco de dificuldade para respirar e eu me apressei ainda mais.

Chegamos ao quarto e eu a coloquei na cama, comecei a revirar o quarto. Parecia que eu tinha voltado no tempo, fui sentindo um desespero enorme, vendo a reação alérgica se desencadear e a injeção não aparecia. Aí me lembrei que no dia em que viajamos eu me preveni.

Ainda bem que eu tinha sido precavido, fui depressa até o meu quarto e peguei a injeção que eu havia comprado antes de pegar a estrada. Felizmente o Molina me enviou a receita e eu pude passar em uma farmácia e comprar, pois eu já desconfiava que ela tivesse esquecido da injeção. Voltei para o quarto, que eu havia deixado uma bagunça na minha procura desesperada, e apliquei a injeção no braço dela.

Ela parecia assustada e passei a mão pelo seu rosto inchado. Sua pele estava vermelha e ela coçava.

- Calma, já vai passar. – Falei com a voz calma. E fui até a porta para fechá-la. – Você acha que precisa de um médico? Tem dois na festa.

Ela balançou a cabeça em negativa. Eu sabia que o efeito da injeção seria rápido e os sintomas passariam, pois eu apliquei a injeção a tempo. Eu já a havia visto ter várias crises alérgicas, sabia como era, sabia aplicar a injeção. Quando a alergia dela foi descoberta eu fiz questão de aprender tudo sobre isso e o que fazer para socorrê-la. Ela era só uma criança quando teve a primeira crise e ficou três dias internada. Foi assustador.

Havia uma jarra com água ao lado da cama e eu servi um copo para ela. Ela tomou a água avidamente. Eu observava o movimento da sua garganta enquanto ela sorvia a água. Tudo nela era lindo e delicado. Mas eu notei que ela não estava usando o meu presente. Talvez não tivesse gostado, isso me deu uma pontinha de tristeza.

Eu me sentei ao seu lado na cama, encostado nela e passei o meu braço pelo seu ombro a puxando pra mim, eu queria confortá-la. Ela veio de bom grado. Eu fiquei ali passando a mão pelo seu braço e de olhos fechados, absorvendo seu perfume e o calor do seu corpo junto ao meu. Ficamos assim por um bom tempo, até que eu me lembrei do primeiro casamento do Flávio e ri.

- Você conseguiu de novo! – Eu estava rindo. – Quase se matou no casamento do seu irmão.

- Idiota! – Ela tentou se afastar de mim, mas eu a mantive onde estava.

- E de novo eu estou cuidando de você, meu doce. – Eu comecei a chamá-la de meu doce para irritá-la, mas percebi que se encaixava tão bem nela esse apelido que eu não conseguia mais parar, era melhor do que esquisita. A Lisandra era um doce, era meiga, amável, afetuosa... e era linda! Com um cheiro tão bom que era quase impossível resistir a ela.

Minha mão desceu do seu rosto para a sua cintura e se ancorou firme ali, a puxando para mais perto do meu corpo. Nós estávamos nos beijando. Um beijo que eu ansiava, mas nem sabia o quanto até beijá-la. Sua mão cautelosa subiu pelo meu peito e pelo pescoço, até que encontrou a minha nuca e fez um carinho ali que me fez arrepiar e estremecer. O nosso beijo que começou devagar, ansioso e cauteloso, ia ganhando confiança e ficando mais intenso. Eu a rolei na cama e fiquei sobre ela, tendo cuidado para não machucá-la, mas permitindo que suas mãos me tocassem sobre o tecido do paletó, que agora era um intruso que me incomodava e me separava do toque dela.

Eu a sentia inteira debaixo de mim, o seu calor, o seu cheiro, o seu toque, eu sentia tudo como se estivesse hiper sensível. Eu me apoiava em um braço e minha outra mão se mantinha firme em sua cintura. Eu tinha medo de mover a minha mão e ela me expulsar dali de junto dela. Eu não queria me afastar, eu queria beijá-la mais.

Nossas bocas se encaixavam e se entendiam, como se sempre tivessem se pertencido e se reconhecessem depois de um longo tempo distante. Essa sensação, todas as sensações desse beijo me deixavam preso nela. E era bom demais. E eu me mantive ali preso naquele beijo até que precisamos de ar. Mas antes de me afastar e antes mesmo de voltar a abrir os meus olhos eu ainda dei mais dois rápidos beijos naquela boca que me prendeu e que me fez desejar não soltá-la nunca mais.

Quando abri os meus olhos, ela ainda estava com os dela fechados, como se absorvesse o momento. Ela parecia estar como eu, totalmente perdida naquele momento que já não podia mais ser evitado.

- Abre seus olhos pra mim. – Pedi, ansioso e temeroso de que agora ela me expulsasse dali. Ela abriu os olhos lentamente, eles estavam ainda mais brilhantes que antes.

- Por favor, não vai embora. – Ela sussurrou, como se suplicasse para que eu continuasse ali, exatamente onde eu queria estar, porque nada mais me importava naquele momento, apenas estar ali com ela.

Histórico de leitura

No history.

Comentários

Os comentários dos leitores sobre o romance: Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque